13 abril 2008

Toyota Celica GT-4 - R. Madeira - N. R. da Silva (Rali de Portugal de 1996)

Esta miniatura pertence à colecção Os Nossos Campeões de Ralis.
Hoje apresento a miniatura do Toyota Celica GT-Four com o qual o piloto português Rui Madeira venceu o Rali de Portugal de 1996.
O Rali de Portugal de 1996 não contava para o Campeonato do Mundo de Ralis devido ao sistema de rotação que excluía todos os anos alguns dos ralis do calendário. O rali português apenas contava para o Campeonato de 2 Litros. Desse modo na lista de inscritos do Rali de Portugal desse ano não apareciam os grandes nomes do panorama internacional dos ralis. Assim os melhores pilotos portugueses eram favoritos. Rui Madeira, que se tinha sagrado Campeão Mundial do Grupo de Produção no ano anterior, guiava o Toyota Celica GT-Four e era um dos favoritos para a vencer o rali português. Porém no inicio da prova foi o piloto belga Freddy Loix quem liderou o rali. Rui Madeira, sem grande experiencia com o Toyota, procurava efectuar a sua adaptação ao Celica durante o rali. No entanto um furo atrasou o piloto belga e Rui Madeira passou para a liderança. A partir daí o piloto português passou a gerir a vantagem sobre Loix e com grande experiencia no nosso rali Rui Madeira soube tirar partido do conhecimento que tinha sobre os troços do rali português: atacava onde sabia que podia atacar e defendia onde sabia que devia defender. A vitória no Rali de Portugal não fugiu ao Rui Madeira, que terminou com uma vantagem de 1m 47s sobre Loix. O terceiro classificado foi o José Miguel num Ford Escort RS Cosworth.

Rui Madeira terminou o Campeonato Mundial de Ralis de 1996 na 19ª posição com 7 pontos. No ano anterior, ano em que se sagrou Campeão Mundial da Produção, terminou o campeonato na 11ª posição com 7 pontos.
Mais posts sobre o Toyota Celica:

Campeonato do Mundo de Ralis de 1996
Como disse em cima, este ano ficaram de fora ralis como o Monte Carlo, Portugal, Córsega e RAC, devido ao sistema de rotação das provas.
Em 1996 a Toyota cumpriu o castigo imposto no ano anterior devido às irregularidades cometidas durante o campeonato de 1995. Esse castigo foi a exclusão do campeonato de 1996. Os pilotos como Juha Kankkunen (finlandês), Didier Auriol (francês) e Carlos Sainz (espanhol) foram prejudicados porque eram pilotos da Toyota e de repente ficaram sem poder participar no campeonato. O espanhol foi o único que conseguiu um carro de uma equipa oficial, a Ford. Enquanto Kankkunen e Auriol apareceriam esporadicamente em algumas provas.
A exclusão da Toyota deixou sozinhas a Subaru e a Mitsubishi na luta pelos títulos. A Ford, que em termos de performance estava um pouco mais distante destas duas equipas, ia tentar intrometer-se na discussão pelos títulos.
No primeiro rali do ano, na Suécia, Didier Auriol apareceu na Subaru e Kankkunen na Toyota-Suécia. Mas a luta pela vitória foi apenas entre o finlandês Tommi Makkinen da Mitsubishi e o espanhol Carlos Sainz da Ford. A luta entre os dois foi intensa e apenas na parte final do rali ficou decidido o vencedor: Tommi Makkinen (Mitsubishi). Carlos Sainz ficou em segundo lugar e Colin McRae (britânico) foi o terceiro num Subaru.
Tommi Makkinen dominou o rali seguinte, no Safari, e venceu o rali africano sem problemas. Colin McRae foi apenas o quarto classificado.
O Campeonato do Mundo de Ralis prosseguiu na Ásia. Pela primeira vez era disputado um rali do mundial no continente asiático: o Rali da Indonésia.
A primeira etapa do rali foi dominada pela luta entre Makkinen e McRae. A intensidade entre os dois pilotos foi determinante para o desfecho do rali: Makkinen abandonou na segunda etapa com o motor partido (talvez devido ao esforço dispendido no inicio?) e McRae capotou (talvez se tenha excedido?). Com dois dos principais candidatos à vitória fora de prova, acabou por ser o espanhol Carlos Sainz (Ford) o mais beneficiado. Sainz venceu o rali, Piero Liatti (Subaru) foi o segundo e Kankkunen o terceiro.
No Rali da Acrópole Colin McRae (Subaru) conseguiu a sua primeira vitória da temporada. A luta voltou a ser renhida com Tommi Makkinen (Mitsubishi) mas foi o piloto da Subaru que acabou por vencer na Grécia. Sainz ficou em terceiro lugar atrás de Makkinen. Neste Rali da Acrópole fica também o registo da participação do Rui Madeira com o Toyota Celica. Mas a sorte não acompanhou o português, Rui Madeira abandonou devido a um acidente.
(continua)

1 comentário:

PGAV disse...

Olá Caro José!

Os Toyota Celica sempre nos trouxeram adrenalina. Lembro-me de um toyota celica do carlos Sainz, acho que o modelo anterior a este que aqui pôs, que me fascinava. Grande Máquina!

Caro José, tenho uma novidade publicada... Um clássico com garra demais... história e "mitologia" automóvel. Daqueles que já não se fazem mais...

Grande Abraço

Boa Semana.

Pedro