Esta soberba miniatura é da marca Kyosho. Esta miniatura do Lancia 037 é uma das melhores que tenho na colecção. Os detalhes são fantásticos e a qualidade está acima da média. Pormenores como os detalhes no motor e interiores marcam a diferença.
O Lancia 037, também conhecido como Lancia Rally, foi o sucessor do Lancia Stratos. A Lancia, após a conquista dos títulos pelo Stratos em 1974, 1975 e 1976, optou por não participar oficialmente nos ralis. E assim se manteve até ao ano de 1982. Entretanto a Audi entra em cena em 1981 e revoluciona os ralis com o Audi Quattro e a tracção às quatro rodas, vencendo o Campeonato de Marcas em 1982.
O Lancia 037, também conhecido como Lancia Rally, foi o sucessor do Lancia Stratos. A Lancia, após a conquista dos títulos pelo Stratos em 1974, 1975 e 1976, optou por não participar oficialmente nos ralis. E assim se manteve até ao ano de 1982. Entretanto a Audi entra em cena em 1981 e revoluciona os ralis com o Audi Quattro e a tracção às quatro rodas, vencendo o Campeonato de Marcas em 1982.
Na Lancia ia sendo preparado o regresso aos ralis e para isso foi criado um carro, que embora tenha sido efémero, voltou a conquistar o título de Marcas para a Lancia. O carro era o Lancia Rally (Lancia 037) de tracção traseira, apesar da Audi estar a introduzir e a demonstrar que a tracção às quatro rodas era o caminho certo a seguir. O Lancia 037 tinha uma potência de 325 cv e é considerado o primeiro carro concebido e construído para a competição nos ralis. O Lancia 037 estreou-se no Mundial de Ralis, em 1982, na Volta à Córsega onde Markku Alén conseguiu um nono lugar. Nesse ano os resultados não foram famosos, o melhor que conseguiu foi um quarto lugar no RAC. Como já disse, teve uma carreira curta mas com sucesso, venceu o título de Marcas em 1983 e venceu 6 ralis do mundial durante a sua carreira desportiva. Apenas os pilotos Walter Rohrl (alemão) e Markku Alén (finlandês) conseguiram vencer ralis do mundial com o Lancia 037, 3 ralis cada um: em 1983, Monte Carlo, Acrópole e Nova Zelândia para Rohrl e Volta à Córsega, San Remo e Volta à Córsega (1984) para Alén. Foi o último carro de tracção traseira a conquistar o título de Marcas. Em 1984, ficou provado que o Lancia 037 estava ultrapassado pela tracção integral do Audi Quattro. Para mim, o Lancia 037 foi um dos mais fantásticos carros de ralis, nas provas de asfalto era praticamente imbatível proporcionando grandes e emotivos espectáculos. A tracção traseira estava ultrapassada e o caminho a seguir era a tracção total.
Para o campeonato de 1983 havia grandes expectativas, a Audi (campeã de Marcas) contava com o finlandês Hannu Mikkola, o sueco Stig Blomqvist e a francesa Michelle Mouton, a Lancia contratou o campeão em título, Walter Rohrl (alemão), mantinha Markku Alén (finlandês) e ainda contava com os seguintes pilotos: Adartico Vudafieri, Attilio Bettega (italiano), Jean Claude Andruet (francês) e Massimo Biasion (italiano), a Opel, que contratou Ari Vatanen (finlandês), Guy Fréquelin (francês) e mantinha Henri Toivonen (finlandês), estreava o novo Opel Manta 400.
