12 dezembro 2023

Volkswagen T1 Transporter "Pão de Forma" (1956)

Esta miniatura pertence à colecção "Volswagen Collection" (fascículo nº 2) da Planeta DeAgostini.
A carrinha Volkswagen T1 Transporter (1956), mundialmente conhecida por "Pão de Forma", começou a ser produzida em Março de 1950 e tornou-se num sucesso planetário que ainda hoje é muito procurada mesmo depois do final da sua produção em 1967; coleccionadores pagam pequenas fortunas por alguns modelos da "Pão de Forma".
O projeto da carrinha Volkswagen esteve adormecido desde os anos trinta até que em 1947 a ideia voltou aos planos da marca germânica. Depois dos protótipos de 1949 finalmente em Março de 1950 é produzida a primeira carrinha Transporte T1 com o motor do Carocha, de 1131 cm3 e 25 cavalos de potência. Inicialmente o para-brisas era dividido por uma barra porque os recursos financeiros eram escassos para fazer um vidro curvo. Outras especificações também foram limitadas. Contudo o sucesso da Pão de Forma levou a que a Volkswagen fosse actualizando o modelo, quer na motorização como no seu interior e conforto. "Mas a Pão de Forma é muito mais do que um furgão bonito. As diferentes variações tornaram o novo Volkswagen tão popular. Além do furgão, há uma combi, um minibus e, mais tarde, até uma carrinha de caixa aberta". in pág. 3 fasc. nº 2 da Volkswagen Collection
A Volkswagen Transporter T1 "Pão de Forma" (1956) estava equipada com um motor de 1131 cm3 de cilindrada com 25 cavalos de potência. O combustível era a gasolina com um consumo de 9.5 litros/100 km; a tracção era traseira com uma transmissão manual de 4 velocidades; a velocidade máxima era de 80 km/h.
No verão de 1967 a produção desta primeira geração da "Pão de Forma" termina e é introduzida a segunda geração (T2) que já não tem o para-brisas dividido e que óbviamente trazia muitos melhoramentos em relação ao modelo anterior.
O sucesso da carrinha Volkswagen "Pão de Forma" tornou esta carrinha num clássico muito apreciado e pretendido durante muitas gerações, carrinha essa que foi adaptada para inumeras utilizações: carrinhas de trabalho, para transporte de pessoas, carrinha familiar, ambulâncias, para a policia, autocaravanas, etc.
A miniatura da Volkswagen Transporter T1 "Pão de Forma" (1956) da Planeta DeAgostini, em dois tons de verde (verde escuro e verde mais claro), está bem detalhada apresentando bons pormenores ao nível dos cromados, farois e farolins traseiros. A rodas parecem-me bem proporcionadas com bom detalhe nos tampões. No interior é possível ver o volante, o manómetro no tablier, a manete das velocidades que está fixa ao chão da carrinha e pormenores nos assentos dianteiros e traseiros.
Fonte: fascículo nº 2 da colecção Volkswagen Collection que acompanha a miniatura.

20 agosto 2023

Brabham BT52B - Nelson Piquet (1983)

Esta miniatura pertence à colecção da Altaya “Lendas Brasileiras do Automobilismo” (Fasc. Nº 15).
O Brabham BT52B de 1983 estreou no GP da Grã-Bretanha, a nona prova do campeonato. Na verdade era uma evolução do BT52, modelo que tinha sido utilizado pelos pilotos da Brabham, o brasileiro Nelson Piquet e o italiano Riccardo Patrese, nas oito primeiras provas do campeonato de 1983 e tendo vencido apenas o GP do Brasil, conseguindo dois segundos lugares e dois quartos lugares, sempre com Piquet, já que Patrese desistiu sempre nessas 8 primeira provas do ano. O BT52 não conseguiu nenhuma pole-position contudo alcançou 3 melhores voltas: duas com Piquet e uma com Patrese. No final do campeonato de 1982, com todos os incidentes e mortes envolvidas nesse ano, a FIA optou por proibir os ditos carros "asa" que vinham beneficiando do efeito solo com os pontões laterais dos carros que geravam um efeito de "sucção" do carro na pista. Com esta alteração dos regulamentos todas as equipa tiveram que alterar os seu projectos por completo. A Brabham, que já tinha o carro pronto para 1983 segundo as regras de 1982, teve que recomeçar do zero e num prazo recorde conseguiu desevolver um modelo novo segundo os novos regulamentos para o campeonato de 1983.
 
