Esta miniatura é da marca IXO.O Ford Escort MkII foi um verdadeiro carro de ralis que deu grandes espectáculos durante a sua vida desportiva. Foram inúmeros os pilotos que utilizaram “até à exaustão” o Ford Escort MkII. Numa época em que os pilotos finlandeses, também conhecidos por “flyinng finn”, dominavam os ralis, a tracção traseira associada a esses talentosos pilotos garantiam verdadeiros recitais de condução espectacular. Quem não se lembra das “atravessadelas” que estes carros de tracção traseira davam nas curvas? Este foi o último Ford em que um piloto se sagrou campeão mundial de ralis, em 1981. Esse piloto foi o finlandês Ari Vatanen. Desde então nunca mais nenhum piloto voltou a vencer o campeonato mundial de ralis ao volante de um Ford.
Esta miniatura do Ford Escort MkII que apresento é alusiva ao Rali da Acrópole de 1981 que Ari Vatanen venceu. Os leitores podem consultar outros posts anteriores sobre o Escort MkII aqui, aqui e aqui.
O campeonato de 1981 parecia estar destinado à recém chegada equipa Audi. Mas os problemas de juventude do Audi Quattro iam afastando os seus pilotos de algumas vitórias quando demonstravam um domínio quase demolidor nos ralis. No entanto quando a Audi resolvesse esses problemas o Audi Quattro tornar-se-ia num caso sério de sucesso nos ralis. Assim devido aos problemas da Audi, o campeonato de pilotos foi sendo discutido entre o Ford Escort MkII de Ari Vatanen e o Talbot Sunbeam Lotus de Guy Fréquelin (francês). A luta pelo Campeonato de Marcas foi entre a Talbot e a Datsun. Ari Vatanen venceu três ralis: Acrópole, Brasil e Mil Lagos. E não venceu mais ralis porque a sua maneira espectacular de conduzir, nos limites do carro e da estrada mesmo quando liderava os ralis, originou algumas saídas de estrada que lhe fizeram perder algumas vitórias e consequentemente pontos que poderia ter obtido se mantivesse um estilo de condução menos espectacular. Por exemplo, no Rali de Portugal, Vatanen despistou-se quando liderava deixando o seu compatriota Markku Alen (Fiat) na liderança. Assim como se despistou no Rali de San Remo quando seguia em segundo lugar. Guy Fréquelin venceu apenas um, o Rali da Argentina, e graças à maneira de conduzir de Vatanen que também se despistou quando liderava o rali brasileiro. O piloto francês da Talbot fez da regularidade a sua arma e levou a discussão do título até à última prova. Mas Vatanen conseguiu vencer o campeonato de 1981 e sagrar-se campeão do mundo de ralis. A Talbot venceu o campeonato de marcas graças à regularidade dos seus pilotos.
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