30 novembro 2010

Subaru Impreza WRC - T. Makinen - K. Lindström (Rali de Monte Carlo de 2002)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros MíticosFasc. nº 33.
O piloto finlandês Tommi Makinen conseguiu em 2002 um feito inédito, à época, ao conseguir vencer pela quarta vez consecutiva o Rali de Monte Carlo. Tommi Makinen tinha deixado a Mitsubishi, aonde se sagrou Campeão do Mundo por quatro vezes consecutivas (de 1996 a 1999), e corria agora pela Subaru. O carro utilizado foi o Subaru Impreza WRC, o mesmo com o qual Richard Bruns (inglês) se tinha sagrado Campeão do Mundo de Ralis no ano anterior.
Contudo a vitória de Makinen no Monte Carlo só foi possível graças a um erro da equipa Citroen. Sébastien Loeb (francês) ao volante de um Citroen Xsara WRC foi o piloto mais rápido ao longo de todo o rali mas, quando já tudo parecia decidido e Makinen já só esperava ser segundo classificado, a equipa da Citroen efectuou uma troca de pneus no carro de Loeb fora de um sector permitido para o efeito. O resultado desse erro foi uma penalização de 2 minutos e a consequente vitória para Tommi Makinen. A sua quarta no Rali de Monte Carlo.
O Subaru Impreza WRC já vinha de um ano de utilização e após a vitória de Makinen no Monte Carlo apenas efectuou mais um rali, na Suécia, onde Makinen e Petter Solberg registaram abandonos devido a problemas no motor.
O Subaru Impreza WRC dispunha de um motor boxer de 4 cilindros com 1994 cc. A potência debitada era de 300 cv às 4000 rpm. A transmissão era integral com uma caixa sequencial de seis velocidades. A miniatura apresentada é o Subaru Impreza WRC com o qual o piloto finlandês Tommi Makinen venceu o Rali de Monte Carlo de 2002. Outro facto que importa registar é que esta era a primeira prova de Tommi Makinen com a Subaru. Nada mal para início de contrato… contudo o resto do ano seria menos agradável para Makinen. A Subaru ficaria em terceiro no campeonato de marcas, vencendo 2 ralis (a primeira e a última prova do ano), enquanto Makinen terminou o ano na oitava posição; por outro lado o seu colega de equipa terminou o campeonato na segunda posição.

20 novembro 2010

Seat Ibiza GTi Kit Car - J. Puras - C. Del Barrio (Rali de Monte Carlo de 1996)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 44.
O terceiro lugar no Rali de Monte Carlo conquistado pela Seat em 1977 já ia muito longe quando em 1995 a marca espanhola regressou aos ralis do campeonato do mundo. Neste seu regresso a Seat utilizou o modelo Ibiza 1.8 de 19 válvulas para disputar a categoria de duas rodas motrizes. Como a temporada foi bastante positiva, no ano seguinte a Seat apostou na nova categoria, os Kit Car.
Muito resumidamente, a categoria dos Kit Car estava reservada apenas a carros de 2 litros de duas rodas motrizes. Foi com base no modelo Ibiza que a Seat desenvolveu a sua versão para disputar a nova categoria. Assim o Seat Ibiza GTi Kit Car, baseado na plataforma do VW Polo, dispunha de um motor de 4 cilindros em linha de 1984 cc, com uma potência de 250 cv às 7800 rpm. O motor, que era proveniente do Golf, estava colocado na frente em posição transversal e a transmissão era dianteira e dispunha de uma caixa sequencial de seis velocidades.
Apesar de revelar alguns problemas durante este ano de 1996, a Seat conseguiu vencer o campeonato destinado aos Kit Car. No ano seguinte alguns desses problemas foram resolvidos, melhorando o Ibiza, o que permitiu a conquista de mais dois títulos, o que quer dizer que a Seat venceu 3 títulos consecutivos nesta categoria (1996 a 1998).
Durante estes anos em que disputou a categoria dos Kit Car, o Ibiza teve como principais adversários o Peugeot 306 Maxi, o Skoda Felicia e o Renault Megane Maxi.
A miniatura de hoje representa o Seat Ibiza GTi Kit Car de Jesús Puras no Rali de Monte Carlo de 1996. Esta foi a prova de estreia do Ibiza GTi Kit Car em competição. A equipa era composta pelos pilotos Erwin Weber (alemão) e Jesús Puras (espanhol). Contudo a estreia do Ibiza não foi totalmente feliz: Jesús Puras esteve muito pouco tempo em prova visto que o motor do seu Ibiza apenas aguentou 11 km. Por outro lado, Erwin Weber conseguiu levar o seu Ibiza até à terceira posição entre os Kit Car. Ainda chegou a ocupar a segunda posição mas uma má escolha de pneus deixou-o no terceiro posto. Apesar de não ter iniciado da melhor forma o campeonato, a Seat haveria de vencer nesse ano o primeiro dos três títulos consecutivos. De referir que esta edição do Rali de Monte Carlo não contou para o Campeonato do Mundo de Ralis dos carros de tracção integral, como tal não estiveram presente os grandes nomes e marcas do WRC. A prova foi vencida pelo francês Patrick Bernardini num Ford Escort RS Cosworth, seguido de Francois Delecour (francês) em Peugeot 306 Maxi.

