29 setembro 2006

Lotus 25 - Jim Clark (1963)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
O Lotus 25 estreou-se na Formula 1 em 1962, foi o primeiro carro da Formula 1 a utilizar o chassis monocoque. O brilhante Colin Chapman (inglês), fundador da Lotus, que era um constante inovador, resolveu introduzir a construção do chassis monocoque na Formula 1 pela primeira vez. O peso do carro era uma das preocupações de C. Chapman por isso aproveitava todas as ideias que lhe permitissem reduzir esse peso, daí a utilização do chassis monocoque que era leve, resistente e rígido. E no qual eram montados os componentes mecânicos. Em 1962, o Lotus 25 só não saiu vitorioso no campeonato por que sofreu várias quebras mecânicas, como já referir no post “BRM P57 - Graham Hill (1962)”. Mas o ano de 1963 iria ser completamente diferente.
O campeonato de 1963 não teve discussão e tudo por culpa do fabuloso trio Jim Clark/Lotus/Colin Chapman. O campeonato foi completamente dominado por Jim Clark (escocês) no Lotus 25 ao efectuar a pontuação máxima possível. De referir que nessa época disputaram-se 10 GPs mas apenas eram considerados os 6 melhores resultados para a classificação final. Jim Clark venceu 7 Gp (Bélgica, Holanda, França, Grã-Bretanha, Itália, México e Africa do Sul) mas apenas foram contabilizadas 6 vitórias para a classificação final: 54 pontos, a pontuação máxima!! Mas para além das 7 vitórias, com que estabeleceu o record de vitórias numa só época e que só viria a ser batido em 1988 por Ayrton Senna com 8 vitórias, alcançou também um segundo e terceiro lugar que igualmente não contaram para a sua classificação. Apenas não pontuou no primeiro GP da época no Mónaco porque desistiu devido a um acidente, o vencedor foi Graham Hill no BRM, (a sua primeira das quatro vitorias no Mónaco). G. Hill venceria também o Gp dos EUA e John Surtees daria a única vitória do ano à Ferrari (já não vencia desde 1961) no Gp da Alemanha. Graham Hill foi o segundo classificado no campeonato com apenas 29 pontos. A Lotus venceu sem oposição o campeonato de construtores e a BRM ficou no segundo lugar.

Nesse ano de 1963 os pilotos do Lotus 25 foram: Jim Clark, Trevor Taylor, Jack Brabham (apenas 1 Gp), Pedro Rodriguez, Mike Spencer (apenas 1 Gp) e Peter Arundell.
Vitórias: 7 (J. Clark: 7)
Pole-position: 7 (J. Clark: 7)
Melhor volta : 6 (J. Clark:6)

28 setembro 2006

Jaguar MkII - Bernard Consten (Tour de França de 1960)



A miniatura apresentada faz parte da colecção RallyCar Collection.
A prestigiada marca Jaguar sempre esteve envolvida em competições automobilísticas, desde as provas de resistência aos ralis passando também pela Formula 1 (até à bem pouco tempo).
O Jaguar MkII, com um motor de 3800cc e 220cv, tornou-se na berlina de série mais rápida da história. O Jaguar MkII ficou célebre ao vencer quatro vezes consecutivas o Tour de France (de 1960 a 1963) na categoria de Turismo pilotado pelo francês Bernard Consten. O Jaguar MkII ainda foi utilizado em vários ralis.
A informação sobre este modelo é escassa assim como sobre a história dos ralis (quer nacional quer internacional), agradeço se alguém souber de mais alguma informação ou se conhecer algum site sobre ralis que possa fornecer dados históricos.