Assim, seguindo as novas regras e aproveitando o facto de os carros poderem ser reabastecidos durante as provas, Gordon Murray, o engenheiro sul africano da Brabham, desenvolveu o Brabham BT52 em tempo recorde para o inicio do campeonato de F1 de 1983.
Com esses princípios em mente o novo BT52 utilizava um potente motor turbo da BMW e como estava previsto o reabastecimento durante as provas o tanque de combustível era menor logo o peso do carro também era menor o que permitia a utilização dos pneus mais macios e aderentes da Michelin. O brasileiro Nelson Piquet, campeão em 1981, voltava a ter um monolugar com condições de lutar contras as poderosas equipas da Ferrari e Renault. Sensivelmente a meio do campeonato surgiu a evolução do Brabham BT52 que se designava por BT52B com melhorias a nível mecânico e aerodinâmico, sendo que as mudanças mais visíveis eram a troca das cores azul e branca: onde era azul no BT52 passava a branco no BT52B e onde era branco no BT52 passava a azul no BT52B; e na asa traseira do monolugar que agora era maior com umas pequenas "orelhas".

A miniatura que hoje apresento é o Brabham BT52B com o qual Nelson Piquet venceu o GP da Europa de 1983, penúltima prova do campeonato disputada no circuito de Brands Hatch (Inglaterra). Com esta vitória Nelson Piquet ficava apenas a dois pontos do lider do campeonato, o francês Alain Prost (Renault), ficando a faltar uma corrida para o fim do campeonato.
Nelson Piquet nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 17 de Agosto de 1952. Com 14 anos começa a participar em provas de kart com um nome falso para não ter problemas com a família. No início da década de 70 surgem os primeiros títulos de kart e em 1976 sagra-se campeão na
Formula Super Vê brasileira. Com as portas abertas nos campeonatos europeus, alcança em 1978 o título de campeão na Formula 3 britânica. Ainda nesse ano de 1978, Nelson Piquet conseguiu efectuar a estreia na F1 na equipa Ensign, no GP da Alemanha. Imediatamente a seguir, Piquet passa para a McLaren onde efectua 3 provas (Austria, Holanda e Italia). Ainda em 1978, Nelson Piquet assina pela Brabham, aonde passaria vários anos, tendo uma relação de sucesso com a equipa de Bernie Ecclestone. Em 1979 faz equipa com Niki Lauda
(áustriaco) na Brabham e passa a primeiro piloto da equipa quando áustriaco resolve abandonar a F1 no GP do Canada. Nesse ano o melhor resultado foi um quarto lugar no GP da Itália, os seus primeiros pontos da carreira na F1. No ano seguinte, 1980, a Brabham já com motores Ford Cosworth (os motores Alfa Romeo foram substituídos a duas provas do fim do campeonato de 1979), começa a obter resultados bastante superiores e Nelson Piquet alcança a sua primeira vitória