O campeonato começou com um Rali de Monte Carlo sem neve, ao contrário do que é habitual, o que beneficiou o Lancia 037. O Audi Quattro, que teoricamente seria superior num rali com neve devido à tracção total, sentiu grandes dificuldades perante o Lancia 037 cujas características o tornavam imbatível no asfalto. Walter Rohrl (Lancia) venceu, Markku Alén (Lancia) foi segundo e Mikkola (Audi) terceiro. No Rali da Suécia, Mikkola (Audi) venceu e Blomqvist (Audi) foi segundo. Mas Blomqvist participou com um Audi de Grupo A menos potente que o de Mikkola e mesmo assim mostrou que era rei na Suécia. No final teve que ceder a vitória ao seu colega de equipa Mikkola. No Rali de Portugal, Mikkola (Audi) voltou a vencer. Mas no início do rali o Lancia 037 de Rohrl voltou a dominar nas classificativas de asfalto e nas de terra foi Blomqvist (Audi) que dominou até que uma saída do sueco permitiu a Mikkola vencer o rali. Mouton ficou em segundo lugar e Rohrl em terceiro.
A Lancia não participou no Safari e a Audi não conseguiu a vitória. A vitória foi para Ari Vatanen e o seu Opel Ascona 400, que depois de embater numa zebra ainda conseguiu recuperar e vencer os Audi de Mikkola e Mouton, segundo e terceira classificada. Na Volta à Córsega, um rali totalmente em asfalto, a Lancia não deu qualquer hipótese à Audi. Quatro Lancia 037 nos quatro primeiros lugares: Alén, Rohrl, Vudafieri e Bettega. Nenhum Audi terminou o rali. No duro Rali da Acrópole e na Nova Zelândia, duas vitórias da Lancia, quando se esperava que os Audi fossem imbatíveis.
Na Acrópole foram os erros da equipa Audi que ditaram a vitória da Lancia. Rohrl (Lancia) venceu, Alén (Lancia) foi segundo e Blomqvist (Audi) terceiro. Na Nova Zelândia, problemas mecânicos e a inscrição fora de prazo de Blomqvist ditaram nova vitória do Lancia 037. Rohrl (Lancia) vencia assim o terceiro rali da época mas a sua recusa em aumentar o seu programa de ralis (Rohrl tinha contrato para correr em apenas seis ralis) iria custar-lhe o título de pilotos já que estava na frente do campeonato e ainda faltavam 5 ralis para terminar o campeonato. Num Rali da Argentina com neve os Lancia 037 não tiveram hipóteses e o Audi Quattro dominaram completamente. Quatro Audis nos quatro primeiros lugares: Mikkola, Blomqvist, Mouton e Mehta. Blomqvist voltou a facilitar a vitória a Mikkola. Alén (Lancia) foi apenas quinto. No Rali dos 1000 Lagos, a batalha entre os Audi de Mikkola e Blomqvist ficou para a história. Mikkola venceu e desta vez a vitória foi merecida. Perdeu dois minutos no início com um problema no carro, recuperou a liderança, um novo problema fazem-no ceder a liderança para Blomqvist mas na penúltima especial recupera e vence de forma magnífica o rali finlandês.
No Rali de San Remo a Audi, que necessitava de vencer para poder manter a esperança de conquistar o campeonato de Marcas, voltou a fracassar e a Lancia ao terminar nas três primeiras posições venceu o campeonato de Marcas. Um princípio de incêndio e uma saída de estrada afastaram Mikkola e Blomqvist do rali. O único Audi, de Mouton, a terminar ficou num distante sétimo lugar. Rohrl ficou em segundo lugar depois de ceder a vitória a Alén e Bettega foi terceiro. No Rali da Costa do Marfim, Mikkola com o segundo lugar conseguiu os pontos necessários para conquistar o título de Pilotos já que Rohrl não iria participar no último rali do ano, o RAC. A vitória foi para Bjorn Waldegaard (sueco) num Toyota Celica Twin Cam. No Rali RAC, Blomqvist (Audi) e Mikkola (Audi) são primeiro e segundo respectivamente.
O campeonato de Pilotos terminou com Mikkola em primeiro lugar com 125 pontos (4 vitórias) e Rohrl em segundo com 102 pontos (3 vitórias). Nas Marcas, a Lancia venceu com 118 pontos (5 vitórias) e a Audi ficou em segundo lugar com 116 pontos (5 vitórias).
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