A ligação desportiva entre a Fiat e a Abarth remonta aos anos setenta do século passado: a Abarth preparava os modelos da Fiat e da Lancia e os resultados foram excelentes. Com o afastamento do Grupo Fiat, na década de noventa, dos ralis e posterior queda nas vendas, a Fiat optou por fazer renascer o nome Abarth. Contudo o objectivo não era conquistar o WRC mas partir da base do modelo Grande Punto e transformá-lo num pequeno desportivo capaz de vencer no IRC (Intercontinental Rally Challenge). Deste modo procurava-se relançar a marca Fiat no mercado automóvel. Neste renascimento a Fiat decidiu que a Abarth seria uma nova marca no seio do grupo italiano.
O Abarth Grande Punto era baseado num Fiat Grande Punto que a Abarth transformou num automóvel com maiores capacidades desportivas; o lançamento do Abarth Grande Punto aconteceu no Salão de Genebra de 2007. O Abarth destinava-se ao Campeonato de Ralis de Itália e ao IRC: em Itália conseguiu numerosas vitórias mas no IRC as coisas foram mais complicadas.
O Abarth Grande Punto S2000 estava equipado com um motor de 4 cilindros em linha, de 1997cm3 de cilindrada, colocado na posição transversal na dianteira. A potência disponível era de 270 cv Às 8250 rpm. A tracção era integral e usava uma caixa de 6 velocidades e comando sequencial. Os guarda-lamas dianteiros e traseiros foram alargados o que aumentava a largura da carroçaria até ao máximo autorizado de 1,80 m. O aileron traseiro também era permitido pelo regulamento. Os guarda-lamas alargados permitiam a utilização de pneus BFGoodrich de maiores dimensões para as provas de asfalto. (in fascículo nº 62).
A miniatura apresentada é o Abarth Grande Punto S2000 de Giandomenico Basso (italiano) no Rali de Monte Carlo de 2009. A 77ª edição do Rali de Monte Carlo apenas contava para o Intercontinental Rally Challange (IRC) sendo esta a primeira prova do campeoanto. A Abarth procurava neste rali bater-se de igual com a Peugeot e a Skoda pela vitória. Giandomenico
Basso não teve um rali fácil e desde muito cedo se viu afastado dos líderes devido a uma má escolha de pneus. Ao longo da segunda etapa saiu duas vezes da estrado quando tentava recuperar o tempo perdido. No final desta etapa Basso estava a 4 minutos do líder e encontrava-se apenas no 8º lugar. À partida para a terceira etapa, a Abarth tinha um carro no 2º lugar (Toni Gardemeister) mas o finlandês viria a desistir no decorrer da etapa. Basso ao vencer uma especial conseguiu subir ao 6º lugar e beneficiou da desistência de Gardemeister para terminar o rali na 5ª posição. A Peugeot colocou 3 carros nos três primeiros lugares, sendo a vitória para Sébastien Ogier (francês).![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Fcbg8W-vElSiuoT2qqMaLS4dT-ciaw7zOXp29OSLXQWc_2hq5dY6b2LRWhohXFJr70QwgkcUNMUQtpDpQCmnnu_HlLRa9bQu312q7awrp5K1Z_yXb9RKyPsoMHwARCldDrjEbg/s200/AbarthGrandePunto2009e.JPG)
No campeonato do IRC de 2009, Giandomenico Basso conseguiu alguns resultados de relevo mas não foi além do 5º lugar com 28 pontos. Basso conseguiu vencer uma prova, em Portugal, e alcançou dois terceiros lugares (Brasil e Rússia). O inglês Kris Meeke ao volante de um Peugeot 207 S2000 venceu o IRC de 2009 com 60 pontos e 4 vitórias.
Giandomenico Basso nasceu a 15 de Setembro de 1973 em Itália. Depois de competir nos karts, Basso passou para os ralis aonde se encontra desde 1994. Basso foi o primeiro campeão no IRC em 2006, um campeonato que apenas tinha 4 ralis. Este piloto italiano tem feito carreira maioritariamente no IRC, onde já venceu 6 ralis. Desde 2006 até 2011, Basso guiou quase sempre um Abarth (de 2006 a 2010); neste ano de 2011 efectuou uma prova com o Peugeot 207 S2000 (Monte Carlo) e o restante campeonato está a disputá-lo ao volante de um Proton Satria Neo S2000.