na F1 no GP dos EUA West. Mais duas vitorias se seguiram nesse ano para Piquet que luta pelo título praticamente atá ao final do campeonato mas fica em segundo lugar atrás do campeão Alan Jones (australiano) em Williams. Em 1981 chega a consagração de Nelson Piquet que se sagra campeão do Mundo com 3 vitórias batendo o argentino da Williams (Carlos Reutmann) por um ponto. O ano de 1982 é um ano de transição na Brabham uma vez que as equipas estavam à procura de fornecedor de
motor turbo e no caso da Brabham a escolha recaiu sobre a BMW. Assim Nelson Piquet apenas conseguiu um vitória e ficou pela 11ª posição no campeonato. Em 1983 Nelson Piquet com a equipa Brabham já bem preparada com o motor BMW Turbo torna-se no primeiro piloto a vencer o campeonato de F1 com um carro equipado com motor turbo (3 vitórias). Os dois anos seguintes, 1984 e 1985, a Brabham começa a perder competitividade e com a grande eficácia que a McLaren começou a apresentar, Nelson Piquet não teve mais hipóteses de lutar pelo título. De tal modo que Nelson Piquet deixa a Brabham, ao fim de 7 anos de parceria, e assina pela Williams para os anos de 1986 e 1987. A Williams nesses dois anos já eram a melhor equipa na F1 e Piquet (4 vitórias) perde o título de 1986, para Alain Prost (francês) da McLaren devido às lutas internas com o seu colega de equipa Nigel Mansell (inglês) terminando o campeonato em terceiro lugar a 3 pontos de Prost. Contudo no ano de 1987, Nelson Piquet (3 vitórias) não deu qualquer hipóteses à concorrência e sagrou-se campeão pela terceira vez na F1. Descontente com o tratamento que
recebia na Williams, Piquet deixa a equipa e assina pela Lotus onde passa dois anos (1988 e 1989). No entanto a Lotus era já uma sombra da equipa de sucesso que foram uns anos antes. Piquet passa na Lotus dois anos penosos, julgando-se mesmo que estaria a um passo de terminar a sua carreira na F1. Em 1988 apenas consegue 3 quartos lugares e em 1989 não consegue podio algum, terminando os campeonatos em 6ª e 8ª lugares respectivamente. Contudo Nelson Piquet demonstrou que ainda tinha motivação para continuar na F1 e assina pela Benetton onde em dois anos (1990 e 1991) ainda conseguiu voltar às vitórias no gp's. Em 1990 vence por duas vezes e termina o campeonato em terceiro lugar. No seu último ano na F1, em 1991 obtêm uma vitória e termina o ano em sexto lugar. Ao fim de 14 temporadas, Nelson Piquet, aos 39 anos, encerra a sua carreira na F1 no final do campeonato de 1991 tendo participado em 204 gp's, venceu 23 gp's, alcançou 24 pole position e 24 melhores voltas. Obteve 60 pódios e 485,5 pontos. Sagrou-se 3 vezes campeão do mundo: 1981 (Brabham-Ford), 1983 (Brabham-BMW Turbo) e 1987 (Williams- Honda Turbo).

