Durante a primeira metade da década de 90 o Toyota Celica tornou-se no maior rival do Lancia Delta tendo mesmo conseguido destronar o carro italiano no domínio dos ralis. Contudo em 1995 o Celica viria a sofrer uma significativa humilhação que levou ao fim da sua carreira desportiva. Após ter vencido o título de marcas em 1993 e 1994 e o de pilotos em 1992 (Carlos Sainz, o espanhol venceu o Monte Carlo de 1991 com o Celica e venceu na Catalunha em 1992),1993 (Juha Kankkunen) e 1994 (Didier Auriol, o francês venceu o Monte Carlo de 1993 com o Celica), o Toyota Celica surgia em 1995 como favorito ao título. Para esse campeonato a Fia introduziu uma alteração técnica: impôs um estrangulador de admissão de 34 mm, quando anteriormente era de 38 mm. Esta alteração penalizou o Celica. A Subaru assumiu o domínio nos ralis e enquanto o campeonato decorria chegava-se à conclusão que o Celica não se mostrava tão competitivo como os seus adversários.
O escândalo aconteceu no Rali da Catalunha quando os comissários numa inspecção ao Toyota Celica detectaram um sistema no estrangulador de admissão que deixava entrar mais ar para o motor do que o permitido pelo regulamento. A Fia decidiu castigar severamente a Toyota desclassificando-a do campeonato e proibindo a equipa de participar no campeonato de 1996. Foi o fim da carreira desportiva do Toyota Celica no campeonato do mundo de ralis. No entanto este modelo ainda participou no Campeonato da Europa de 1996 sagrando-se campeão com Armin Scharwz (alemão). Entretanto a Toyota começou a preparar o Toyota Corolla WRC para o regresso ao Campeonato do Mundo de Ralis.
A miniatura representa o Toyota Celica GT-Four de Juha Kankkunen (finlandês) no Rali de Monte Carlo de 1995. Kankkunen terminou o Monte Carlo num honroso 3º lugar, prova que foi vencida pelo espanhol Carlos Sainz num Subaru Impreza. O segundo lugar de Kankkunen em Portugal (no ano anterior Juha Kankkunen tinha vencido em Portugal), a vitória de Didier Auriol (francês), colega de Kankkunen, na Volta à Córsega e o 2º lugar na Nova Zelândia foram os melhores resultados do Toyota Celica nesse ano.
O Toyota Celica GT-Four estreou-se no Rali de San Remo de 1994. O motor era um 4 cilindros em linha, colocado na posição dianteira transversalmente. A cilindrada era de 1998 e debitava 300 cv às 5600 rpm. A transmissão era integral com diferencial mecânico à frente, electrohidráulico ao centro e hidráulico/mecânico atrás.
Juha Kankkunen, nascido a 2 de Abril de 1959 na Finlândia, foi um dos grandes pilotos de ralis. Kankkunen foi campeão em quatro ocasiões: em 1986 pela Peugeot, em 1987 e 1991 pela Lancia e em 1993 pela Toyota. A sua estreia aconteceu em 1978 e terminou a carreira em 2002, durante esses anos somou 23 vitórias em ralis do mundial. Ao longo da sua carreira guiou para várias equipas: Toyota, Peugeot, Lancia, Ford, Subaru e Hyunday.