27 julho 2010

Lancia Delta HF 4WD - B. Saby - J.-F. Fauchille (Rali de Monte Carlo de 1988)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 41.
Após o fim dos carros do Grupo B, em 1986, a Lancia foi a única, das tradicionais marcas (Peugeot e Audi), que continuou a investir em força no campeonato do mundo de ralis. Em 1987, o primeiro ano pós Grupo B, os carros de ralis permitidos eram os do Grupo A e a Lancia dispunha de uma excelente base para a nova realidade dos ralis: o Lancia Delta HF 4WD.
Este modelo da Lancia tinha sido apresentado em Outubro de 1979, tendo conquistado o prémio de “Automóvel do Ano 1980”. A versão desportiva que serviu de base ao Lancia Delta começou a ser comercializada em meados de 1986 e vinha equipada com um motor turbo de 2 litros e transmissão integral. Na versão de ralis o Delta HF 4WD dispunha de uma potência de 250 cv às 6250 rpm.
O Lancia Delta HF 4WD estreou-se no Rali de Monte Carlo de 1987 com uma vitória de Miki Biasion (italiano). Nesse ano o Lancia Delta HF 4WD sagrou-se campeão vencendo 9 das 13 provas tendo Juha Kankkunen (finlandês), em Lancia, vencido pela segunda vez o campeonato do mundo de ralis. Com um carro muito bem adaptado para o Grupo A e com adversários que nunca tiveram carros com iguais performances, a Lancia iniciou um longo período de domínio nos ralis.
A miniatura apresentada é o Lancia Delta HF 4WD de Bruno Saby no Rali de Monte Carlo de 1988. No início do campeonato a Lancia continuava a ser a equipa mais forte e como tal a concorrência tinha poucas hipóteses de bater a “armada” da Lancia. Deste modo era quase certo, caso nada de anormal acontecesse, que a luta pela vitória no rali monegasco seria uma questão interna da equipa Lancia.

Os três pilotos da equipa oficial da Lancia (Miki Biasion, Yves Loubet e Bruno Saby) dominaram no início. Entretanto Biasion ficou fora de prova e Loubet, que liderou no início, perdeu o primeiro lugar para Saby. Yes Loubet ainda esboçou a tentativa de recuperar o primeiro lugar mas um erro ditou a sua desistência. Com uma grande vantagem sobre o segundo lugar, que era o Lancia privado de Alex Fiorio (italiano), Bruno Saby tomou as precauções necessárias para levar o seu Lancia até ao final da prova vencendo o Rali de Monte Carlo. Foi a sua segunda e última vitória num rali do mundial. O Lancia Delta HF 4WD ainda participou na prova seguinte do campeonato, o Rali da Suécia, onde registou outra vitória por Markku Alén (finlandês). Este foi o último rali do Delta HF 4WD, que foi substituído pelo Lancia Delta Integrale. O campeonato de 1988 foi novamente conquistado pela Lancia (venceu 10 das 11 provas), sendo o título de pilotos para Miki Biasion.
Aqui fica a lista dos vários Lancia Delta da minha colecção de miniaturas:
- Lancia Delta HF 4WD de Carlos Bica (1988)
- Lancia Delta HF Integrale de Miki Biasion (1988)
- Lancia Delta HF Integrale de Didier Auriol (1990)
- Lancia Delta HF Integrale de Didier Auriol (1992)
- Lancia Delta HF Integrale de Juha Kankkunen (1992)
- Lancia Delta HF Integrale de Jorge Bica (1993)
- Lancia Delta HF (versão de estrada)

23 julho 2010

Fiat 124 Abarth Rallye - B. Darniche - A. Mahe (Rali de Monte-Carlo de 1975)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 40.
O Fiat 124 Abarth Rallye entrou em 1975 no seu terceiro ano de competição; a estreia tinha sido em 1973 tendo como objectivo vencer o novo campeonato do mundo de ralis mas encontrou a forte oposição do Alpine-Renault A110. Após esses dois anos de competição em que a Fiat terminou sempre em segundo lugar, o ano de 1975 parecia ser a última oportunidade de chegar ao título. O Ford Escort e o Lancia Stratos eram desde o ano anterior (1974) fortes candidatos que tinham rivalizado com a Fiat.
O Fiat 124 Abarth Rallye estava agora mais competitivo devido às melhorias introduzidas contudo o campeonato de 1975 voltou a escapar à equipa italiana.
A miniatura representa o Fiat 124 Abarth Rallye de Bernard Darniche (francês) no Rali de Monte Carlo de 1975. O piloto francês (ex- Alpine-Renault) efectuava a sua segunda prova com o Fiat mas sofreu um revés ao ter de desistir devido a problemas no motor. Dois dos seus colegas de equipa, Hannu Mikkola e Markku Alen (ambos finlandeses) tiveram melhor sorte, conseguindo terminar na segunda e terceira posição respectivamente. O vencedor foi o italiano Sandro Munari num Lancia Stratos.
O Fiat 124 Abarth Rallye ainda foi utilizado em 1976 mas nesta altura era já evidente que não tinha argumentos para lutar com o Lancia Stratos. Posteriormente a Lancia acabou por ser adquirida pela Fiat e os directores concluíram que era um erro ter duas marcas do mesmo grupo a lutarem entre si e assim o Fiat 124 Abarth Rallye acabou por ser o sacrificado em favor do Lancia Stratos.

Apesar de nunca ter sido campeão (foi vice campeão em 1973, 1974 e 1975) o Fiat 124 Abarth Rallye venceu alguns ralis do mundial: em 1973 Achim Warmbold venceu o Rali da Polonia; em 1974 Raffaele Pinto venceu o Rali de Portugal; em 1975 Markku Alen venceu o Rali de Portugal.
Esta miniatura do Fiat 124 Abarth Rallye é a terceira na minha colecção; aqui ficam as outras duas para quem pretender consultar e complementar a informação deste modelo:
- Fiat 124 Abart Rallye de Luís Netto no Rali de Portugal de 1973;
- Fiat 124 Abart Rallye de Raffaele Pinto no Rali de Portugal de 1974.