O campeonato de 1983 começava sob a influência do fim dos carros asas (efeito solo) e com uma divisão clara entre as equipas cujos carros utilizavam motores turbo (as principais: Renault, Ferrari e Brabham-BMW) e os que utilizavam motores aspirados (as principais: Lotus, Williams, McLaren, Tyrrell). No entanto para algumas equipas foi uma temporada de transição, como por exemplo, a McLaren (iria ter motor Porsche Turbo), a Lotus (iria ter motor Renault Turbo) e a Williams (iria ter
motor Honda Turbo). Contudo no início do campeonato utilizaram os motores Ford Cosworth DFY, enquanto não dispunham dos respetivos motores turbo.
No início do campeonato, no GP do Brasil, o brasileiro Nelson Piquet (Brabham) mostrou que iria lutar pelo título. Efectua a melhor volta da corrida e vence a prova. Foi a sua primeira vitória no Brasil. Keke Rosberg, que fez a pole-position, liderou as primeiras voltas mas depois foi ultrapassado por Piquet, que ganhou tempo suficiente para ir às boxes abastecer e trocar de pneus e ainda regressar na liderança. Rosberg teve problemas, quando parou na box, devido a um incêndio. Rosberg saiu do carro e voltou a entrar quando o incêndio foi extinto. Ainda recuperou para terminar na segunda posição mas depois da prova foi desclassificado porque foi empurrado na box. O segundo lugar de Rosberg não contou para a classificação. O austríaco Niki Lauda (McLaren) terminou na terceira posição.
No GP de Long Beach (EUA), realizado num circuito citadino, a McLaren consegue uma dobradinha. O
irlandês John Watson e Niki Lauda efetuaram uma recuperação brilhante. Partiram da 22ª e 23ª posição da grelha de partida e terminaram nos dois primeiros lugares! Julgo que seja a maior recuperação da história da Formula 1. Foi o ponto alto da McLaren no ano que não voltou a vencer. Apenas mais dois terceiros lugares ao longo do ano. René Arnoux (francês), agora na Ferrari, terminou em terceiro lugar.
No GP da França, Alian Prost (Renault), correndo em “casa”, aproveita para dominar a prova: pole-position, melhor volta e vitória. Piquet (Brabham) termina em segundo lugar e Eddie Cheever (americano) leva o segundo Renault ao terceiro lugar.
No GP de San Marino, a Ferrari vence pela primeira vez este ano. Patrick Tambay (francês) vence o seu segundo e último GP da sua carreira. Prost (Renault) termina em segundo lugar e Arnoux é terceiro no outro Ferrari.
No GP do Mónaco, visto que na véspera da corrida tinha chovido, a pista estava molhada e as equipas dividiram-se na decisão de utilizar pneus para chuva ou “slicks”. Rosberg (Williams) optou pelo “slicks”, decisão que se veio a revelar a mais acertada. Keke efectua um excelente arranque e passa de 5º para 1º ainda na primeira volta, afastando-se de Prost que tinha feito a pole-postion. Jacques Laffite (francês), que também iniciou de “slicks”, aproveitou a paragem nas boxes dos adversários (para mudança de pneus) e coloca-se em segundo lugar. Durante várias voltas os dois Williams ocuparam os dois primeiros lugares. Rosberg vence a prova, Laffite teve que abandonar com problemas na caixa de velocidades e Piquet (Brabham) fica com o segundo lugar. Prost terminou na terceira posição. A McLaren não conseguiu qualificar nenhum carro para a corrida!
Após cinco provas, Piquet liderava o campeonato com 21 pontos seguido de Prost com 19. A Ferrari era líder, nas marcas, com 25 pontos e a Renault esta em segundo lugar com 23 pontos.
No GP da Bélgica, o francês Alain Prost (Renault) consegue um bom resultado. Faz a pole-position e vence a corrida. Nelson Piquet (brasileiro), seu directo adversário no campeonato, não consegue melhor que um 4º lugar com o Brabham. Patrick Tambay (Ferrari) é segundo e Eddie Cheever (Renault) é o terceiro.
Em Detroit, o segundo GP dos EUA no campeonato, Michele Alboreto vence, com o Tyrrell aspirado, contra a concorrência dos turbos. Keke Rosberg (Williams) e John Watson (McLaren) foram o segundo e terceiro classificados, respectivamente. Também com carros equipado com o motor Ford Cosworth. Foi a 155ª e última vitória do motor Ford Cosworth (DFV e DFY), que esteve em actividade durante 19 anos (1967 a 1985)!
