12 novembro 2022

Citroen C35 - Peugeot Talbot Sport (1986)

Esta miniatura pertence à colecção Veículos de Assistência em Rally (fascículo nº 1) da Altaya.
"Citroen C35. O furgão ideal. O Citroen C35, fabricado a partir de 1973, marcou a entrada dos furgões na era moderna. Com um peso total em carga de 3,5 toneladas, este Serie II (um C35 R com um novo painel de instrumentos) podia incorporar um motor disel de 2,5 litros e 69 Cv DIN.
As grandes superfícies vidradas, as suspensões independentes às quatro rodas e a reduzida altura da plataforma de carga fizeram do C35 um veículo de assistência muito fiável."
Motor: Citroen Type M25-629 diesel de 2499 cm3 (93x92mm) em posição transversal, árvore de cames lateral controlada por cadeia duplex, relação de compressão de 22,25:1, potência de 69,5 CV, binário de 150 Nma 2000 rpm e bomba de injecção Bosch VA-4/9 ou Roto-Diesel R34.
Transmissão: tracção dianteira. Caixa de quatro velocidades com redutores de saída. Embraiagem monodisco a seco.
Carroçaria: furgão de três lugares com uma porta lateral deslizante e duas portas traseiras com dobradiças.
Chassi: monobloco de aço. Suspensão com quatro rodas independentes e barras de torção.
Travões: 4 discos, assistência de alta pressão com corta-circuitos e disjuntor automático com distribuidor em função da carga.
Direção: cremalheira hidráulica, com um raio de viragem de 6,15 m."

Dimensões e Capacidade
Comprimento: 4,96 m (total) e 3,05 m (útil).
Largura: 1,99 m(total) e 1,79 m (útil); guarda-lamas de 1,3 m.
Altura: 2,37 m (total) e 1,83 (útil).
Volume de carga: 9,30 m3.
Tara/Carga útil: 1665 kg/1805 kg.
Capacidade do depósito: 65 l.
Pneus dianteiros e traseiros: 195/75 R 16; pressão: 4 bar à frente e 4,5 bar atrás. Opcional: 205/75 R 16, com 3,7 bar à frente e 4,2 atrás.
Rendimento: velocidade máxima de 114 km/h." in fascículo nº 1 pags. 4 e 5.
O Citroen C35 foi o resultado de uma colaboração entre a Fiat e a Citroen da qual resultou esta carrinha (C35) e a carrinha Fiat 242, que partilhavam a mesma plataforma. Enquanto a Fiat deixou de fabricar a 242 em 1987, a Citroen manteve a produção da C35 até 1992.
A miniatura do Citroen C35 de 1986 representa o veículo de assistência utilizado pela equipa Peugeot Talbot Sport nos Ralis. A miniatura está bem detalhada e com uma boa qualidade nos detalhes. O Citroen C35 apresenta na parte superior (carga) uma secção traseira do Peugeot 205 Turbo 16 Evo, 4 pneus suplentes e uma caixa de ferramentas.
Nestas últimas fotografias a miniatura do Citroen C35 está acompanhada do Peugeot T16 de 1985 de Ari Vatanen e o Peugeot T16 Evo de 1986 de Timo Salonen.
Como tem acontecido várias vezes nestas colecções procuro comprar os primeiros fascículos devido ao preço de lançamento.

21 outubro 2022

Toyota Yaris WRC - O. Tänak - M. Järveoja (Rali do Chile de 2019)