19 julho 2010

Alpine-Renault A310 - J.-L. Thérier - M. Vial (Rali de Monte-Carlo de 1975)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 42.
O Alpine-Renault A310 surgiu ao púbico em 1971 no Salão de Genebra. Concebido por Marcel Beligond, o A310 tinha como objectivo substituir o Alpine-Renault A110 mas o seu sucesso alcançado permitiu que se mantivesse em produção até 1977.
O Alpine-Renault A310, de linhas estéticas arrojadas para a época, caracterizava-se por ser maior e mais confortável que o seu antecessor, o A110. No entanto o motor inicial utilizado que era o mesmo do A110, de 1600 cc com 125 cv, era penalizado pelo maior peso do A310. A razão de utilizar o mesmo motor do seu antecessor prende-se com o facto de terem surgido alguns atrasos e pela vontade de os responsáveis da marca em lançar o novo modelo no mercado, não esperando assim pelo novo motor V6 que estava previsto para o A310.A estreia no mundial de ralis do Alpine-Renault A310 aconteceu em 1974 na Volta à Córsega e nesta altura o A310 já estava equipado com um motor de 4 cilindros com mais performante: 1795 cc com 175 cv. Terminou a prova em 3º lugar mas atrás do A110 e do Lancia Stratos de Andruet vencedor da prova. Contudo o peso do A310 continuava a ser muito penalizador, de tal modo assim era que o Alpine-Renault A110 continuou a ser utilizado chegando mesmo a obter melhores resultados que o seu sucessor. Ficava assim evidente que o A310 não era opção para fazer frente aos rivais da Lancia, Fiat e Ford.
O Alpine-Renault A310 viria a receber em 1976 um novo motor V6 de 2,7 litros (designado PRV), que foi desenvolvido em conjunto com a Volvo e Peugeot. As prestações melhoraram significativamente mas já era tarde de mais para relançar o A310 nos campeonatos internacionais. A política desportiva da Renault mudara e nesta altura concentrava-se mais em Le Mans e no desenvolvimento do primeiro formula 1 com motor turbo, em detrimento dos ralis.
A miniatura representa o Alpine-Renault A310 de Jean-Luc Thérier no Rali de Monte Carlo de 1975. Nesse ano o A310 dispôs de um motor de 1800 cc com duas árvores de cames à cabeça que permitia atingir os 210 cv às 7800 rpm. Jean-Luc Thérier não terminou o rali devido a um acidente. Sandro Munari (italiano) foi o vencedor ao volante de um Lancia Stratos. Os pilotos finlandeses Hannu Mikkola e Markku Alén terminaram o rali na segunda e terceira posição respectivamente, ambos em Fiat Abarth 124 Rallye. O Alpine-Renault A310 voltaria no ano seguinte ao Monte Carlo mas sem resultados práticos; o sucesso aconteceu em França quando em 1977 Guy Fréquelin conquistou o título de Campeão de França de Ralis com o Alpine-Renault A310 V6.

12 julho 2010

McLaren MP4/4 - Ayrton Senna (1988)