26 setembro 2006

Ford Escort RS 1800 MkII - J. Santos - M. Oliveira (Rali de Portugal de 1983)

A miniatura apresentada faz parte da colecção Os Nossos Campeões de Ralis.
O Ford Escort MkII foi um carro bastante utilizado nos ralis, quer a nível internacional quer a nível nacional. Era um carro bastante competitivo e fiável que travaria grandes “lutas” nos ralis, especialmente contra o Fiat 131 Abarth.
Esta é a versão do Ford Escort RS 1800 MkII da equipa Diabolique Motorsport para o Rali de Portugal de 1983, guiada pelo campeão nacional de ralis Joaquim Santos e o seu co-piloto Miguel Oliveira. O Rali de Portugal era muito importante para qualquer equipa com aspirações ao título nacional. Isto porque em termos de pontuação para o campeonato nacional o Rali de Portugal, como era uma prova pontuável para o Campeonato do Mundo, valia mais do que as outras prova nacionais. Logo para a equipa Diabolique Motorsport o objectivo era ser a melhor equipa nacional no Rali de Portugal. Objectivo esse que veio a ser alcançado depois de ultrapassadas algumas dificuldades, umas a nível mecânico e outras criadas pelos outros pilotos nacionais mas que foram desistindo etapa após etapa deixando Joaquim Santos (Ford Escort) na quarta etapa com uma vantagem confortável.

Joaquim Santos foi o melhor português terminando o Rali de Portugal no 15º lugar da classificação geral. A equipa Diabolique Motorsport viria assim a repetir o sucesso de 1982 ao vencer o campeonato nacional de 1983.

25 setembro 2006

Ford Transit MkI - Diabolique (1983)

Faço agora um intervalo na sequência de posts que vinha fazendo sobre o tema Formula 1. Este é o primeiro post sobre o tema Ralis que irei intercalando com o tema da Formula 1. O cenário que vou utilizar para tirar as fotografias das miniaturas de rali pertence à colecção Os Nossos Campeões de Ralis, é uma oferta para os assinantes da colecção. Apesar de estar muito melhor informado sobre a Formula 1 que é o tema que domino melhor em relação aos ralis, tentarei ser o mais correcto possível há cerca da informação que irei colocar sobre cada uma das miniaturas de rali. Essa informação será baseada nos fascículos de cada colecção.
A miniatura apresentada é uma Ford Transit MkI que também é uma das ofertas para os assinantes da colecção Os Nossos Campeões de Ralis, assim como os dois mecânicos e o atrelado para transportar o Ford Escort MkII. Todo o conjunto representa a equipa da Diabolique que participou no Rali de Portugal de 1983. Como se pode verificar a qualidade das miniaturas é bastante boa.

22 setembro 2006

Porsche 804 - Dan Gurney (1962)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
A característica visível do Porsche 804 era a turbina que se encontrava situada entre as trombetas de admissão, que estavam cobertas pela carroçaria. Como não tinha radiador, a refrigeração era feita por ar, o motor boxer era fornecido de ar pela turbina que se situava na parte superior.
Foi ao volante deste Porsche 804, no GP da França em 1962, que Dan Gurney (americano) venceu o seu primeiro GP na Formula 1. Foi também a primeira e única vitória de um Porsche na Formula 1. A Porsche viria a alcançar o sucesso na Formula 1 no futuro mas como fornecedor de motores.
Em 1962 a Porsche viveu momentos difíceis devido à falta de condições que lhe permitissem desenvolver e testar o Porsche 804, que tinha vários problemas que eram atribuídos à falta de rodagem. No entanto, consegue a sua primeira e única vitória na Formula 1 no GP da França. Nesse GP, a Ferrari não participou devido à greve dos seus mecânicos. No GP da Alemanha, Dan Gurney obtém a pole-position e termina em terceiro lugar. No resto do ano nada mais há a destacar, apenas alguns pontos alcançados noutros GP. Tanto Dan Gurney como a Porsche terminam os respectivos campeonatos em quinto lugar. Dan Gurney viria a fundar a sua própria equipa (Eagle) em finais de 1965 chegando mesmo a vencer um GP pilotando um Eagle.
A Porsche resolve retirar-se da Formula 1 e apostar apenas nas competições de sport: para ter sucesso não poderia estar envolvido nas duas competições.

