04 dezembro 2007

Benetton B188 - Alessandro Nannini (1988)

Esta miniatura é da marca Minichamps.
O elegante Benetton B188 foi uma concepção do designer inglês Rory Byrne para o campeonato de 1988. O motor utilizado continuou a ser o Ford mas o Cosworth DFR aspirado, um V8 de 3492 cc com uma potência média de 600 cv às 11.000 rpm. O chassis era em monobloco de fibra de carbono e kevlar.
A dupla de pilotos da Benetton sofreu uma alteração em relação ao ano de 1987, foi contratado o piloto italiano Alessandro Nannini (ex-Minardi) para substituir Teo Fabi (italiano) e manteve-se o piloto belga Thierry Boutsen. A equipa Benetton que tinha começado a sua carreira na Formula 1 em 1986, quando adquiriu a equipa Toleman, iniciava a sua terceira temporada na Formula 1 em 1987. A primeira e única vitória tinha acontecido em 1986 e apesar de no ano anterior não ter conseguido nenhuma vitória os resultados vinham em crescendo: em 1986 tinham terminado o ano na 6ª posição (19 pontos) entre as equipas e em 1987 tinha ficado na 5ª posição (28 pontos). O ano de 1988 continuaria a ser um ano sem vitórias mas o mesmo se poderia dizer de quase todas as equipas… tal foi o domínio da McLaren.
A Benetton terminaria o ano na terceira posição (39 pontos) com 7 pódios conquistados pelos seus pilotos e uma melhor volta no GP da Alemanha conseguida por Alessandro Nannini.


