26 fevereiro 2010

Peugeot 207 S2000 - B. Magalhães - P. Grave (Rali de Portugal de 2007)



Esta miniatura pertence à colecção Os Nossos Campeões de Ralis.
Em 2007 o Rali de Portugal voltou finalmente ao Campeonato do Mundo de Ralis. Após algumas tentativas falhadas, o Automóvel Clube de Portugal conseguia colocar Portugal novamente no WRC.
Esperava-se uma luta renhida entre a Citroen e a Ford mas essa expectativa acabou por não se verificar uma vez que se assistiu ao domínio de Sébastien Loeb (francês) e do Citroen C4 WRC. Loeb impôs a sua categoria e venceram a maioria das classificativas. No final obteve uma vitória categórica e beneficiou do atraso do seu maior rival, Marcus Gronholm (finlandês) da Ford, que terminou no quarto lugar. O norueguês Peter Solberg foi o segundo classificado num Subaru Impreza.
O melhor piloto nacional foi o Bruno Magalhães num Peugeot 207 S2000 mas o favorito era Armindo Araújo, que acabou por desistir devido a um despiste. Contudo não foi nas classificativas que Bruno Magalhães se sagrou o melhor piloto português; Rui Madeira acabou por ser desclassificado por irregularidades mecânicas no seu Mitsubishi Lancer Evo IX, assim foi na secretaria que Bruno Magalhães obteve conseguiu ser o melhor piloto nacional.
A miniatura apresentada representa o Peugeot 207 S2000 de Bruno Magalhães, com o qual obteve a 17ª posição no Rali de Portugal de 2007, sendo o melhor piloto nacional.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2007
O Rali da Nova Zelândia foi outra etapa no intenso duelo que vinha sendo travado entre Marcus Gronholm, da Ford, e Sébastien Loeb, da Citroen. O piloto da Ford acabou por levar de a melhor sobre Loeb mas a diferença entre os dois foi menor que 1 segundo: 0,3 segundos! A restante concorrência ficou a mais de um minuto e meio de distância.
Nas estradas de asfalto da Catalunha, a Citroen conseguiu repetir a dobradinha do Rali de Monte Carlo: Loeb venceu o Rali da Catalunha mas o segundo lugar do espanhol, Daniel Sordo, foi importantíssimo na luta pelo título. Marcus Gronholm viu-se assim relegado para a terceira posição final.
Na Volta a Córsega, outro rali disputado em asfalto, Sébastien Loeb não deixou os seus créditos em mão alheias, e especialista como é neste tipo de ralis, obteve outra vitória. Marcus Gronholm minimizou a derrota ao ficar em segundo lugar, à frente de Daniel Sordo e que desta vez não conseguiu ajudar o seu colega de equipa.
O Rali do Japão foi diferente porque os protagonistas do campeonato não terminaram a prova: Loeb vítima de problemas mecânicos e Gronholm vítima de um acidente. Assim, coube aos segundos pilotos da Ford e da Citroen a disputa pela vitória. Mikko Hirvonen acabou por vencer Sordo na luta pelo primeiro lugar.
No Rali da Irlanda a Citroen voltou a colocar os dois carros nos dois primeiros lugares: Loeb vence e beneficia da desistência de Gronholm, novamente devido a um acidente. Sordo voltou a ser segundo classificado.
À partida para o último rali do campeonato, Loeb tinha uma vantagem de 6 pontos sobre Gronholm e não precisava de vencer, bastando-lhe o terceiro lugar em caso de vitória de Gronholm; as desistências do finlandês nos dois últimos ralis estavam a fazer toda a diferença. Na verdade o que aconteceu foi que Loeb termina o rali na terceira posição e sagra-se campeão pela quarta vez consecutiva. A Ford vence o rali com Mikko Hirvonen em primeiro e Gronholm em segundo lugar.
O campeonato termina com Loeb em primeiro com 116 pontos (8 vitórias) e Gronholm termina a sua carreira nos ralis com o vice campeonato (112 pontos e 5 vitórias). A Ford vence novamente o campeonato de construtores.