Os pilotos do Porsche 804 em 1962 foram: Dan Gurney e Jo Bonnier.
Vitórias: 1 (D. Gurney: 4)
Pole-position: 1 (D. Gurney: 1)
Melhor volta : 0

21 setembro 2006

BRM P57 - Graham Hill (1962)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
O grande trunfo do BRM P57 em 1962 foi a sua fiabilidade, enquanto Graham Hill (inglês) garantia o talento ao volante. O BRM P57 era 100% britânico, todos os seus componentes eram fabricados na Grã-Bretanha.
O campeonato de 1962 é antecedido por diversos factores decisivos: o abandono de Tony Brooks em 1961 da Formula 1, por muitos considerado mais talentoso do que G. Hill e abandonando cedo demais; e o acidente de Stirling Moss, ainda antes de começar a temporada de 1962, que ditaria o fim da sua carreira na Formula 1. Stirling Moss escapou milagrosamente desse acidente, esteve um mês inconsciente e o seu lado esquerdo ficou paralisado durante 6 meses. Era o final da carreira do “eterno não campeão”. Stirling Moss embora não tivesse obtido nenhum título mundial merecia-o. Começou a sua carreira na Formula 1 em 1951; em 1954 é 13º classificado; quatro vezes vice-campeão do mundo (1955, 1956, 1957 e 1958) e três vezes terceiro classificado (1959, 1960 e 1961) – 16 vitórias; 16 pole-position; 19 melhores voltas.
Na abertura do campeonato, Graham Hill obtêm a sua primeira vitória na Formula 1, no GP da Holanda. Seguiu-se um sexto lugar no Mónaco, segundo lugar na Bélgica, desistência na França, quarto lugar na Grã-Bretanha, duas vitórias na Alemanha e Itália, e segundo lugar nos EUA. A decisão do campeonato, entre G. Hill e Jim Clark (escocês) no Lotus 25, ficou então para o último GP da temporada, na Africa do Sul. E tudo indicava que o título iria para Jim Clark. Quando liderava confortavelmente o GP, uma fuga de óleo leva-o à desistência. Graham Hill vence e torna-se campeão do mundo com 42 pontos contra 30 de J. Clark. Mesmo sofrendo várias quebras mecânicas, Jim Clark no Lotus 25, provou em pista a rapidez do Lotus 25 que fez mais pole-positions e melhores voltas que o BRM P57, o “pecado” era mesmo a fragilidade do Lotus 25. Em 1963, resolvida a questão da fiabilidade tudo seria diferente. A BRM vence o título de construtores também na última prova com 42 pontos, a Lotus é segunda classificada com 36 pontos.

Os pilotos do BRM P57 em 1962 foram: Graham Hill e Richie Ginther.
Vitórias: 4 (G. Hill: 4)
Pole-position: 1 (G. Hill: 1)
Melhor volta : 3 (G. Hill: 3)

19 setembro 2006

Ferrari 156 - Phil Hill (1961)