1988 – O Campeonato
Como este seria o último campeonato da Formula 1 em que os motores turbo iriam participar, a FIA introduziu maiores restrições para as equipas que iriam utilizar os motores turbo: a pressão dos turbos baixou dos 4 para 2,5 bar, consequentemente a potência baixou de 1000 para 670 cv; o consumo de combustível permitido baixou dos 195 litros para os 150 litros; e os carros com motor turbo pesavam mais 40 kg que os com motor atmosférico. A FIA pensou que com estas limitações a diferença entre os motores turbo e os aspirados não seria relevante, aliás estariam convencidos de que os motores turbo perderiam competitividade.
Uma grande parte das equipas deixou de utilizar os motores turbo, apenas a McLaren, a Lotus, a Ferrari, a Arrows, a Zakspeed e a Osella optaram por continuar a usar os turbos. No final do ano os turbos seriam proibidos e o campeonato do ano seguinte seria disputado apenas por motores aspirados como tal as equipas que utilizassem agora os motores aspirados teriam, teoricamente, a vantagem de um ano sobre as equipas que se mantiveram ainda com os motores turbo.
O Campeão do ano anterior, o brasileiro Nelson Piquet deixou a Williams para assinar pela Lotus. Por sua vez, Ayrton Senna (brasileiro) deixou a Lotus para correr pela McLaren. Nesta troca de pilotos, a equipa mais prejudicada foi a Williams que ficou sem o motor Honda. Piquet foi para a Lotus e a Honda manteve o fornecimento à equipa inglesa. Senna foi para a McLaren e levou com ele o contrato para a Honda fornecer os motores à equipa de Ron Dennis. Frank Williams teve que recorrer aos motores Judd aspirados.
A Brabham, após dois anos de péssimos resultados, iria estar ausente todo o ano, a primeira ausência desde 1962, ano da sua fundação.
A primeira corrida do ano, no Brasil, teve um vencedor muito conhecido pelo público brasileiro. O piloto francês Alain Prost (McLaren) liderou as voltas todas e venceu o GP pela quinta vez desde 1982. Apenas falhou duas vezes (1983 e 1986). Senna, que foi o pole-position, foi desclassificado na 31ª volta por ter trocado de carro na volta de aquecimento e quando efectuava uma bela recuperação. O piloto austríaco da Ferrari, Gerhard Berger, foi o segundo e Nelson Piquet (Lotus) o terceiro.
No GP de San Marino, novamente um McLaren domina de ponta a ponta. Mas desta vez coube ao brasileiro Ayrton Senna a vitória. Alain Prost ficou na segunda posição e Nelson Piquet é novamente o terceiro.
No GP do Mónaco, Aytron Senna (McLaren) exerce o seu domínio nos treinos ao garantir a terceira pole-position consecutiva. Na corrida o piloto brasileiro lidera até 12 voltas do fim. Quando tinha a vitória quase garantida e com uma confortável vantagem sobre Prost, Senna comete um erro e “dá” a vitória ao seu colega de equipa. Prost é o primeiro e a Ferrari completa o pódio, com Berger seguido de Michele Alboreto (italiano).
A corrida seguinte é uma repetição dos GP’s anteriores. Começa a ser evidente que a McLaren não terá oposição na conquista dos títulos. Assim a corrida mexicana foi completamente dominada por Prost que liderou as voltas todas. Senna ficou em segundo lugar e Berger foi o terceiro.
Numa primeira fase do GP do Canadá, o domínio pertenceu a Alain Prost mas à 19ª volta Senna passa o francês e nunca mais larga a primeira posição. Thierry Boutsen (belga), pilotando um Benetton B188, fez uma óptima prova e cedo se instalou na terceira posição que soube manter até ao final da corrida.
Em Detroit, Ayrton Senna vence o GP americano pelo terceiro ano consecutivo. Pertenceu-lhe a liderança das voltas todas. O pódio foi uma repetição do GP anterior: Prost foi novamente o segundo classificado e Boutsen o terceiro.
Finalmente no GP de França, Alain Prost consegue bater Ayrton Senna na qualificação e faz a pole-position na sua terra natal, após 6 pole-positions consecutivas do brasileiro. O domínio da corrida foi repartido entre os dois pilotos da McLaren. Prost foi o primeiro a liderar, depois foi a vez de Senna mas 20 voltas do fim Prost consegue ultrapassar o brasileiro e vencer em “casa”. Senna ficou com a segunda posição e Alboreto foi o terceiro.
No GP da Grã-Bretanha acontece a primeira situação “anormal” após 7 GP’s. Não há nenhum McLaren na primeira linha da grelha de partida. No seu lugar estão os dois pilotos da Ferrari, respectivamente Berger e Alboreto. Na corrida acontece a segunda situação “anormal”: pela primeira vez neste campeonato um GP é liderado por um carro que não é um McLaren! Efectivamente, a McLaren tinha conseguido a proeza de liderar todas as voltas de todos os GP’s até aí decorridos! Não sei se é inédito mas é um feito assinalável. Esta situação durou até à 13ª volta, altura em que Berger (Ferrari) perde a primeira posição para Senna, que liderou o resto da corrida. A prova foi disputada debaixo de chuva e Alain Prost optou por abandonar voluntariamente (primeira desistência do francês). Mansell consegue o primeiro resultado digno de registo para a Williams nesse ano ao ficar em segundo lugar. O piloto italiano Alessandro Nannini fica em terceiro lugar com o Benetton B188, naquele que foi o seu primeiro pódio na Formula 1.
Após 8 GP’s, Alain Prost era o primeiro com 54 pontos, Senna o segundo com 48 pontos e Berger o terceiro com 21 pontos. Nas equipas, a McLaren liderava com 102 pontos e a Ferrari era segunda com apenas 34 pontos.
(Continua)


Os pilotos do Benetton B188 em 1988 foram: Alessandro Nannini e Thierry Boutsen.
Vitórias: 0
Pole-position: 0
Melhor volta : 1 (A. Nannini: 1)

2 comentários:

PGAV disse...

Caro José,

Espero que se encontre de boa saude e disposição! Bem o fim de semana está próximo LOL!

Tenho 3 novidades! Uma delas já conhecida, as outras... bem convido-o a passar pelo meu blog, apesar de modernas, será dificil não gostar delas LOL

Grande abraço!

Bom fim de semana!

Anónimo disse...

Lindo carro !! Tenho uma dessas só que da ONYX.
Aproveitr para Desejar um Feliz Ano e um excelente 2008!