13 novembro 2010

Suzuki Ignis JWRC - G. Wilks - P. Pugh (Rali de Monte Carlo de 2005)

Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros MíticosFasc. nº 37.
O Junior World Rally Championship (JWRC) permitiu que alguns pilotos privados tivessem acesso a automóveis de custo moderado. Igualmente também houve algumas marcas que aproveitaram esta competição mais económica para competirem nos ralis e talvez aproveitar essa base para futuramente se lançarem no WRC. Foi o caso da Suzuki.
A Suzuki entra no mundo dos ralis em 2001 no JWRC com o seu modelo Ignis. O JWRC é uma categoria do Campeonato do Mundo de Ralis que está reservado aos carros com cilindrada inferior a 1600 cc, de tracção dianteira e sem turbo.
A aposta nesta categoria (JWRC) levou o seu tempo a dar resultados; só após três temporadas, de 2001 a 2003, é que a Suzuki conseguiu vencer o JWRC, em 2004. A primeira vitória do Ignis (no JWRC) aconteceu em 2003 no Rali da Finlândia com o piloto sueco Daniel Carlsson.
O Suzuki Ignis JWRC de 2005 utilizava um motor de 1597 cc, que debitava 220 cv às 8500 rpm. A tracção era dianteira, conforme o regulamento do JWRC, com uma caixa sequencial de seis velocidades. O Ignis de 2005 representava a segunda geração do modelo da Suzuki. Na prática isto queria dizer que passava a dispor de vias 30 mm mais largas e de suspensões com mais curso, além de que o carro passou a ter mais 15 cm na traseira. Mecanicamente, o Ignis procurou melhorar a sua fiabilidade através da utilização de uma cambota especial e de bielas mais resistentes; os radiadores mudaram de posição e de tamanho; a caixa de velocidades agora utilizada era a da Hewland em substituição da fabricada pela Suzuki, o que permitia ao pilotos seleccionarem as mudanças através de patilhas, como nos WRC. Tudo indica que estas melhorias foram fundamentais em face dos resultados alcançados pela Suzuki ao longo da temporada de 2005.
A miniatura representa o Suzuki Ignis JWRC de Guy Wilks (inglês) no Rali de Monte Carlo de 2005. O piloto inglês que no ano anterior tinha desistido (acidente) desta vez conseguiu terminar a edição de 2005 do Monte Carlo num modesto 19º da geral (7º na classe JWRC; Kris Meeke num Citroen C2 S1600 foi o primeiro na categoria JWRC). Guy Wilks terminaria o JWRC na segunda posição com 35 pontos (venceu o Rali do México na categoria JWRC, a sua única vitória neste ano); o campeão no JWRC foi o espanhol Dani Sordo com o Citroen C2 S1600 (53 pontos) tendo vencido 4 ralis na categoria JWRC (Itália, Finlândia, Alemanha e Espanha).