Esta miniatura é da marca Brumm. Modelo utilizado por Phil Hill no GP do Mónaco em 1961 (3º lugar). Este modelo da Ferrari foi utilizado na Formula 1 durante 4 temporadas (1961, 1962, 1963 e 1964).
Enquanto as equipas britânicas reagiam contra a introdução da nova regulamentação de 1500cc para o ano de 1961, a Ferrari preparou um motor adequado às novas regras. Esse motor V6 foi montado num chassis de estrutura tridimensional cuja característica principal era o aspecto frontal em forma de “nariz de tubarão” com duas aberturas gémeas.
O campeonato de 1961 foi bastante interessante, com boas corridas e, infelizmente, com tragédia à mistura. Logo na prova inicial, no GP do Mónaco, assistiu-se a uma grande performance de Stirling Moss no Lotus 18 da equipa de Rob Walker. Apesar da diferença de 35cv para os motores Ferrari, Moss conseguiu compensar essa desvantagem com a sua habilidade e venceu de forma brilhante. Moss alcançou a pole-position mas na grelha de partida foi detectado um problema num tubo que foi logo prontamente soldado, sendo os tanques de combustível protegidos com toalhas húmidas!! Moss vence, numa árdua luta, Richie Ginther (inglês) e Phill Hill (americano) ambos em Ferrari 156.
A Ferrari vence os quatro GP seguintes: na Holanda vence o alemão Wolfgang Von Trips), na Bélgica o vencedor é Phil Hill, na França vence o italiano Giancarlo Baghetti (foi a sua primeira participação na Formula 1 e não voltaria a vencer mais nenhum grande prémio) e na Inglaterra vence novamente W. Von Trips.
No GP da Alemanha, em Nurburgring com 300.000 espectadores, novamente uma brilhante vitória de S. Moss. Contra todos os prognósticos Moss volta a bater os Ferrari 156 com o inferior Lotus 18/21. Numa jogada de mestre, Moss esconde dos adversários que tipo de pneus iria utilizar para assim compensar a falta de velocidade em relação aos Ferrari na longa recta (onde perdia cerca de 4 segundos) mas sendo mais rápido nas zonas sinuosas do longo circuito de Nurburgring.
Em Monza, a tragédia do alemão Wolfgang Von Trips e a resolução do campeoanto em favor de Phil Hill. O campeonato estava a ser discutido pelos dois pilotos da Ferrari, Von Trips e Phil Hill. Durante a prova, W. Von Trips e o escocês Jim Clark (Lotus), iam envolvidos numa disputa de lugares quando os dois carros embatem e o Ferrari voou, literalmente, causando a morte a 14 espectadores. O escocês escapa ileso mas Von Trips morre em consequência dos ferimentos. A Alemanha teria de esperar mais 33 anos para ter um campeão do mundo na Formula 1. Phil Hill vence o GP e sagra-se campeão do mundo, à frente de Von Trips e de Striling Moss, em terceiro. A Ferrari vence o campeonato de construtores mesmo não participando no último GP da temporada, nos EUA.

Os pilotos do Ferrari 156 para 1961 foram: Phill Hill, Richie Ginther, Wolfgang Von Trips, Giancarlo Baghetti (semi-independente), Ricardo Rodriguez, Olivier Gendebien e Willy Mairess (este dois apenas numa prova).
Vitórias: 5 (P. Hill: 2; W. Von Trips: 2; G. Baghetti: 1)
Pole-position: 6 (P. Hill: 5 W. Von Trips: 1)
Melhor volta : 5 (P. Hill: 2; R. Ginther:2; G. Baghetti: 1)

18 setembro 2006

Cooper-Climax T53 - John Surtees (1961)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1. Mais uma imprecisão no número do modelo: Jonh Surtees nunca utilizou o número 2 no Cooper T53 durante o ano de1961.
Este modelo, o Cooper T53, foi utilizado por John Surtees em 1961 na equipa Yeoman Credit. O Cooper T53, que já tinha sido usado em 1960 com sucesso (Jack Brabham foi campeão num T53), apresentava uma alteração: foi adaptado às regras que entravam em vigor para 1961. Essas regras já anunciadas em 1958 e previstas para 1961 limitavam a cilindrada dos motores que passava de 2500cc para 1500cc. Em 1958 as equipas inglesas não acreditaram que esta regra iria vigorar logo não se prepararam convenientemente para as novas regras da Formula 1. Quando se aperceberam que a regra dos 1500cc era mesmo para manter já era tarde de mais...
A Cooper adaptou o T53 com os motores Clímax de 1500cc que eram utilizados na F2. O Cooper T53, em 1961, era já um carro obsoleto, sem evolução (apenas com a adaptação dos motores) não conseguiu resultados de relevo. Não houve vitórias, nem pole-position, nem melhores voltas, apenas conseguiu pontuar algumas vezes. No campeonato desse ano houve outros pilotos que utilizaram vários modelos da Cooper (T51, T55, e T58) embora os resultados não tenham sido muito superiores aos do T53. A Cooper termina o campeonato em 4º lugar.