Esta miniatura pertence à colecção WRC Fia World Rally Championhisp da Salvat (esc. 1/43) - Fasc. nº 1.
O Toyota Yaris WRC foi o modelo escolhido pela marca nipónica para tentar voltar ao topo do Campeonato Mundial de Ralis. A estreia do Yaris WRC aconteceu em 2017 no Rali de Monte Carlo com os pilotos finlandeses Jari-Matti Latvala e Juho Hanninen. E a estreia foi auspiciosa: Latvala conseguiu o segundo lugar na prova monegasca. A primeira vitória do Yaris WRC não estava longe e aconteceu no rali seguinte, na Suécia, pela mão de Latvala, que venceria mais um rali com o Yaris WRC, na Finlândia. Jari-Matti Latvala terminaria o campenato de pilotos na 4ª posição e a Toyota seria a 3ª classificada no mundial de equipas.
O Toyota Yaris WRC, que se mostrou competitivo desde as primeiras provas, vinha equipado com um motor 1600cc de 4 cilindros em linha turbo que debitava 380 cv às 6000 rpm. A transmissão era 4x4 com mudanças sequênciais de 6 velocidades. Utilizava suspensões McPherson com amortecedores ajustáveis, dianteiros e traseiros, travões de disco de aço ventilados e direcção hidráulica de cremalheira e pinhão. Os pneus eram Michelin.
Para o campeonato de 2018, a Toyota contrata o piloto estónio Ott Tänak e melhora a sua prestação no WRC: Tänak é o melhor piloto da Toyota ficando em 3º no WRC, com 4 vitórias mas a Toyota sagra-se campeã mundial ao vencer o Campeonato de Equipas com 5 vitórias.
Em 2019, Ott Tänak sagra-se campeão mundial com o Yaris WRC ao vencer 6 ralis mas a Toyota perde o título para a Hyundai e termina o campeonato de equipas na segunda posição (6 vitórias).
No campeonato de 2020, marcado pela pandemia do Covid, onde apenas se efectuaram 7 ralis, a Toyota perde o Ott Tänak para a Hyundai e contrata o multi campeão francês Sebastien Ogier que vence o campeonato com 2 vitórias. A Toyota volta a ser vice com 3 vitorias.
Finalmente em 2021 a Toyota junta os dois títulos: o campeonato de pilotos e o campeonato de equipas. Sébastien Ogier vence o campeonto com 5 vitórias e o seu colega de equipa, o inglês Elfyn Evas, é vice campeão com 2 vitórias.
Actualmente, a duas provas de terminar o campeonato de 2022, a Toyota e o seu piloto filandês Kalle Rovanperä (que já tinha vencido dois ralis pela Toyota em 2021) estão muito perto de conseguir vencer os dois títulos, o que no caso de Rovanperä será o seu primeiro título de campeão do WRC.
A miniatura apresentada é o Toyota Yaris WRC de Ott Tänak utilizado na vitória obtida no rali do Chile em 2019. Neste ano Tänak sagrou-se campeão mundial do WRC com 6 vitórias (Suécia, Chile, Portugal, Finlândia, Alemanha e Inglaterra), pondo fim ao reinado de 15 anos consecutivos de vitórias francesas (de 2004 a 2012 por Sébastien Loeb e de 2013 a 2018 por Sébastien Ogier).

Ott Tänak nasceu na Estónia a 15 de Outubro de 1985. No seu currículo tem, até ao momento, 135 participações em ralis do WRC, com 17 vitórias obtidas (2 com a Ford em 2017 , 4 com a Toyota em 2018, 6 com a Toyota em 2019, 1 com a Hyundai em 2020, 1 com a Hyundai em 2021 e 3 com a Hyundai em 2022). Tänak tem um título de Campeão do Mundo do WRC em 2019 com o Toyota Yaris WRC.

05 setembro 2022

March-Judd 881 - Maurício Gugelmin (1988)

Em dia de mais um aniversário do blog 4Rodinhas, apresento uma nova miniatura da minha colecção. Quando, a 5 de Setembro de 2006, iniciei o blog, nunca pensei que 16 anos depois este projecto ainda estivesse activo. É verdade que já teve mais actividade mas é o que é. Quero agradecer aos leitores e visitantes do blog pelo vosso tempo dispensado.
Bem hajam.

Esta miniatura pertence à colecção da Altaya “Lendas Brasileiras do Automobilismo” (Fasc. Nº 17).
O March 881 foi o primeiro projecto de Adrien Newey na Formula 1. Apesar de já ter trabalhado na Formula 1, no ínicio dos anos oitenta, entre 1984 a 1987 Newey esteve ligado à March no campeonato americano CART/INDY. Depois da experiencia na América, entre 1988 a 1990 Newey esteve ligado à March mas agora na Formula 1 como responsável pelo design do March 881.
 