20 fevereiro 2010

Ford Focus RS WRC 06 - M. Gronholm - T. Rautiainen (Rali de Monte Carlo de 2007)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 15.
O Ford Focus RS WRC 06 (o Focus da segunda geração) estreou no Rali da Austrália em 2005 conduzido por Toni Gardemeister (finlandês). O seu desenvolvimento iniciou em finais de 2004 e decorreu ao longo do ano seguinte. Como a plataforma do novo Focus era totalmente diferente do anterior aproveitou-se para instalar o maior número de elementos o mais baixo possível no chassis. Com um compartimento motor maior houve a possibilidade de conceber os elementos em volta do motor. O carro recebeu um novo bloco de alumínio proveniente da Mazda, baptizado Duratec, que substituiu o motor Zetec com bloco de fundição. Este facto ajudou a baixar o peso para se chegar aos 1230 kg, o mínimo imposto pelo regulamento. (in fascículo nº 15 que acompanha a miniatura).
O motor era um 4 cilindros em linha de 1998cc colocado na dianteira transversalmente, com uma potência de 300 cv. A transmissão era integral com uma caixa de 5 velocidades.
A estreia, como disse anteriormente, aconteceu no Rali da Austrália de 2005 mas problemas na bomba de água ditaram o abandono de Tony Grademeister. Em 2006 Marcus Gronholm (finlandês) lutou com o seu Ford Focus contra o Citroen Xsara de Sebástien Loeb (francês) pelos títulos mas ao finlandês não chegaram as 7 vitórias conseguidas para bater o francês da Citroen, que se sagrou campeão mundial. Contudo a Ford logrou vencer o título mundial de construtores, coisa que já não acontecia desde 1980.
A miniatura representa o Ford Focus RS WRC 06 de Marcus Gronholm no Rali de Monte Carlo de 2007. A Ford apresentou-se no Monte Carlos de 2007 com fortes expectativas no que diz respeito à vitória final. Já no ano anterior Gronholm tinha levado o Focus RS WRC 06 à vitória e desta vez esperavam poder alcançar o mesmo resultado. Tanto mais que a Citroen regressava oficialmente aos ralis (depois de um ano de afastamento) e estreava o novo carro, o Citroen C4 WRC. Mas as expectativas de Gronholm e da Ford foram fortemente abaladas pela excelente prova de Loeb, que assumiu o primeiro lugar desde início e nunca mais o largou. Com alguns problemas mecânicos a afectarem a sua prova, Gronholm teve que se contentar com o terceiro lugar final, atrás dos homens da Citroen, Loeb e Daniel Sordo (espanhol). No que diz respeito ao resto do campeonato, a Ford viria a estrear na segunda metade da temporada a versão 2007 do Focus mas Gronholm não conseguiria vencer o título de pilotos; a Ford por sua vez conseguiu revalidar o título de construtores conquistado no ano anterior.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2007
No Rali da Argentina Sebastien Loeb (Citroen) completou uma série de 3 vitórias consecutivas e iria iniciar um período de 3 provas em que não teria o sabor da vitória. Marcus Gronholm (Ford) ficou em segundo lugar atrás do francês da Citroen seguido pelo seu compatriota e colega de equipa Mikko Hirvonen.
Os três ralis que se seguiriam à Argentina foram disputados na Itália, Grécia e Finlândia e todos eles tiveram o mesmo vencedor: Marcus Gronholm que ao vencer e beneficiar do atraso de Loeb conseguiu passar para a frente da classificação no mundial. Na Itália Gronholm foi o primeiro, Hirvonen o segundo e Sordo o terceiro, que assim minimizou as perdas para a Citroen uma vez que Loeb desistiu devido a um acidente. Facto raro na sua carreira. Na Grécia Gronholm foi o primeiro, Loeb o segundo e o norueguês Petter Solberg, em Subaru, o terceiro. Na Finlândia os homens da Ford controlaram a prova, com Gronholm em primeiro e Hirvonen em segundo. De referir que foi nesta prova que a Ford estreou o novo Ford Focus WRC (versão de 2007); e que bela estreia. Loeb conseguiu apenas o terceiro lugar.
O Rali da Alemanha significou o regresso de Loeb e da Citroen às vitórias. Por seu lado a Ford e os seus pilotos viram-se relegados para as posições secundárias: Gronholm não vai além do quarto lugar, sendo batido pelo seu colega de equipa Hirvonen que ficou em terceiro. A segunda posição foi para o belga François Duval que num Citroen Xsara WRC privado (equipa Kronos) bateu os pilotos oficiais da Ford.
Decorridas 10 provas, a classificação do mundial era liderada por Marcus Gronholm com 80 pontos mais 8 que Loeb. Nos construtores a Ford levava já uma vantagem considerável sobre a Citroen: 143 pontos tinha a Ford enquanto que a Citroen tinha apenas 102 pontos.
(continua)