Esta miniatura é da marca Minichamps.
A McLaren iniciou o ano de 1988 com a grande expectativa de que nesse ano o campeonato de F1 lhe seria favorável. No ano anterior a Williams tinha dominado, muito graças a excelente motor Honda. A Lotus, que dispunha do mesmo motor Honda, também ficou melhor classificada que a McLaren. Para a temporada de 1988 a McLaren conseguiu contratar o piloto brasileiro Ayrton Senna (ex-Lotus) e com ele vieram também os motores Honda… mas à custa da Williams, que perdeu não só os motores Honda como também deixou escapar o campeão brasileiro Nelson Piquet para a Lotus (mantendo assim os motores nipónicos).
Com todas estas mudanças a McLaren construiu uma das mais poderosas duplas de pilotos da história da F1: ao piloto francês Alain Prost (campeão em 1985 e 1986) juntou-se Ayrton Senna, que era um dos grandes talentos na F1 e que apesar de ainda não ter sido campeão havia a convicção que brevemente o seria. Sobre o excelente McLaren-Honda MP4/4, concebido por Gordon Murray e Steve Nichols, já falei num anterior post que aconselho a leitura: McLaren-Honda MP4/4 de Alain Prost (1988).
Com a aquisição desta miniatura fico com a dupla de pilotos da McLaren de 1988 completa. A miniatura é o McLaren-Honda MP4/4 de Ayrton Senna com o qual se sagrou Campeão do Mundo de F1 em 1988. O domínio de Senna e Prost foi de tal forma avassalador que apenas uma vitória escapou aos pilotos da equipa de Ron Dennis.
Ayrton Senna nasceu a 21 de Março de 1960 em São Paulo (Brasil). Aytron Senna desde muito cedo tomou contacto com o desporto automóvel tendo conquistado vários títulos nos karts. Posteriormente, em 1981 participou no campeonato britânico de Formula Ford conquistando o título. Depois de um breve regresso ao Brasil, Ayrton Senna voltou à Inglaterra para participar na Formula Ford 2000; o resultado foi a conquista dos campeonatos britânicos e europeus de 1982. O passo seguinte foi o Campeonato de Formula 3, que Ayrton Senna venceria contra o rival Martin Brundle (inglês). Durante esse ano de 1983 Senna efectuou alguns testes com equipas da F1: Williams, Lotus, Brabham e Toleman. Depois da conquista do título de F3, a sua escolha para a primeira temporada na F1 recaiu sobre a equipa Toleman. Consciente das dificuldades para um estreante na F1, Senna terá optado por correr pela equipa Toleman onde teria a hipótese de evoluir sem a pressão de uma grande equipa. Durante o campeonato de 1984 Senna efectuou algumas performances dignas de registo: na memória de todos ainda está a sua corrida no GP do Mónaco, onde debaixo de chuva quase venceu Alain Prost. Termina a época em 9º com 13 pontos. Entretanto Senna assina um contrato para 1985 com a equipa Lotus. Durante os 3 anos que Ayrton Senna esteve na Lotus vence apenas 6 GP’s mas travou duelos inesquecíveis contra Alain Prost, Nelson Piquet e Nigel Mansell (britânico); em 1985 foi 4º (38 pontos e 2 vitórias), em 1986 foi 4º (55 pontos e 2 vitórias) e em 1987 foi 3º (57 pontos e 2 vitórias). Sem hipóteses de lutar pelo título, Senna optou por mudar de equipa e assinou um contrato com a McLaren, levando consigo os motores Honda. O seu novo colega de equipa, Alain Prost (bi-campeão) viria a ser o seu grande rival. Senna sagra-se campeão (8 vitórias) logo no primeiro ano na McLaren e no ano seguinte, em 1989, a tensão entre os dois pilotos agudiza-se acabando por Prost sair da McLaren, depois do francês se sagrar campeão com alguma polémica. Senna é vice-campeão com 60 pontos e 6 vitórias. O ano de 1990 é quase um remake do ano anterior isto porque Senna e Prost continuam a travar o duelo que vinha dos anos anteriores. No entanto Alain Prost já não se encontra na mesma equipa correndo agora pela Ferrari. Desta vez Ayrton Senna vence o campeonato de 1990 (78 pontos e 6 vitórias) e houve novamente polémica entre os dois pilotos. O campeonato de 1991 foi mais “calmo” para Ayrton Senna uma vez que a Ferrari perde competitividade e Prost viu-se sem argumentos para contrariar o brasileiro que assim conquistava o seu terceiro título (96 pontos e 7 vitórias). Seguiu-se o campeonato de 1992 (Prost despedido da Ferrari e sem um carro competitivo, optou por um ano sabático) no qual Senna assistiu à evolução competitiva do Williams face ao seu McLaren e terminou o ano no 4º lugar (50 pontos e 3 vitórias). Em 1993, com Prost de volta à F1, Senna efectuou o sexto e último ano pela McLaren. Ayrton Senna ainda registou excelentes performances (GP da Europa) mas o McLaren é inferior ao Williams de Prost. Senna fica em 2º lugar com 73 pontos e 5 vitórias. Para 1994 a Williams contrata Ayrton Senna (Prost abandonou a F1 e o brasileiro é o seu substituto na equipa de Frank Williams) mas infelizmente tudo corre mal para Senna, que abandonou nos dois primeiros GP’s do ano, e no terceiro, em Imola, sofreu um acidente fatal que chocou o mundo. Ayrton Senna morria a 1 de Maio de 1994 ao volante do Williams quando liderava o GP da Europa.
Ayrton Senna participou em 161 GP’s e registou no seu palmarés 41 vitórias, 65 pole-positions e 19 melhores voltas (614 pontos).

Os pilotos do McLaren MP4-4 em 1988 foram: Alain Prost e Ayrton Senna.
Vitórias: 15 (A. Senna: 8; A. Prost: 7)
Pole-position: 15 (A. Senna: 13; A. Prost: 2)
Melhor volta : 10 (A. Senna: 2; A. Prost: 8)

05 julho 2010

Ferrari F187 - Gerhard Berger (1987)