O campeonato de Formula 1 de 1988 foi bastante difcíl para qualquer uma das equipas desde que esta não fosse a McLaren, isto porque a equipa de Ron Dennis dominou o campeonato de uma maneira nunca vista anteriormente: 15 vitórias em 16 corridas, estiveram muito perto de vencer as provas todas e o domínio foi tal que a McLaren liderou 97,28% (1003 voltas) das voltas do somatório de todos os GP’s (1031 voltas). Como tal foi difícil às restantes equipas mostrarem o seu valor. O March Judd 881 liderou uma das poucas voltas que a McLaren não liderou; e as restantes 27 voltas foi a Ferrari quem liderou.
Mesmo assim o March 881, equipado com o motor Judd, era um bom carro e obteve algumas boas performances. Como disse anteriormente, desenhado por Adrien Newey, o March 881 utilizava um monocoque em fibra de carbono, com o motor Judd V8 aspirado de 3496 cc com uma potência de 600 cv. A transmissão era manual de 6 velocidades. Os pneus utilizados eram da GoodYear.
 
Os dois pilotos da equipa eram Ivan Capelli (italiano) e Maurício Gugelmin (brasileiro). Durante a época, Capelli conseguiu 2 podios (3º na Bélgica e 2º em Portugal), tendo terminado o campeonato em 7º lugar com 17 pontos; Gugelmin, na sua primeira temporada na F1, ficou em 13º lugar com 5 pontos; entre os construtores, a March terminou em 6º lugar com 22 pontos. O March 881 ainda foi utilizado nos três primeiros Gp's de 1989, sendo que no GP do Brasil, desse ano, Gugelmin obteve o seu único pódio na F1, ao terminar a prova em terceiro lugar.
A miniatura apresentada é o March Judd 881 do piloto brasileiro Maurício Gugelmin no GP de Itália de 1988. Gugelmin largou de 13º e terminou a prova em 8º lugar.
Maurício Gugelmin nasceu no Brasil a 20 de Abril de 1963. A carreira de Gugelmin na Formula 1 resume-se a 5 temporadas: na March em 1988 foi 13º classificado com 5 pontos e 1989 foi 16º classificado com 4 pontos; na Leyton House em 1990 foi 18º classificado com um ponto e em 1991 não pontua e na Jordan em 1992 também não pontua. Participou em 74 GP's, obteve 10 pontos, 1 pódio (3º lugar no GP do Brasil de 1989) e 1 melhor volta (no GP da França de 1989). Depois da Formula 1, Maurício Gugelmin optou pelos EUA onde correu no CART entre 1992 e 2001, tendo vencido apenas uma corrida em Vancouver (1997).

Os pilotos do March Judd 881 em 1988 foram: #15 Maurício Gugelmin e #16 Ivan Capelli.
Vitórias: 0
Pole-Postion: 0
Melhores voltas: 0

05 junho 2022

Ford Mustang Shelby GT500 (1967)


Esta miniatura pertence à colecção American Cars (fascículo nº 1) da Planeta DeAgostini.
A miniatura do Ford Mustang Shelby GT500 é de uma qualidade bastante aceitável tendo em conta estas colecções de fascículos. É o número um desta colecção e apresenta pormenores e decalques bastante agradáveis nesta categoria de miniaturas. O resultado final não é de desprezar e vale bem o investimento.
Saliento uma curiosidade cinematográfica deste Shelby que é o facto deste automóvel ter uma papel relevante no filme "Gone in 60 Seconds" (2000) onde o protagonista tem uma lista de 50 carros para serem roubados, cada um sendo identificado com o nome de uma mulher: o último da lista era o Ford Mustang Shelby "Elenor" GT500 de 1967.
O Ford Mustang revolucionou o conceito de automóvel desportivo quando foi lançado em 1964. Foi um sucesso de vendas imediato, e as suas possibilidades como carro desportivo chamaram a atenção da empresa Shelby American, propriedade de Carroll Shelby.
A colaboração de Carroll Shelby vinha desde o seu exito com o AC Cobra. A relação entre a Ford e a Shelby American estritou-se ainda mais com o projeto do Ford GT40 para Le Mans. E em 1965 surgiu o primeiro Shelby Mustang, o GT350, que tinha um motor V8 de 4,7 litros com 306 cv de potência. Contudo foi em 1967 quando foi introduzida uma alteração no Ford Mustang, um maior vão do motor que permitiu a instalação de um motor V8 de maior dimensões (6,3 litros com 335 cv de potencia), que assim surgiu o Mustang GT500. A Shelby American utilizou para o novo GT500 um motor de 428 polegadas de 7 litros derivado daquele que a Ford reservava para os Interceptor - carros de patrulha das policias rodoviárias. O motor 428 era usado nos modelos maiores da marca, oferecendo de série 245 cv. Carroll Shelby utilizou um coletor de admissão de alumínio procedente do motor 427 de competição, que ele mesmo utilizava nos seus Cobra, e dois carburadores Holleu de 600 mm e quatro corpos. A caixa era manual de 4 velocidades ou automática. Deste modo o GT500 declarava 355 cv de potência.
                     