No GP do Canadá, René Arnoux (francês) vence com o Ferrari e o seu colega de equipa, Patrick Tambay (francês), fica em terceiro lugar. Eddie Cheever (americano) fica em segundo lugar. Prost é apenas quinto e Piquet não pontua.
Na Grã-Bretanha, Prost (Renault) vence, Piquet (Brabham) é segundo e Tambay (Ferrari) é o terceiro. Os três primeiros passaram pela liderança mas no fim foi Prost quem acabou por vencer.
No GP da Alemanha, a Ferrari, em boa forma, domina a prova. Arnoux faz a melhor volta e vence, Tambay faz a pole-position mas abandona na corrida. O italiano, Andrea de Cesaris, da Alfa Romeo faz uma boa corrida e termina em segundo lugar. Riccardo Patrese (Brabham) foi o terceiro.
Nesta altura, com 10 corridas efectuadas, Prost liderava nos pilotos com uma vantagem de 9 pontos sobre Piquet. A Ferrari, que era líder nas marcas, tinha mais 2 pontos que a Renault.
No GP da Áustria, foi Alain Prost (francês) que acabou por levar a melhor depois dos outros candidatos ao título (Arnoux, Piquet e Tambay) também terem liderado a prova. Prost (Renault) foi o primeiro, Arnoux (Ferrari) o segundo e Piquet (Brabham) o terceiro.
No GP da Holanda, Eddie Cheever (americano) realiza uma fantástica partida. Saindo da 11ª posição da grelha, Cheever (Renault) consegue, na largada, chegar à segunda posição logo atrás de Piquet que fez a pole-postion. Piquet liderou durante 40 voltas sendo seguido de Prost, até que o francês se envolve num acidente com o brasileiro. Os dois tiveram que abandonar. A Ferrari foi a mais beneficiada porque colocou os dois pilotos nas duas primeiras posições. Arnoux vence e Tambay é segundo. Foi a primeira e única dobradinha da Ferrari nesse ano. Aliás, além da Ferrari, só a McLaren já tinha conseguido uma dobradinha nesse ano, no GP de Long Beach. Foram as únicas dobradinhas desse ano. A McLaren
estreou na Holanda o novo motor Porsche turbo.
No GP de Itália, Alain Prost, que era o líder no campeonato, volta a não pontuar devido a problemas no turbo e Piquet aproveita para reduzir a distância no campeonato. Piquet lidera praticamente desde o início e vence a prova italiana seguido de Arnoux e de Cheever.
No GP da Europa, em Brands Hatch, Nelson Piquet volta a vencer Alain Prost, que foi o segundo, reduzindo para 2 pontos a distância no campeonato. Nigel Mansell (inglês), com o Lotus, consegue um excelente terceiro lugar, o melhor resultado da Lotus nesse ano.
No último GP do ano, na Africa do Sul, com dois pontos de atraso em relação a Prost, se Piquet vencesse era campeão independentemente do resultado do francês. Arnoux ainda tinha (poucas) hipóteses de vencer mas estava já a 8 pontos de Prost. Neste final de campeonato, a Brabham e Piquet estavam em excelente forma. Piquet largou da segunda posição e logo ganhou a liderança da corrida sendo seguido por Patrese (Brabham). Prost ainda chegou ao terceiro lugar mas a Renault falhou no momento decisivo. Na 35ª volta o turbo do Renault de Prost falhou e Piquet sem o seu adversário em pista começou a gerir o esforço do Brabham. Piquet deixou Patrese passar para a liderança e a pensar mais no título terminou a corrida em terceiro lugar, conquistando os pontos suficientes para ser campeão. Patrese venceu a corrida e Andrea de Cesaris (italiano) levou o Alfa Romeo ao segundo lugar. Niki Lauda (austríaco) estava em segundo lugar, quando a 6 voltas do fim, teve que abandonar com problemas eléctricos no seu McLaren Tag Porsche. Seria um prenúncio para a temporada de 1984? Novas alterações estavam anunciadas para 1984: proibição dos reabastecimentos, combustível limitado aos 220 litros e peso mínimo de 540 kg.
Nelson Piquet sagrou-se campeão com 3 vitórias e 59 pontos, Prost foi o vice campeão com 4 vitórias e 57 pontos. A Ferrari foi novamente campeã com 4 vitórias e 89 pontos e a Renault, também aqui perdeu o título, ficou em segundo com 4 vitórias e 79 pontos. A Brabham terminou em terceiro lugar com 4 vitórias e 72 pontos.