Esta miniatura é da marca Ixo – La Storia.
Após vários anos a projectar os F1 da McLaren, John Barnard terminou a sua ligação com a equipa de Ron Dennis, o projecto MP4/2 estava esgotado e era agora tempo de iniciar uma nova parceria. Foi com essa ideia que John Barnard, ainda em 1986, chegou a acordo com a Ferrari para projectar os novos carro para a temporada de 1987.
O Ferrari F187, de 1987, teve já a contribuição de John Barnard, que contou também com a participação de Gustav Brunner. A equipa Ferrari manteve o piloto italiano, Michelle Alboreto e contratou piloto o austríaco Gerhard Berger (ex-Benetton) para substituir Stefan Johansson (sueco), que por sua vez rumou para a McLaren. Gerhard Berger tornara-se no último ano num piloto bastante promissor e Enzo Ferrari não perdeu tempo em contratá-lo.
O Ferrari F187 dispunha do motor Ferrari Tipo 033D de 1496 cc com 6 cilindros em V a 90º e debitava 880 cv de potência às 11500 rpm. Os pneus utilizados eram os GoodYear. Foi com uma nova esperança que a equipa Ferrari iniciou a temporada de 1987 tendo em vista apagar a má temporada de 1986, na qual não conseguiu resultados dignos de registo (i.e. sem vitórias, sem pole-positions e sem melhores voltas).
A nova temporada iniciou ainda sob o signo da McLaren, isto porque Alain Prost (francês) venceu o primeiro e o terceiro GP (Brasil e Bélgica); o piloto inglês, Nigel Mansell, da Williams venceu a segunda prova, em San Marino e Nelson Piquet sofria aqui um grave acidente que o afastaria da prova (diz-se que este acidente afectou a sua visão, dificultando a sua capacidade de pilotar). Era com alguma surpresa, ou talvez não, que Prost (bi-campeão) se via em primeiro lugar no campeonato, uma vez que o favoritismo ia todo para a Williams e seus pilotos (Mansell e Piquet).
A Ferrari por sua vez enfrentava algumas dificuldades, apesar de um resultado inicial satisfatório de Berger (4º no Brasil) e Alboreto (3º em San Marino). A temporada iria ser difícil para os homens de Maranello…
Seguiram-se duas vitórias para o brasileiro Ayrton Senna (Lotus) nos GP’s do Mónaco e EUA. Com estes resultados Senna assumia a liderança, enquanto Prost perdia a vantagem inicial; por sua vez Nelson Piquet começava a coleccionar segundos lugares. Na Ferrari, Gerhard Berger voltava a marcar pontos com os dois 4ºs lugares no Mónaco e nos EUA, por sua vez Michelle Alboreto subia ao pódio, 3º lugar no Mónaco.
Os seis GP’s que se seguiram à prova americana foram dominados pela Williams e seus pilotos, que assim se afirmaram como os principais candidatos aos títulos: Nigel Mansell venceu na França e na Grã-Bretanha enquanto Nelson Piquet, que continuava na sua senda de regularidade, terminava em segundo lugar nas duas provas; na Alemanha e Hungria, Nelson Piquet regista as suas primeiras vitórias do ano, assumindo a liderança do campeonato e beneficiando do facto de Mansell não ter pontuado nestas duas provas; no GP da Áustria Nigel Mansell volta às vitórias com Piquet em segundo lugar; no GP da Itália Piquet vence e beneficia com a intromissão de Senna em segundo, à frente de Mansell. Após vários GP’s sem pontuar a Ferrari consegue três pontos com o 4º lugar de Berger… as coisas pareciam querer melhorar para os lados de Maranello.
No GP de Portugal Alain Prost quebrava finalmente o mítico recorde de 27 vitórias de Jackie Setwart, que perdurava desde 1973. Contudo a 28ª vitória de Prost teve a inesperada resistência de Gerhard Berger; efectivamente o piloto da Ferrari fez a pole-position e esteve muito perto de impedir a vitória do francês: Berger assumiu a liderança da prova na segunda volta e só muito perto do final (a 3 voltas do fim) perdeu o primeiro lugar para Prost devido a um pião causado pela pressão que o francês vinha fazendo e pelo desgaste dos pneus do Ferrari. Salvou-se o segundo lugar… Piquet preocupado em amealhar mais pontos terminou na terceira posição.
Nos GP de Espanha e do México a Williams continuou em grande com Mansell a vencer as duas corridas mantendo a esperança de poder bater o seu colega de equipa, Piquet, na corrida pelo título. Desistindo na Espanha, Berger ainda chegou a liderar a prova mexicana mas abandonaria também.
No GP do Japão Nigel Mansell sofre nos treinos um aparatoso acidente que o afastou da corrida; deste modo ficava resolvida a questão do título a favor de Nelson Piquet. Era a conquista do seu terceiro título.
Dando mostras da subida de rendimento da Ferrari, Gerhard Berger efectuou a pole-position e liderou grande parte da corrida nipónica. Com esta vitória a Ferrari quebrou um jejum de mais de 2 anos sem vencer (a última vitória tinha acontecido no GP da Alemanha em 1985). Michelle Alboreto terminou a prova em 4º lugar.
A miniatura que hoje apresento é alusiva a esta vitória de Gerhard Berger no GP do Japão de 1987.
Para terminar o campeonato em grande a Ferrari dominou por completo o fim-de-semana em Adelaide: Berger efectuou a pole-position, liderou todas as voltas e venceu, juntado a isso a melhor volta da corrida; Michelle Alboreto “herdou” o segundo lugar depois da desclassificação de Ayrton Senna. Um resultado de sonho para a Ferrari, dando excelentes indicações para o campeonato de 1988… que não passariam disso mesmo, como todos nós sabemos.
A Williams conquista o título de construtores e Nelson Piquet sagra-se campeão. A Ferrari termina o ano na quarta posição, sendo Gerhard Berger o 5º classificado com 36 pontos (2 vitórias) e Michelle Alboreto o 7º com 17 pontos.
Os pilotos do Ferrari F187 em 1987 foram: Michele Alboreto #27 e Gerhard Berger #28.
Vitória: 2 (G. Berger: 2)
Pole-position: 3 (G. Berger: 3)
Melhor volta : 3 (G. Berger: 3)

30 junho 2010

Ford Focus WRC - M. Gronholm (Rali de Portugal de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos.
Tal como a anterior miniatura do Citroen, esta também foi uma das ofertas pela assinatura da colecção.
A miniatura é uma representação do Ford Focus WRC mas desta vez trata-se do carro que fez a abertura dos troços do Rali de Portugal de 2008. Ao volante do carro “0” estava o piloto finlandês Marcus Gronholm (Campeão do Mundo de Ralis de 2000 e 2002). Marcus Gronholm tinha terminado a sua carreira no ano anterior e surgia como cabeça de cartaz no Rali de Portugal de 2008 mas não era o único nome sonante na prova, que na lista de inscritos contava com pilotos como Didier Auriol (francês, Campeão do Mundo de Ralis em 1994) ao volante de uma Abarth Grande Punto, François Duval (belga) também num Abarth Grande Punto, Manfred Sthol (austríaco) em Peugeot 207 e Juho Hanninen (finlandês) num Mitsubishi EVO IX.
O Rali de Portugal de 2008 surgia integrado no IRC (Intercontinental Rally Challenge) e disputava-se no Algarve entre os dias 8 e 10 de Maio. A prova portuguesa integrava o sistema de rotatividade de provas definido pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) e como tal não fazia parte do WRC nesse ano; no ano seguinte o Rali de Portugal regressaria ao calendário do mundial.
A vitória foi para a equipa italiana Luca Rossetti e Matteo Chiarcossi, em Peugeot 207 S2000. A segunda posição ficou na posse de Jan Kopecky e Petr Stary, também em Peugeot 207 S2000. Para completar o pódio, totalmente Peugeot, o terceiro luagar foi para Nicolas Vouilloz, que era um dos candidatos à vitória. Vouilloz ainda lutou com Rossetti numa batalha ao segundo na primeira etapa. Ainda liderou o rali, mas no último dia decidiu por levantar o pé na última especial do dia, optando por uma táctica mais defensiva e deixando para Rossetti o facto de ser o primeiro na estrada. Contudo Vouilloz não foi feliz nesta estratégia: acabou por ser batido, perdeu muito tempo para o rival Rossetti e viu François Duval retirar-lhe a segunda posição. Na tentativa de recuperar o tempo perdido, Vouilloz atacou a fundo mas um furo retirou-lhe qualquer esperança de ainda lutar pela vitória e perdeu mais algumas posições. No entanto ainda foi a tempo de recuperar duas posições a Hanninen e Auriol, subindo ao último lugar do pódio. O melhor português foi Bruno Magalhães num Peugeot 207 S2000, que terminou na sexta posição final. Fonte http://quimrally.blogspot.com/2008/05/rossetti-triunfa-no-rali-de-portugal.html
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
No inicio de Novembro disputou-se o Rali do Japão com a questão dos títulos ainda por resolver, se bem que no caso dos pilotos quase ninguém acreditava que o título pudesse fugir a Sébastien Loeb (francês). Apenas os homens da Ford tinham esperança de ainda impedir a conquista do francês da Citroen, embora as hipóteses de Mikko Hirvonnen (finlandês) fossem remotas: seria necessário vencer e esperar que Loeb não fosse além do quarto lugar para que este não se sagrasse campeão na prova japonesa. Uma parte desse pressuposto foi conseguido com a vitória de Mikko Hirvonnen, sendo seguido pelo seu colega de equipa Jari-Matti Latvala (finlandês), mas Loeb decidiu não colaborar e encerrou a questão do título ao ficar na terceira posição. Sébastien Loeb conquistava assim o seu quinto título de campeão (de 2004 a 2008).
Foi apenas no Rali de Gales, última prova do WRC, que a questão do título de construtores ficou resolvida: a Citroen venceu o rali e o campeonato. Loeb venceu pela décima primeira vez neste campeonato e deu o título à Citroen. Latvala (Ford) foi o segundo e Daniel Sordo (espanhol) foi o terceiro classificado. A Citroen reconquistava assim o título de construtores (191 pontos e 11 vitórias). A Ford, com 173 pontos e 4 vitórias, foi incapaz de manter o título conquistado em 2006 e 2007. Loeb terminou o campeonato com 122 pontos (11 vitórias) e Hirvonnen foi o segundo com 103 pontos (3 vitórias).