13 fevereiro 2010

Citroen C4 WRC - D. Sordo - M. Martí (Rali de Monte Carlo de 2007)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos (fasc. nº 20).
A entrada em competição do Citroen C4 WRC só aconteceu em 2007, três anos depois da apresentação do modelo de estrada, porque o Xsara WRC continuou a ser muito bem sucedido nos ralis. O Xsara WRC era realmente um carro bastante bom, o que permitiu o afastamento oficial da Citroen durante um ano (2006) e mesmo assim a equipa privada (Kronos) que obteve o apoio da Citroen conseguiu vencer o campeonato de pilotos por Sébastien Loeb (francês); o campeonato de construtores foi vencido pela Ford. O Citroen C4 WRC dispôs assim de quase dois anos de desenvolvimento antes de entrar em competição no ano de 2007.
Apesar de ser um carro novo, optou-se por continuar a utilizar o mesmo motor do Xsara WRC, já que tão boas provas tinha dado. Contudo foi montado com um ângulo de inclinação diferente, o que implicou um sistema de escape e radiador específicos. Outro aspecto que se teve em conta foi a sua durabilidade isto porque o regulamento para 2007 obrigava a que cada motor tivesse de efectuar duas provas sem que fosse aberto para reparação ou manutenção. Desde modo o motor era um 4 cilindros em linha de 1998 cc com 300 cv de potência. O C4 utilizava uma caixa sequencial de seis velocidades.
A estreia do Citroen C4 WRC aconteceu no Rali de Monte Carlo de 2007. E o resultado não poderia ter sido melhor para a estreia e para o regresso da Citroen ao mundial: Sébastien Loeb venceu a prova e o seu colega de equipa, o espanhol Daniel Sordo, ficou com o segundo lugar.
A miniatura representa o Citroen C4 WRC de Daniel Sordo, com o qual se classificou em segundo lugar no Rali de Monte Carlo de 2007.
Campeonato do Mundo de Ralis de 2007
A estreia do Citroen C4 WRC foi excelente, como disse anteriormente, a vitória de Loeb e o segundo lugar de Sordo deixaram boas indicações para o resto do campeonato que agora iniciava. O rival de Loeb, o finlandês Marcus Gronholm num Ford Focus WRC, teve que se contentar com o terceiro lugar e esperar pela prova seguinte para poder responder à vitória do francês da Citroen.
O Rali da Suécia foi efectivamente onde Gronholm conseguiu responder a Loeb; assim a Ford logrou obter uma vitória, através do finlandês; caso Loeb não obtivesse o segundo lugar a Ford poderia ter sonhado com um pódio completo, assim Mikko Hirvonen (finlandês) foi o terceiro e Henning Solberg (norueguês) o quarto, ambos em Ford Focus WRC.
O tal pódio de sonho da Ford não aconteceu na Suécia mas veio a concretizar-se no Rali da Noruega; Hirvonen foi o vencedor, Gronholm foi o segundo e Solberg o terceiro: três Ford Focus WRC no pódio. Sébastien Loeb foi apenas o 14º classificado.
O Rali do México foi tempo de recuperação para Loeb e como tal o francês mostrou porque é o melhor piloto de ralis da actualidade relegando para o segundo e o terceiro lugar os homens da Ford, Gronholm e Hirvonen, respectivamente.
No Rali de Portugal Sébastien Loeb mostrou novamente toda a sua qualidade, quer em talento quer em conhecimento dos ralis: com uma acertada escolha de pneus Loeb não deu qualquer hipótese aos adversários. O francês obteve uma vitória categórica, deixando o segundo classificado, Petter Solberg (norueguês) em Subaru, a mais de 3 minutos de distância. Por outro lado, Gronholm devido a um erro na escolha dos pneus não foi além do quarto lugar. O terceiro classificado foi Daniel Sordo em Citroen.
Após 5 ralis disputados, Sébastien Loeb liderava a classificação dos pilotos com um ponto a mais que Gronholm. Nos construtores era a Ford quem liderava à frente da Citroen.
(continua)

05 fevereiro 2010

Peugeot 205 GTI - J.-P- Ballet - M.-Ch. Lallement (Rali de Monte Carlo de 1988)



Esta miniatura do Peugeot 205 GTI pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (fasc. nº 29).
O Peugeot 205, apresentado no início de 1983, foi um sucesso de vendas que permitiu à Peugeot sair de uma situação algo complicada em que se encontrava. O 205 foi também a base para a Peugeot construir um carro que iria dominar os ralis durante dois anos: o Peugeot 205 T16. Após o fim do Grupo B e consequente retirada dos ralis por parte da Peugeot, ainda foi possível ver em acção nos ralis a versão menos “musculada” do 205 T16: o Peugeot 205 GTI.
O Peugeot 205 GTI foi utilizado por pilotos privados e que, após 1986, conseguiram alguns resultados positivos. Por exemplo e neste caso específico, o piloto francês Jean-Pierre Ballet conseguiu ficar em terceiro lugar na edição de 1988 do Rali de Monte Carlo. Nada mau para um carro com um motor 1.6 de 4 cilindros em linha e 140 cv de potência. A sua excepcional agilidade e comportamento dinâmico, características já presentes no 205 T16, foram fundamentais. A geometria da suspensão, a distribuição de peso, com o motor inclinado para trás no seu compartimento, e o curto curso das suspensões contribuíram bastante para as excelentes características de condução do modelo. Jean-Pierre Ballet conseguiu o seu melhor resultado no mundial de ralis com o Peugeot 205 GTI. O terceiro lugar alcançado no Rali de Monte Carlo de 1988 foi realmente extraordinário visto que Ballet teve um início de rali algo atribulado, com problemas mecânicos e uma penalização de 2 minutos, mas que depois de solucionados apenas perdeu para os Lancia Delta de Bruno Saby e Alex Fiorio, primeiro e segundo classificados respectivamente. Um feito impensável para um piloto amador.
A miniatura representa o Peugeot 205 GTI de Jean-Pierre Ballet no Rali de Monte Carlo de 1988.