Esta miniatura pertence à colecção Os Nossos Campeões de Ralis.
Em 1997 a equipa RALLIART utilizou no Campeonato do Mundo de Ralis a quarta evolução do Mitsubishi Lancer. Nesse ano os ralis sofreram grandes alterações mas a Mitsubishi optou por dar continuidade à evolução que vinha efectuando com o Lancer. Assim, a miniatura que hoje apresento é alusiva ao Mitsubishi Lancer Evo IV que Tommi Makinen (finlandês) utilizou no Rali de Portugal de 1997.
O Mitsubishi Lancer Evo IV dispunha de um motor turbo de 2 litros e 4 cilindros, debitava cerca de 280 cv de potência. Como é obvio, tinha tracção às quatro rodas.
Tommi Makinen, que se sagrou campeão em 1996, era um dos favoritos à conquista do título de 1997 mas foi apenas à quarta prova (Rali de Portugal) que obteve a primeira das quatro vitórias desse ano. No final da época Makinen revalidava o título de pilotos, batendo Colin McRae (escocês) por um ponto apenas. Nos construtores a Mitsubishi seria apenas a terceira classificada.
Campeonato do Mundo de Ralis de 1997
O campeonato de 1997 sofreu significativas mudanças em relação ao do ano anterior. Foi aumentado o número de ralis, que passou de 8 para 14 provas. No entanto os ralis passaram a ser mais curtos e deixou de haver provas mistas, isto é, as organizações dos ralis tiveram que optar por ralis inteiramente disputados em terra ou em asfalto. Ralis mais curtos originaram ralis disputados ao segundo.
No que diz respeito aos regulamentos dos carros também houve modificações e que basicamente consistia no seguinte: os carros de ralis podiam ser construídos com base num carro sem motor turbo e tracção integral, sendo que a quantidade mínima para homologação era de 25.000 unidades. Anteriormente as marcas tinham que construir um modelo turbo e de tracção integral e construir 2.500 unidades para homologação. Agora isso deixava de ser necessário e as marcas tinham apenas de dispor de um carro de série ao qual não era necessário ter turbo e tracção integral. Bastava ter de construir 25.000 unidades do modelo de série, número que na realidade era ultrapassado. Havia a obrigatoriedade de respeitar o peso mínimo de 1230 kg e o motor não podia exceder os 2000 cc. No que concerne à pontuação, foi adoptado o sistema de pontos utilizado na Formula 1 de então: 10, 6, 4, 3, 2 e 1 pontos para o primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto classificado, respectivamente. Muito resumidamente, estas eram as linhas mestras que regulamentavam o novo campeonato. Assim nascia o World Rally Car (WRC).
As principais marcas optaram por estratégias diferentes perante as modificações introduzidas: a Subaru, a Ford e a Toyota, optaram por construir um carro novo; no caso da Mitsubishi a opção foi fazer evoluir o Lancer.
No início do campeonato assistiu-se ao domínio da Subaru. Efectivamente, os três primeiros ralis do ano foram vencidos pela Subaru mas por pilotos diferentes. No Monte Carlo o italiano Piero Liatti aproveitou o abandono de Colin McRae e o atraso de Tommi Makinen para vencer pela primeira vez um rali do mundial. Carlos Sainz (espanhol) no novo Ford Escort WRC terminou na segunda posição à frente de Makinen. No Rali da Suécia o pódio foi quase igual ao do Monte Carlo, apenas o vencedor foi diferente. O sueco Kenneth Eriksson (Subaru) venceu o rali nórdico. No Safari foi a vez de Colin McRae vencer pela Subaru.
Nos dois ralis seguintes (Portugal e Catalunha) Tommi Makinen reapareceu e mostrou que era o Campeão do Mundo. As duas vitórias de Makinen foram aproveitadas ao máximo já que os seus mais directos adversários não conseguiram terminar nos pódios. Em Portugal, Mcrae e Sainz não terminaram. No Rali da Catalunha, disputado em asfalto, Makinen teve que lutar contra o Peugeot 306 Maxi de Gilles Panizzi (francês), que terminou em terceiro lugar. O Peugeot (Kit Car de duas rodas motrizes) revelou-se bastante competitivo. Isto aconteceu porque os Kit Cars eram bastante mais leves que os WRC e em asfalto a diferença de potência e os uso da tracção integral se esbatia.
Na Volta à Córsega (disputado em asfalto), o Peugeot 306 Maxi de Gilles Panizzi voltou a demonstrar que era competitivo neste tipo de ralis. Terminou na terceira posição mas bastante perto dos primeiros classificados. Colin McRae (Subaru) venceu o rali com apenas 8 segundos de vantagem sobre Carlos Sainz (Ford), tendo Panizzi ficado a 38 segundos de McRae. Tommi Makinen não terminou devido a um acidente.
Na sétima prova do campeonato, Tommi Makinen vence o Rali da Argentina batendo os dois Subaru (McRae e Eriksson, segundo e terceiro respectivamente). Nesta altura Makinen era o líder do campeonato com 38 pontos seguido de McRae com 32 pontos.
