05 julho 2010

Ferrari F187 - Gerhard Berger (1987)


Esta miniatura é da marca Ixo – La Storia.
Após vários anos a projectar os F1 da McLaren, John Barnard terminou a sua ligação com a equipa de Ron Dennis, o projecto MP4/2 estava esgotado e era agora tempo de iniciar uma nova parceria. Foi com essa ideia que John Barnard, ainda em 1986, chegou a acordo com a Ferrari para projectar os novos carro para a temporada de 1987.
O Ferrari F187, de 1987, teve já a contribuição de John Barnard, que contou também com a participação de Gustav Brunner. A equipa Ferrari manteve o piloto italiano, Michelle Alboreto e contratou piloto o austríaco Gerhard Berger (ex-Benetton) para substituir Stefan Johansson (sueco), que por sua vez rumou para a McLaren. Gerhard Berger tornara-se no último ano num piloto bastante promissor e Enzo Ferrari não perdeu tempo em contratá-lo.
O Ferrari F187 dispunha do motor Ferrari Tipo 033D de 1496 cc com 6 cilindros em V a 90º e debitava 880 cv de potência às 11500 rpm. Os pneus utilizados eram os GoodYear. Foi com uma nova esperança que a equipa Ferrari iniciou a temporada de 1987 tendo em vista apagar a má temporada de 1986, na qual não conseguiu resultados dignos de registo (i.e. sem vitórias, sem pole-positions e sem melhores voltas).
A nova temporada iniciou ainda sob o signo da McLaren, isto porque Alain Prost (francês) venceu o primeiro e o terceiro GP (Brasil e Bélgica); o piloto inglês, Nigel Mansell, da Williams venceu a segunda prova, em San Marino e Nelson Piquet sofria aqui um grave acidente que o afastaria da prova (diz-se que este acidente afectou a sua visão, dificultando a sua capacidade de pilotar). Era com alguma surpresa, ou talvez não, que Prost (bi-campeão) se via em primeiro lugar no campeonato, uma vez que o favoritismo ia todo para a Williams e seus pilotos (Mansell e Piquet).
A Ferrari por sua vez enfrentava algumas dificuldades, apesar de um resultado inicial satisfatório de Berger (4º no Brasil) e Alboreto (3º em San Marino). A temporada iria ser difícil para os homens de Maranello…
Seguiram-se duas vitórias para o brasileiro Ayrton Senna (Lotus) nos GP’s do Mónaco e EUA. Com estes resultados Senna assumia a liderança, enquanto Prost perdia a vantagem inicial; por sua vez Nelson Piquet começava a coleccionar segundos lugares. Na Ferrari, Gerhard Berger voltava a marcar pontos com os dois 4ºs lugares no Mónaco e nos EUA, por sua vez Michelle Alboreto subia ao pódio, 3º lugar no Mónaco.
Os seis GP’s que se seguiram à prova americana foram dominados pela Williams e seus pilotos, que assim se afirmaram como os principais candidatos aos títulos: Nigel Mansell venceu na França e na Grã-Bretanha enquanto Nelson Piquet, que continuava na sua senda de regularidade, terminava em segundo lugar nas duas provas; na Alemanha e Hungria, Nelson Piquet regista as suas primeiras vitórias do ano, assumindo a liderança do campeonato e beneficiando do facto de Mansell não ter pontuado nestas duas provas; no GP da Áustria Nigel Mansell volta às vitórias com Piquet em segundo lugar; no GP da Itália Piquet vence e beneficia com a intromissão de Senna em segundo, à frente de Mansell. Após vários GP’s sem pontuar a Ferrari consegue três pontos com o 4º lugar de Berger… as coisas pareciam querer melhorar para os lados de Maranello.
No GP de Portugal Alain Prost quebrava finalmente o mítico recorde de 27 vitórias de Jackie Setwart, que perdurava desde 1973. Contudo a 28ª vitória de Prost teve a inesperada resistência de Gerhard Berger; efectivamente o piloto da Ferrari fez a pole-position e esteve muito perto de impedir a vitória do francês: Berger assumiu a liderança da prova na segunda volta e só muito perto do final (a 3 voltas do fim) perdeu o primeiro lugar para Prost devido a um pião causado pela pressão que o francês vinha fazendo e pelo desgaste dos pneus do Ferrari. Salvou-se o segundo lugar… Piquet preocupado em amealhar mais pontos terminou na terceira posição.
Nos GP de Espanha e do México a Williams continuou em grande com Mansell a vencer as duas corridas mantendo a esperança de poder bater o seu colega de equipa, Piquet, na corrida pelo título. Desistindo na Espanha, Berger ainda chegou a liderar a prova mexicana mas abandonaria também.
No GP do Japão Nigel Mansell sofre nos treinos um aparatoso acidente que o afastou da corrida; deste modo ficava resolvida a questão do título a favor de Nelson Piquet. Era a conquista do seu terceiro título.
Dando mostras da subida de rendimento da Ferrari, Gerhard Berger efectuou a pole-position e liderou grande parte da corrida nipónica. Com esta vitória a Ferrari quebrou um jejum de mais de 2 anos sem vencer (a última vitória tinha acontecido no GP da Alemanha em 1985). Michelle Alboreto terminou a prova em 4º lugar.
A miniatura que hoje apresento é alusiva a esta vitória de Gerhard Berger no GP do Japão de 1987.
Para terminar o campeonato em grande a Ferrari dominou por completo o fim-de-semana em Adelaide: Berger efectuou a pole-position, liderou todas as voltas e venceu, juntado a isso a melhor volta da corrida; Michelle Alboreto “herdou” o segundo lugar depois da desclassificação de Ayrton Senna. Um resultado de sonho para a Ferrari, dando excelentes indicações para o campeonato de 1988… que não passariam disso mesmo, como todos nós sabemos.
A Williams conquista o título de construtores e Nelson Piquet sagra-se campeão. A Ferrari termina o ano na quarta posição, sendo Gerhard Berger o 5º classificado com 36 pontos (2 vitórias) e Michelle Alboreto o 7º com 17 pontos.
Os pilotos do Ferrari F187 em 1987 foram: Michele Alboreto #27 e Gerhard Berger #28.
Vitória: 2 (G. Berger: 2)
Pole-position: 3 (G. Berger: 3)
Melhor volta : 3 (G. Berger: 3)