Os pilotos do Brabham BT52B em 1983 foram: #5 Nelson Piquet e #6 Riccardo Patrese.
Vitórias: 3 (N. Piquet: 2; R. Patrese: 1)
*Piquet ganhou mais 1 GP com BT52
Pole-Postion: 2 (N. Piquet: 1; R. Patrese: 1)
Melhores voltas: 2 (N. Piquet: 2)
* Piquet conseguiu mais 2 MV com o BT52 e Patrese conseguiu 1 MV com o BT52

01 maio 2023

Volkswagen Käfer "Carocha" (1950)


Esta miniatura pertence à colecção "Volkswagen Collection" (fascículo nº 1) da Planeta DeAgostini.
A miniatura do Volkswagen Käfer "Carocha" de 1950 é simples e representa bem o famoso modelo da marca alemã. Os detalhes são simples e de qualidade aceitável para uma miniatura destas colecções por fascículos. Vale bem a pena a sua aquisição e sendo este o primeiro fascículo, o seu preço de lançamento é francamente atractivo.
Este Volkswagen "Carocha" de 1950 vinha equipado com um motor de 1131 cm3, boxer de 4 cilindros a quatro tempos, montado longitudinalmente na traseira. A transmissão era de 4 velocidades e debitava uns "impressionantes" 25 cv de potência às 3300 rpm. Pesava 720 kg e ,por incrível que pareça, atingia os 105 km/h de velocidade máxima.
"Em dezembro de 1945, começa em Wolfsburg a produção da berlina Typ 11, sob o controlo do governo militar britânico. Até março de 1953, o vidro traseiro com divisão permaneceu a característica distintiva mais marcante deste antiquíssimo Volkswagen." In pág. 1 do fasc. nº 1 da Volkswagen Collection.
O sonho do conceito do carro do povo passou por várias fases desde o final da Primeira Guerra Mundial, aliás mesmo ainda antes desta guerra, os EUA e vários paises europeus já vinham desenvolvendo projectos que visavam massificar o carro como meio de transporte. Após a Primeira Guerra voltou-se a investir no desenvolvimento do automóvel e neste caso, na Alemanha, começou a haver uma série de protótipos para o "carro do povo".
 
Contudo foi já sob o governo de Adolf Hitler que a Alemanha decidiu apoiar financeiramente a industria automóvel alemã para desenvolver economicamente o país criando postos de trabalho e massificar o automóvel como meio de trasnsporte do povo. Foi através de um memorando de Ferdinad Porsche sobre a construção de um carro para o povo alemão que se lançou a semente do protótipo W30 que estaria na base do Volkswagen "Carocha". Mas uma nova Guerra Mundial veio colocar um travão no projecto do "carro do povo", que só após a guerra seria retomado. 
 
Esta miniatura do Volkswagen Käfer "Carocha" de 1950 representa o modelo que incorporava já novas actualizações:
"Com base na experiência adquirida até agora com o Typ 11, a Volkswagen prepara a primeira actualização abrangente do modelo "Carocha" para o ano do modelo 1949, onde os ainda "diamantes em bruto não polidos" dos anos anteriores de construção são hoje tão mais populares entre alguns colecionadores. Visão geral das mudanças mais óbvias: os frisos côncavos e estreitos nos para-choques dianteiro e traseiro dão lugar a versões mais rectas e ligeiramente mais largas; a partir de junho de 1949, os para-choques passaram a ter uma ranhura transversal central; as versões cinza-pérola e preto do modelo Standart têm agora acabamento em alto brilho (braços do limpa para-brisas em preto mate, calotas e para-choques na cor do automóvel, como antes). No interior, o carocha Standart Typ 11 recebe pela primeira vez revestimento simples nas portas e nas laterais; a aprtir de julho de 1949, a berlina Export Typ 11 A está disponível nos acabamentos de alto brilho preto, castanho médio, vermelho Bordeaux ou verde reseda.
  