(continua)
Em 1997 a equipa RALLIART utilizou no Campeonato do Mundo de Ralis a quarta evolução do Mitsubishi Lancer. Nesse ano os ralis sofreram grandes alterações mas a Mitsubishi optou por dar continuidade à evolução que vinha efectuando com o Lancer. Assim, a miniatura que hoje apresento é alusiva ao Mitsubishi Lancer Evo IV que Tommi Makinen (finlandês) utilizou no Rali de Portugal de 1997.
O Mitsubishi Lancer Evo IV dispunha de um motor turbo de 2 litros e 4 cilindros, debitava cerca de 280 cv de potência. Como é obvio, tinha tracção às quatro rodas.
Tommi Makinen, que se sagrou campeão em 1996, era um dos favoritos à conquista do título de 1997 mas foi apenas à quarta prova (Rali de Portugal) que obteve a primeira das quatro vitórias desse ano. No final da época Makinen revalidava o título de pilotos, batendo Colin McRae (escocês) por um ponto apenas. Nos construtores a Mitsubishi seria apenas a terceira classificada.
Campeonato do Mundo de Ralis de 1997
O campeonato de 1997 sofreu significativas mudanças em relação ao do ano anterior. Foi aumentado o número de ralis, que passou de 8 para 14 provas. No entanto os ralis passaram a ser mais curtos e deixou de haver provas mistas, isto é, as organizações dos ralis tiveram que optar por ralis inteiramente disputados em terra ou em asfalto. Ralis mais curtos originaram ralis disputados ao segundo.
No que diz respeito aos regulamentos dos carros também houve modificações e que basicamente consistia no seguinte: os carros de ralis podiam ser construídos com base num carro sem motor turbo e tracção integral, sendo que a quantidade mínima para homologação era de 25.000 unidades. Anteriormente as marcas tinham que construir um modelo turbo e de tracção integral e construir 2.500 unidades para homologação. Agora isso deixava de ser necessário e as marcas tinham apenas de dispor de um carro de série ao qual não era necessário ter turbo e tracção integral. Bastava ter de construir 25.000 unidades do modelo de série, número que na realidade era ultrapassado. Havia a obrigatoriedade de respeitar o peso mínimo de 1230 kg e o motor não podia exceder os 2000 cc. No que concerne à pontuação, foi adoptado o sistema de pontos utilizado na Formula 1 de então: 10, 6, 4, 3, 2 e 1 pontos para o primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto classificado, respectivamente. Muito resumidamente, estas eram as linhas mestras que regulamentavam o novo campeonato. Assim nascia o World Rally Car (WRC).
As principais marcas optaram por estratégias diferentes perante as modificações introduzidas: a Subaru, a Ford e a Toyota, optaram por construir um carro novo; no caso da Mitsubishi a opção foi fazer evoluir o Lancer.
No início do campeonato assistiu-se ao domínio da Subaru. Efectivamente, os três primeiros ralis do ano foram vencidos pela Subaru mas por pilotos diferentes. No Monte Carlo o italiano Piero Liatti aproveitou o abandono de Colin McRae e o atraso de Tommi Makinen para vencer pela primeira vez um rali do mundial. Carlos Sainz (espanhol) no novo Ford Escort WRC terminou na segunda posição à frente de Makinen. No Rali da Suécia o pódio foi quase igual ao do Monte Carlo, apenas o vencedor foi diferente. O sueco Kenneth Eriksson (Subaru) venceu o rali nórdico. No Safari foi a vez de Colin McRae vencer pela Subaru.
Nos dois ralis seguintes (Portugal e Catalunha) Tommi Makinen reapareceu e mostrou que era o Campeão do Mundo. As duas vitórias de Makinen foram aproveitadas ao máximo já que os seus mais directos adversários não conseguiram terminar nos pódios. Em Portugal, Mcrae e Sainz não terminaram. No Rali da Catalunha, disputado em asfalto, Makinen teve que lutar contra o Peugeot 306 Maxi de Gilles Panizzi (francês), que terminou em terceiro lugar. O Peugeot (Kit Car de duas rodas motrizes) revelou-se bastante competitivo. Isto aconteceu porque os Kit Cars eram bastante mais leves que os WRC e em asfalto a diferença de potência e os uso da tracção integral se esbatia.
Na Volta à Córsega (disputado em asfalto), o Peugeot 306 Maxi de Gilles Panizzi voltou a demonstrar que era competitivo neste tipo de ralis. Terminou na terceira posição mas bastante perto dos primeiros classificados. Colin McRae (Subaru) venceu o rali com apenas 8 segundos de vantagem sobre Carlos Sainz (Ford), tendo Panizzi ficado a 38 segundos de McRae. Tommi Makinen não terminou devido a um acidente.
Na sétima prova do campeonato, Tommi Makinen vence o Rali da Argentina batendo os dois Subaru (McRae e Eriksson, segundo e terceiro respectivamente). Nesta altura Makinen era o líder do campeonato com 38 pontos seguido de McRae com 32 pontos.
(continua)