26 junho 2010

Citroen C4 WRC - S. Loeb - D. Elena (Rali da Argentina de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos. A miniatura do Citroen C4 WRC de Sébastien Loeb (Rali da Argentina de 2008) foi uma oferta pela assinatura desta colecção.
O Citroen C4 WRC já foi tema aqui no Quatro Rodinhas, como tal não vou entrar em pormenores sobre o mesmo. Para saber mais sobre o C4 aconselho a leitura do seguinte post: Citroen C4 WRC do Rali de Monte Carlo de 2008.
Assim a miniatura que hoje apresento volta a ser o Citroen C4 WRC de Sébastien Loeb (francês) no Rali da Argentina de 2008. A grande diferença que se nota nestas duas miniaturas está na sua decoração. Não tenho a certeza se foi neste rali mas ao que parece a Citroen alterou a decoração dos seus carros para o rali argentino.
Sébastien Loeb venceu o Rali da Argentina, seguido do piloto australiano Chris Atkinson da Subaru. O seu colega de equipa, o espanhol Daniel Sordo, foi o terceiro classificado. O rival de Loeb na discussão do título, Mikko Hirvonen, piloto finlandês da Ford, foi apenas o quinto classificado.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
Após 3 vitórias nos últimos ralis e com apenas 4 ralis para disputar Sébastien Loeb encontrava-se a um pequeno passo para conquistar mais um título de pilotos. O Rali da Catalunha disputado em asfalto era uma prova bem ao jeito de Loeb e do Citroen C4 WRC. Motivado pelas anteriores conquistas, Sébastien Loeb soube dominar o rali da melhor maneira, vencendo a nona prova do ano e a sua 4ª consecutiva. O espanhol Daniel Sordo, colega de Loeb na Citroen, foi o segundo e Mikko Hirvonen, da Ford, foi o terceiro classificado.
Poucos dias depois da prova espanhola, disputou-se a Volta à Córsega, outro rali em asfalto. Tal como na Catalunha, Sébastien Loeb era o principal favorito e só muito dificilmente deixaria de registar nova vitória. Foi então sem grande surpresa que assistimos ao domínio do francês da Citroen. Loeb terminaria em primeiro com mais de três minutos e vinte segundos de vantagem sobre Mikko Hirvonen (Ford). O terceiro classificado foi o belga François Duval em Ford Focus WRC.
Sébastien Loeb liderava o campeonato de pilotos com 106 pontos, seguido de Mikko Hirvonen com 92 pontos. Nos construtores a Citroen liderava com 169 pontos, a Ford seguia em segundo lugar com 146 pontos e sentia o título a fugir-lhe. A duas provas do fim do campeonato, muito dificilmente os títulos deixariam de ser conquistados pelos homens da Citroen…
(continua)