Nos para-lamas dianteiros assentam grelhas ornamentais redondas e cromadas, atrás do para-lamas esquerdo está escondida a buzina, que até agora (e na versão Standart até 1951) estava no para-choques; no entanto, a mudança mais notável do modelo Export de 1949 diz respeito ao capô: a partir de agora, é dividido no centro por uma guarnição em alumínio anodizado e por cima da pega do capô está gravado um símbolo da Volkswagen cromado. A ornamentação cromada e em alumínio continua nas laterais do veículo: uma guarnição de alumíniocorre agora também ao longo da linha de cintura e as calotas cromadas têm o logotípo da Volkswagen em preto; outras características inconfundíveis do Carocha Export do ano do modelo de 1949 são os "rolos decorativos" no banco traseiro e o elegante volante com dois raios largos em vez de três estreitos. No painel de instrumentos à direita, ao lado do velocímetro, foi também colocado um relógio".
In pág. 3 do fasc. nº 1 da Volkswagen Collection
O Volkswagen Kafër "Carocha" esteve em produção desde 1938 a 2003 e foi o carro mais vendido do mundo tendo sido produzidos mais de 21 milhões de unidades. O Carocha foi tão popular que serviu para praticamente todos os usos acabando por se tornar num icone da cultura mundial.
Fonte: fascículo nº 1 da colecção Volkswagen Collection que acompanha a miniatura.

12 novembro 2022

Citroen C35 - Peugeot Talbot Sport (1986)

Esta miniatura pertence à colecção Veículos de Assistência em Rally (fascículo nº 1) da Altaya.
"Citroen C35. O furgão ideal. O Citroen C35, fabricado a partir de 1973, marcou a entrada dos furgões na era moderna. Com um peso total em carga de 3,5 toneladas, este Serie II (um C35 R com um novo painel de instrumentos) podia incorporar um motor disel de 2,5 litros e 69 Cv DIN.
As grandes superfícies vidradas, as suspensões independentes às quatro rodas e a reduzida altura da plataforma de carga fizeram do C35 um veículo de assistência muito fiável."
Motor: Citroen Type M25-629 diesel de 2499 cm3 (93x92mm) em posição transversal, árvore de cames lateral controlada por cadeia duplex, relação de compressão de 22,25:1, potência de 69,5 CV, binário de 150 Nma 2000 rpm e bomba de injecção Bosch VA-4/9 ou Roto-Diesel R34.
Transmissão: tracção dianteira. Caixa de quatro velocidades com redutores de saída. Embraiagem monodisco a seco.
Carroçaria: furgão de três lugares com uma porta lateral deslizante e duas portas traseiras com dobradiças.
Chassi: monobloco de aço. Suspensão com quatro rodas independentes e barras de torção.
Travões: 4 discos, assistência de alta pressão com corta-circuitos e disjuntor automático com distribuidor em função da carga.
Direção: cremalheira hidráulica, com um raio de viragem de 6,15 m."

Dimensões e Capacidade
Comprimento: 4,96 m (total) e 3,05 m (útil).
Largura: 1,99 m(total) e 1,79 m (útil); guarda-lamas de 1,3 m.
Altura: 2,37 m (total) e 1,83 (útil).
Volume de carga: 9,30 m3.
Tara/Carga útil: 1665 kg/1805 kg.
Capacidade do depósito: 65 l.
Pneus dianteiros e traseiros: 195/75 R 16; pressão: 4 bar à frente e 4,5 bar atrás. Opcional: 205/75 R 16, com 3,7 bar à frente e 4,2 atrás.
Rendimento: velocidade máxima de 114 km/h." in fascículo nº 1 pags. 4 e 5.
O Citroen C35 foi o resultado de uma colaboração entre a Fiat e a Citroen da qual resultou esta carrinha (C35) e a carrinha Fiat 242, que partilhavam a mesma plataforma. Enquanto a Fiat deixou de fabricar a 242 em 1987, a Citroen manteve a produção da C35 até 1992.
A miniatura do Citroen C35 de 1986 representa o veículo de assistência utilizado pela equipa Peugeot Talbot Sport nos Ralis. A miniatura está bem detalhada e com uma boa qualidade nos detalhes. O Citroen C35 apresenta na parte superior (carga) uma secção traseira do Peugeot 205 Turbo 16 Evo, 4 pneus suplentes e uma caixa de ferramentas.
Nestas últimas fotografias a miniatura do Citroen C35 está acompanhada do Peugeot T16 de 1985 de Ari Vatanen e o Peugeot T16 Evo de 1986 de Timo Salonen.
Como tem acontecido várias vezes nestas colecções procuro comprar os primeiros fascículos devido ao preço de lançamento.