8 comentários:

manuel disse...

Muy bonito.

Me gustan más los Ferraris con alerones delanteros y traseros de color negro que los blancos de Vodafone y ahora del Banco Santander.

maninho1967@hotmail.com disse...

É sempre bom estar por aqui e contemplar estas belas miniaturas. Forte abraço!

JB disse...

Mais uma bela miniatura.
A ixo apenas fez modelos da Ferrari no que toca a F1 ou fez miniaturas de outros carros de outras marcas?

JB

José António disse...

Interdomin, obrigado pela visita.
Tb gosto mais destes F1 clássicos...

José António disse...

Maninho, é sempre com grande prazer que recebo uma visita sua.
Grande abraço amigo.

José António disse...

JB, boa pergunta. Julgo que a Ixo apenas faz F1 da Ferrari. As outras miniaturas da Ixo são de outros temas: ralis, Le Mans, etc...
Obrigado pela visita.
Grande abraço

Alexandre Bacelar disse...

Olá José, parabéns pelo blog. Sou colecionador de miniaturas 1/18 especialmente F1. Tenho uma dúvida e gostaria que vc me ajudasse se possível. Vi que a CMC tem a Mercedes W195R e W196R, ambas aparecem como 1954 e 1955, você sabe qual a diferença? Pois estou a procura da que realmente foi a F1carenada de corrida. Abraço forte.

José António disse...

Olá Alexandre Bacelar.
Desde já agradeço o elogio e visita. Obrigado.

Em relação à pergunta:
pela pequena pesquisa efectuada parece que o W195R é o Mercedes W195 Speed Record-breach
ker de 1938 e que aparece tb como W125. ver http://en.wikipedia.org/wiki/Mercedes-Benz.

Agora o W196 de F1, pelo www.statsf1.com (é o site que utilizo para informações sobre F1), correu na F1 em 1954 e 1955 com duas designações: W196S (carenado) e W196 sem carenagem.

Já estive a ver o modelo da CMC e pela indicação de Mercedes Streamliner W196R (1954) este é o carenado (W196S pelo statsf1.com).

Consultando outros dois sites http://www.ultimatecarpage.com e http://www.conceptcarz.com não aparece nenhuma indicação do W195...

Bem espero que tenha sido útil.
Grande abraço e disponha sempre
José