18 junho 2010

Suzuki SX4 WRC - T. Gardemeister - T. Tuominen ( Rali de Monte Carlo de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 16.
A aventura da Suzuki na categoria máxima do Mundial de Ralis durou pouco mais do que uma temporada. Depois de terem conquistado dois títulos no JWRC (2004 e 2007) os responsáveis da Suzuki optaram por tentar o WRC. O modelo escolhido foi o Suzuki SX4 e a estreia ocorreu na Volta à Córsega de 2007 com Nicolas Bernardi. O resultado (31ª posição) não era o mais importante pois interessava ganhar experiência e resolver os problemas de juventude ao longo das provas que ainda iriam disputar em 2007 de modo a iniciar o campeonato de 2008 com outras ambições.
O Suzuki SX4 WRC dispunha de um motor de 1997 cc, com uma potência de 320 cv às 4500 rpm. A tracção era integral com uma caixa de cinco velocidades Xtrac. O engenheiro responsável pelo desenvolvimento do Suzuki era o mesmo que tinha tido sob a sua responsabilidade os programas da Toyota e da Peugeot (206 WRC e 307 WRC) e que considerava as características do Suzuki SX4 WRC muito parecidas com as do Peugeot 206 WRC.
A miniatura representa o Suzuki SX4 WRC de Toni Gardemeister (finlandês) no Rali de Monte Carlo de 2008. Para a temporada de 2008 o Suzuki SX4 WRC recebeu novas suspensões e melhoramentos nos travões. A prova monegasca não foi isenta de problemas mecânicos e o piloto finlandês viu-se obrigado a desistir no último dia com problemas de temperatura no motor. Contudo o seu colega de equipa, Per-Gunnar Andersson (sueco) conseguiu levar o Suzuki até à oitava posição final garantido o primeiro ponto para o Suzuki SX4 WRC.
No final dos campeonatos a Suzuki ficava em 5º lugar com 34 pontos e os seus dois pilotos, Andersson e Gardemeister, ficaram em 12º (12 pontos) e 13º (10 pontos) respectivamente. E assim acabava a aventura da Suzuki no WRC.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
Os dois ralis que se seguiram à Finlândia, disputados a meio e no final de Agosto, eram de características diferentes: o Rali da Alemanha era em asfalto enquanto o Rali da Nova Zelândia disputava-se em terra. Contudo o resultado final viria a ser favorável, bastante favorável, à Citroen e seus pilotos em detrimento da Ford.
O Rali da Alemanha mostrou que a Citroen estava em forma e pronta para a recta final do campeonato. Sébastien Loeb (francês) e Daniel Sordo (espanhol), da Citroen, ficaram na frente da concorrência, tendo Loeb vencido com Sordo em segundo. O francês beneficiou ainda da terceira posição de Duval (belga), da Stobart Ford, que ficou à frente de Mikko Hirvonen (finlândes) da Ford e rival de Loeb no campeonato.
O Rali da Nova Zelândia teve os mesmos protagonistas e o resultado foi igual ao da prova alemã, com uma diferença, desta vez Hirvonen ficou em terceiro lugar. Com esta nova vitória Sébastien Loeb reforçava o primeiro lugar do campeonato conquistado na Alemanha; Loeb tinha agora 86 pontos contra os 78 pontos de Hirvonen. A Citroen que também tinha recuperado o primeiro lugar na Alemanha tinha agora 141 pontos enquanto a Ford já se encontrava a 20 pontos de distância. Faltavam 4 provas para o final da temporada.
(continua)

15 junho 2010

Ford Focus RS WRC 07 - F. Duval - E. Chevailler (Rali de Monte Carlo de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 30.
A miniatura de hoje é novamente o Ford Focus RS WRC 07 (François Duval no Rali de Monte Carlo de 2008), no entanto trata-se da equipa Stobart cujos veículos eram desenvolvidos por Malcom Wilson. Deste modo a equipa Stobart passava a ter uma ligação mais “forte” com a Ford. A equipa Stobart servia também para promover novos talentos que podessem ascender à equipa principal.
A equipa Stobart inscreveu quatro pilotos para o Monte Carlo de 2008: François Duval (belga), Gigi Galli (italiano), Mathew Wilson (inglês) e Henning Solberg (norueguês). Apesar de não ter participado no Monte Carlo de 2007 e de desconhecer alguns troços, François Duval revelou-se ao longo de todo o rali como o melhor piloto da equipa Stobart. Duval teve como adversário directo o australiano da Subaru, Chris Atkinson, tendo disputado tudo o rali, primeiro pela quarta posição e depois pelo último lugar do pódio. Duval esteve sempre muito perto de Atkinson e no último dia do rali chegou mesmo a fazer o melhor tempo em alguns troços contudo não foi o suficiente. Duval terminou o rali na quarta posição a 1,1 segundos de Atkinson que foi o terceiro. Duval viria a terminar o campeonato na 7ª posição com 25 pontos, tendo participado em 7 ralis. Os melhores resultados de 2008 foram dois terceiros lugares (Alemanha e França). A equipa Stobart terminou o campeonato de marcas na 4ª posição com 67 pontos.
François Duval nasceu a 18 de Novembro de 1980 na Bélgica. Filho de um piloto de ralis, Duval também acabou por ser influenciado a seguir uma carreira na modalidade. A sua estreia no WRC aconteceu em 2001 no Rali de Portugal ao volante de um Mitsubshi Carisma do Grupo N, o resultado foi um abandono. Nesse ano para além do Mitsubshi, guiou também um Ford Puma S1600. Apesar dos vários abandonos que teve Duval mostrou qualidades que levaram a Ford a apostar nele para o ano seguinte para o JWRC. Contudo nesse ano a Ford optou também por lhe confiar um Ford Focus WRC em alguns ralis. Este facto permitiu que François Duval desse nas vistas garantindo assim um contrato para a primeira equipa da Ford. Durante os dois anos seguintes (2003 e 2004) Duval participou como piloto titular da Ford mas os resultados alcançados não foram os esperados pelos responsáveis da equipa. Efectivamente, Duval acabou por ser ultrapassado pelo seu colega de equipa, o estónio Markko Martin, e apenas registou alguns pódios. Para 2005 a Citroen viu em Duval capacidades para que fosse contratado e foi na nova equipa que François Duval obteve a sua única vitória no WRC, que aconteceu no Rali da Austrália. Apesar da vitória e de 3 segundos lugares e com o abandono oficial da Citroen, François Duval não conseguiu um lugar numa equipa de topo para 2006, que foi passado na Skoda. Os resultados foram escassos e para 2007 apenas marcou presença em 3 ralis ao volante de um Citroen Xsara WRC (um segundo lugar na Alemanha). O ano de 2008 foi um pouco melhor em termos de participações (7 presenças em ralis) mas a equipa Stobart não lhe permitiu melhor do que 2 terceiros lugares. Desde então não disponho de mais informações sobre Duval, apenas que terá abandonado a sua carreira nos ralis em Março de 2010 (fonte Wikipédia).
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
Os dois ralis que se seguiram à Acrópole tiveram como vencedores os únicos candidatos ao título: Sébastien Loeb (francês) e Mikko Hirvonen (finlandês).
O piloto finlandês da Ford venceu o Rali da Turquia, tendo a equipa Ford alcançado um excelente resultado uma vez que Jari-Matti Latvala (finlandês), no outro Ford, ficou em segundo lugar. Sébastien Loeb (Citroen) minimizou as perdas ao ficar na terceira posição. Com este resultado Hirvonen volta ao primeiro lugar na classificação com 3 pontos de vantagem sobre Loeb.
No Rali da Finlândia, Sébastien Loeb recupera pontos e vence em casa do seu rival, Hirvonen, que fica em segundo lugar, contudo o francês da Citroen não consegue recuperar o primeiro lugar na classificação. Chris Atkinson (australiano) consegue terminar em terceiro lugar com o Subaru Impreza.
Cumpridos que estavam 9 dos 15 ralis a classificação do campeonato de pilotos estava assim definida: 1º Hirvonen com 67 pontos e 2º Loeb com 66 pontos. No mundial de construtores a Ford têm 108 pontos, mantendo a primeira posição, e a Citroen segue em segundo lugar com 105 pontos. ENegritontrava-se na fase decisiva dos campeonatos: o rali seguinte era o da Alemanha.
(continua)