Para reduzir o peso e melhorar a refrigeração mecânica, Shelby substituiu o capô dianteiro por um de fibra de vidro que alongava a dianteira do carro, permitindo a instalação de duas tomadas de ar. A porta do porta-malas, com aerofólio integrado, também era de fibra de vidro. O Shelby GT500 era fácil de reconhecer devido aos dois faróis auxiliares dianteiros centralizados na grade (exceto em alguns estados onde a legislação não permitia. O Shelby Mustang de 1967 foi um dos muscle cars de maior sucesso da sua época. Além de ser mais rápido do que o GT350, o GT500 vendeu mais do que o seu irmão menor (2.048 unidades contra 1.175 em 1967) e se consolidou como o Shelby de maior êxito.
                     
                     
                                  
Fonte: fascículo nº1 da colecção American Cars que acompanha a miniatura.

08 maio 2022

Saviem SG2 - Renault Sport Team (1978)

Esta miniatura pertence à colecção Veículos de assistência em Rally (fascículo nº 2) da Altaya.
"O Saviem SG2 (sigla de Super Goélette) de 1978, um furgão à prova de bomba, foi um pequeno veículo comercial que a Saviem fabricou como se fosse um modelo pesado. A sua produção,em França, iniciou-se em 1965 e terminou em 1982, já como Renault.
                 
Após a época do R8 Gordini, tanto a Renault como a Alpine utilizaram os SG2 como oficina móvel nos ralies. Ao contrário da SG3, o eixo traseiro estava equipado com rodas simples em vez das gémeas.


Motor: MAN 712 diesel de quatro cilindros, 3318,91 cm3 e curso longo (98x110 mm), potência de 76 cv DIN (55,8 kW) a 3200 rpm, binário de 19,1 Nm DIN a 2000 rpm, taxa de compressão de 17,5/1, árvore de cames lateral acionada por cascata de rodas dentadas e bomba de injeção Bosch EP/VA.
Caixa de velocidades: 321, sincronizada e com quatro relações. Embraiagem monodisco a seco.
Transmissão: às rodas traseiras por cardã de duas secções e respectivos eixos de roda. Eixo traseiro com três relações de transmissão finais selecionáveis.
Suspensão: dianteira com rodas independentes, molas helicoidais e amortecedores telescópicos; traseira com braços oscilantes, molas helicoidais, amortecedores telescópicos e calços de borracha.
chassi: duas longarinas de aço cravado a frio, unidas com cinco travessas soldadas. Duas portas traseiras com dobradiças e uma porta lateral deslizante.
 
Travões: dianteiros e traseiros de tambor (305 mm), assistidos com servofreios Mastervac. dois cilindros por roda à frente e um atrás.
Direção: parafuso glóbico, com um raio de giro de 6,1 m."
Dimensões e Capacidade
Comprimento: 4,997 m (total) e 3,037m (útil).
Largura: 2,0 m(total) e 1,68 m (útil); guarda-lamas de 1,328 m.
Altura: 2,54 m (total) e 1,71 (útil).
Volume de carga: 13.6 m3. Dois lugares (três como opção).
Tara/Carga útil: 2125kg/1375kg.
Capacidade do depósito: 70 l.
Pneus dianteiros e traseiros: 19x400; pressão: 3.5 bar à frente e 4,5 bar atrás.
Consumo médio 12 l em 100 km.
Rendimento: velocidade máxima de 99 km/h. in fascículo nº 2 pag. 4 e 5.
                 
A miniatura do Saviem SG2 de 1978 representa o veículo de assistência utilizado pela equipa Renault Sport nos Ralis. A miniatura está bem detalhada e com uma boa qualidade nos detalhes. Como tem acontecido várias vezes nestas colecções procuro comprar os primeiros fascículos devido ao preço de lançamento.