04 novembro 2010

Lancia Rally 037 Evo 2 - S. Servià - J. Sabater (Rali de San Froilan de 1986)


Esta miniatura pertence à colecção Rally Collection – Fasc. nº 25.
Na minha opinião o Lancia Rally 037 é um dos mais belos carros de toda a história dos ralis. Lembro-me perfeitamente do espectáculo que dava, principalmente nos ralis em asfalto.
Concebido com base no modelo Beta Monte-Carlo, o Lancia Rally foi desenvolvido exclusivamente para ralis. A sua estreia em competição aconteceu no ano de 1982. Contudo, e em face da nova tecnologia das quatro rodas motrizes introduzida nos ralis pela Audi no ano anterior, o Lancia Rally enfrentava uma tarefa muito difícil. Poderá mesmo aceitar-se a afirmação que “o Lancia Rally foi um erro”. In fascículo nº 25 da colecção Rally Collection.
O Lancia Rally de motor central traseiro era um carro leve, com chassis tubular e tracção traseira. O motor de 4 cilindros, de 1995 cc, debitava uma potência de 300 cv às 8000 rpm. Posteriormente, em 1984, a cilindrada do motor foi aumentada para os 2,2 litros o que permitia obter uma potência na ordem dos 330 cv.
É um facto, o Lancia Rally aparece num momento em que a Audia tinha já lançado a tendência para o futuro dos ralis, que eram as quatro rodas motrizes. No entanto, e apesar apenas dispor de tracção traseira, o Lancia Rally ainda conseguiu vencer o Campeonato do Mundo de Marcas de 1983. Em parte isso deveu-se às dificuldades da Audi em resolver alguns problemas nos seus carros, mas o Lancia Rally também dispôs de dois grandes pilotos, Markku Alén (finlandês) e Walter Röhrl (alemão), que soubaram tirar partido das fraquezas dos adversários e explorar as virtudos do Lancia Rally: “leveza, entrega de potência equilibrada e uma tracção impecável”. In In fascículo nº 25 da colecção Rally Collection. Nesse ano (1983) o Lancia Rally venceu 5 ralis: Monte Carlo, Acrópole e Nova Zelândia por Walter Röhrl e Córsega e San Remo por Markku Alén. O piloto finlandês venceria mais uma vez na Córsega em 1984, naquela que foi a única vitória da Lancia em 1984. O Lancia Rally venceu 6 ralis na sua carreira desportiva no Mundial: 3 com Röhrl e 3 com Alén. Em 1984 a direcção da Lancia, ciente que o futuro dos ralis passava pela tracção integral, estava já empenhada no sucessor do Lancia Rally.
A miniatura que hoje apresento é o Lancia Rally 037 Evo 2 de Salvador Servià (espanhol) no Rali de San Froilan de 1986.
Salvador Servià tinha sido o Campeão de Espanha de 1985, com o Lancia Rally, e surgia em 1986 como o principal favorito na luta pelo título. A temporada anterior tinha-lhe corrido muito bem (5 vitórias) mas durante o campeonato de 1986 sentiu algumas dificuldades financeiras que o limitaram. A par disso teve a dura oposição de Carlos Sainz (espanhol) que conduzia um Renault 5 Maxi Turbo. Com apenas duas vitórias no campeonato espanhol de 1986, Servià surgiu no Rali de San Froilán reforçado com um novo patrocínio (Seven Up) e com um novo Lancia Rally da Jolly Club, o que lhe iria permitir terminar a temporada. A prova começou por ser dominada por Carlos Sainz mas a quebra do turbo do seu Renault ditou a sua desistência. Salvador Servià aproveitou esse facto e venceu a prova com 9 segundos de vantagem sobre António Zanini (espanhol) que conduzia um Ford RS 200. No final do campeonato espanhol Salvador Servià sagrava-se campeão novamente (com 3 vitórias) e o Lancia Rally terminava a sua carreira nos ralis devido à proibição dos carros do Grupo B para 1987.
Aqui ficam mais algumas miniaturas do Lancia Rally pertencentes à minha colecção:
Também aqui fica um link para um excelente blog em que o tema é o Lancia Rally 037.