07 junho 2010

Subaru Impreza WRC 07 - P. Solberg - P. Mills (Rali de Monte Carlo de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 19.
A Subaru iniciou o campeonato de 2008 com o Impreza WRC 07, carro que tinha sido estreado no Rali do México do ano anterior. As diferenças em relação ao Impreza WRC 06 eram várias: “novos travões, capot, frente e pára-choques redesenhados para uma melhor gestão do ar de refrigeração do motor. Com a mesma intenção, o radiador de água foi instalado numa posição mais baixa e o intercooler montado mais a trás, recebeu uma nova gestão electrónica e novas árvores de cames. Modificaram-se as suspensões para melhorar a geometria da direcção e ganhar tracção.In fascículo nº 19.
O Suabru Impreza WRC 07, com 1230 kg de peso, dispunha de um motor de 1994 cc com uma potência de 300 cv Às 5500 rpm. A estrutura era em monobloco de aço com célula de reforço. A tracção era integral, com diferencial central activo e caixa electrohidráulica sequencial de seis velocidades.
Apesar das melhorias do Impreza, a Subaru não voltou aos tempos áureos em que vencia com frequência e disputava os campeonatos.
Durante o campeonato de 2008 a equipa Subaru teve ao seu serviço os seguintes pilotos: o ex-campeão Petter Solberg (norueguês) e o australiano Chris Atkinson.
A miniatura apresentada é o Subaru Impreza WRC 07 de Petter Solberg no Rali de Monte Carlo de 2008. A prova monegasca não decorreu de forma favorável a Solberg, que se viu ultrapassado pelo seu colega de equipa, Atkinson, que terminou em terceiro lugar, ao passo que o norueguês teve que se contentar com a quinta posição final. O mesmo aconteceu no campeonato: Atkinson terminou a época na 5ª posição (50 pontos), tendo conseguido 5 pódios (2 segundos e 3 terceiros lugares), Solberg foi 6º (46 pontos) e apenas conseguiu um pódio (um segundo lugar). A Subaru viria a terminar o campeonato de construtores de 2008 na terceira posição, sem vitórias, e muito distante da Citroen e Ford.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
Os dois ralis seguintes, 6ª e 7ª prova do campeonato, tiveram como denominador comum os mesmos nomes: Sébastien Loeb e Citroen. Efectivamente, Loeb e a Citroen venceram os dois ralis o que significou a 4ª e 5ª vitória da temporada.
Deste modo o Rali da Italia, disputado na Sardenha, terminou com Loeb em primeiro, seguido dos dois Ford Focus de Mikko Hirvonen (finlandês) e Jari-Matti Latvala (finlandês). A Subaru terminou com os seus dois carros em 6º e 10º lugar, com Chris Atkinson a levar a melhor sobre Petter Solberg.
No Rali da Acrópole Sébastien Loeb venceu de forma tranquila e ganhou vantagem no campeonato visto que o seu rival na luta pelo título, Hirvonen, apenas terminou na terceira posição atrás de Petter Solberg. O piloto da Ford fazia na Grécia, com o segundo lugar, o melhor resultado que viria a obter ao longo de todo o campeonato. O outro Subaru, de Atkinson, sofreu problemas de suspensão e não terminou o rali, aliás a prova grega costuma ser bastante conhecida devido à sua dureza que causa bastantes problemas nas suspensões dos carros.
Após 7 ralis disputados o campeonato encontrava-se bastante disputado e a segunda metade da época prometia muita emoção. Loeb estava em primeiro lugar com 50 pontos e Hirvonen estava em segundo com 49 pontos; o finlandês fazia da regularidade a sua maior arma para contrapor às vitórias do francês da Citroen. No campeonato de construtores a situação era muito semelhante: a Ford (81 pontos) levava a dianteira com a Citroen (79 pontos) à distância de apenas 2 pontos.
(continua)

04 junho 2010

Ford Focus RS WRC 07 - M. Hirvonen - J. Lehtinen (Rali de Monte Carlo de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 3.
Para o campeonato de 2008 a grande alteração que a Ford sofria era ao nível da sua equipa de pilotos: o piloto finlandês Mracus Gronholm terminou a sua carreira de piloto no final de 2007 e agora era Mikko Hirvonen (finlandês) quem assumia a posição de primeiro piloto dentro da equipa de Malcolm Wilson. Para colmatar a saída de Gronholm dentro da sua equipa, Malcolm Wilson contratou o jovem piloto finlandês Jari-Matti Latvala.
A Ford iniciou o campeonato com o mesmo carro do ano anterior, o Ford Focus RS WRC 07 que teve a sua estreia no Rali da Finlândia de 2007. Este modelo foi a evolução natural do anterior, o Focus RS WRC 06. A nova evolução do Focus ficou mais leve (menos 20 kg) e sofreu outras intervenções ao nível da mecânica. De resto o seu aspecto é muito idêntico ao do modelo anterior.
A miniatura representa o Ford Focus RS WRC 07 de Mikko Hirvonen no Rali de Monte Carlo de 2008. Assim a Ford apresentou-se no Rali de Monte Carlo, primeiro rali do campeonato de 2008, com dois grandes objectivos: defender o título de marcas conquistado em 2007 (o último tinha sido em 1979) e tentar conquistar o de pilotos.
Contudo o campeão de 2007, o francês Sébastien Loeb, com o Citroen C4 WRC, este imbatível durante toda a prova e Mikko Hirvonen não dispôs de qualquer hipótese de lutar pela vitória. O piloto da Ford acabou por ficar na segunda posição final graças aos vários problemas que Daniel Sordo (espanhol), no outro C4 WRC, teve de enfrentar.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
Após a vitória no Rali da Alemanha, Sébastien Loeb partiu para o Rali da Argentina como o principal candidato ao primeiro lugar. Logo era a referência para os seus adversários. Disputado no final do mês de Março, a prova argentina foi dominada por Loeb que não deu quaisquer possibilidades à concorrência. Mikko Hirvonen apenas conseguiu terminar na 5ª posição graças à regra do SuperRali. O australiano Chris Atkinson, da Subaru, foi o segundo classificado e o colega de Loeb, o espanhol Daniel Sordo, foi o terceiro classificado.
A prova que se seguiu à Argentina foi uma estreia no mundial de ralis: o Rali da Jordânia. Desta vez foi Sébastien Loeb quem beneficiou com a regra do SuperRali, no entanto não conseguiu pontuar visto que terminou na 10ª posição. Assim Mikko Hirvonen aproveitou o facto de Loeb não pontuar e recuperou 10 pontos com a obtenção da vitória no primeiro Rali da Jordânia. Daniel Sordo não conseguiu impedir a vitória do Ford Focus do finlandês e terminou na segunda posição. Chris Atkinson, em boa forma e depois do segundo lugar na Argentina, ficou na terceira posição com o Subaru.
Com 5 ralis disputados o líder do campeonato era Mikko Hirvonen com 35 pontos seguido de Loeb com 30 pontos. A Ford seguia em primeiro com 57 pontos com a Citroen a 7 pontos de distância.
(continua)

26 maio 2010

Citroen C4 WRC - S. Loeb - D. Elena (Rali de Monte Carlo de 2008)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 1.
Um ano após a estreia em competição, o Citroen C4 WRC de 2008 recebeu um novo motor mais actual do que o anterior que também tinha sido utilizado no Xsara WRC. No novo motor, o EW10J4S, procurava-se a máxima fiabilidade uma vez que os regulamentos obrigam a que se utilize o mesmo motor durante dois ralis sem que estes sejam trocados ou reparados. A cilindrada era de 1998 cc e permite uma potência de 320 cv às 5500 rpm. Outra alteração para o ano de 2008 tinha haver com a utilização dos pneus Pirelli; no ano anterior a Citroen tinha utilizado os pneus BF Goodrich mas agora tinha que se adaptar aos pneumáticos italianos. As suspensões também foram alvo de alterações, nomeadamente na utilização de novos componente que permitiram a redução do peso.
Foi assim com uma nova evolução do C4 WRC que Sébastien Loeb (francês) partiu para o Rali de Monte Carlo de 2008. Loeb, quatro vezes campeão mundial (2004, 2005, 2006 e 2007) e quatro vezes vencedor do Monte Carlo (2003, 2004, 2005 e 2007), partia para a primeira prova de 2008 como o principal candidato à vitória, quer no rali quer no campeonato. Deste modo foi com alguma naturalidade que Sébastien Loeb, com um carro que dispunha de um motor mais moderno e novas melhorias, levou o Citroen C4 WRC a nova vitória no Monte Carlo. Imbatível, Loeb não deu hipóteses aos seus adversários.
A miniatura apresentada é o Citroen C4 WRC com o qual Sébastien Loeb venceu o Rali de Monte Carlo de 2008.
Campeonato do Mundo de Ralis de 2008
O Campeonato do Mundo de Ralis teve início em Monte Carlo e sabia-se que apenas duas equipas teriam condições reais de lutar pelos títulos: a Ford que tinha vencido o título de marcas de 2007 e a Citroen que venceu o campeonato de pilotos. Contudo a Ford estava, na minha opinião, mais fraca porque o seu piloto de maior qualidade, Marcus Gronholm (finlandês) e grande rival de Loeb, tinha decidido abandonar a competição no final de 2007. Por outro lado a Subaru revelava-se de algum modo uma incógnita no entanto havia alguma margem para que pudesse causar alguma surpresa. Assim julgo que a Citroen iniciava o campeonato com alguma vantagem sobre a concorrência.
Sébastien Loeb, o melhor piloto de ralis da actualidade, mostrou no Rali de Monte Carlo a sua excelente forma e venceu concludentemente toda a concorrência sem margem para dúvidas. Mikko Hirvonen (finlandês) da Ford, ficou em segundo lugar e Chris Atkinson (australiano) da Subaru foi o terceiro. Monte Carlo foi o prenúncio do que seria o resto do campeonato.
No Rali da Suécia a Ford deu uma excelente resposta ao colocar três carros nos três primeiros lugares, beneficiando da desistência de Loeb com problemas no motor do seu Citroen C4 WRC. Jari-Matti Latvala, piloto finlandês da Ford, obteve na Suécia a sua primeira vitória no WRC. Hirvonen, seu colega de equipa foi o segundo classificado e Gigi Galli (italiano) da equipa Ford Stodbart foi o terceiro.
No Rali do México, Sébastien Loeb voltou à boa forma e venceu novamente, com Latvala (Ford) em segundo lugar e Atkinson (Subaru) em terceiro. Graças ao 4º lugar, Hirvonen manteve a liderança no campeonato com 21 pontos mas Loeb era segundo a um ponto de distância. A Ford também liderava com 37 pontos com a Citroen em segundo lugar com 25 pontos.
(continua)