Em 1961, os pilotos do Cooper T53 foram: equipa Yeoman Credit: John Surtees e Roy Salvadori, outro pilotos: Jackie Lewis, Masten Gregory, Lorenzo Bandini, Bernard Collomb, Roger Penske, Hap Sharp e Walt Hansgen.
John Surtees, britânico, que venceria mais tarde o campeonato do mundo da Formula 1 viria a ser o único piloto a vencer campeonatos mundiais em duas e quatro rodas.

15 setembro 2006

Cooper-Climax T51 - Jack Brabham (1959)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
O grande contributo do Cooper T51 foi mostrar as vantagens da utilização do motor traseiro. Tornava os carros mais ágeis e eficazes. O T51 de 1959 não foi o primeiro monolugar com motor traseiro mas chegou no momento oportuno e foi fundamental na alteração do design da Formula 1. O facto de o motor traseiro se situar junto às rodas motrizes fez com que o eixo da transmissão não fosse necessário. Isto significou uma simplificação e menor peso permitindo baixar a posição do piloto. O Cooper T51 utilizava o motor Coventry Clímax, que tinha apenas 240cv contra os 280cv da Ferrari e BRM, mas o facto de ser mais leve deu-lhe a vantagem que necessitava para bater os Ferrari e BRM.
Em 1959, para além da equipa oficial da Cooper (Jack Brabham e Bruce McLaren), havia a equipa de Rob Walker (Stirling Moss e Maurice Trintignant) que utilizava os Cooper T51 embora a caixa de velocidades fosse outra. Stirling Moss continuava com o seu eterno problema: a falta de fiabilidade do seu carro. Há quem afirme que foi devido a essa caixa de velocidades, utilizada pela equipa de Rob Walker nos Cooper T51, que Stirling Moss perdeu o campeonato, ficando em terceiro lugar atrás de Tony Brooks (Ferrari) e de Jack Brabham (Cooper) que venceria o seu primeiro campeonato com 2 vitórias. J. Brabham, australiano, viria a ser e é, actualmente, o único campeão do mundo a vencer um mundial com o seu próprio carro. A equipa Cooper venceu o campeonato de construtores, sendo a Ferrari a segunda classificada.
Na equipa oficial da Cooper estava Bruce McLaren que uns anos mais tarde viria a fundar a equipa McLaren.
Neste ano realizou-se o segundo Grande Prémio de Portugal, o primeiro tinha sido no ano anterior. A prova realizou-se no circuito de Monsanto e contou com a presença de um piloto nacional: Mário Araújo Cabral. Pilotava um Cooper-Maserati, partiu das últimas posições e tornou-se no primeiro piloto português na Formula 1. Stirling Moss (Cooper T51) vence o GP de Portugal, demonstrando as vantagens do motor traseiro que não tardaria em ser a regra até aos nossos dias. “Nicha” Cabral terminaria a prova em décimo lugar.

Neste ano de 1959, os pilotos do Cooper T51 foram: equipa oficial – Jack Brabham e Bruce McLaren; Rob Walker Team – Stirling Moss e Maurice Trintignant. Houve outros pilotos privados que utilizaram este modelo.
Vitórias: 5 (J. Brabham: 2; S. Moss: 2; B. McLaren: 1)
Pole-position: 5 (J. Brabham: 1; S. Moss: 4)
Melhor volta : 5 (J. Brabham: 1; B. McLaren: 1; S. Moss: 2; M. Trintignant: 1)

14 setembro 2006

Maserati 250F - Juan Manuel Fangio (1957)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
O Maserati 250F era considerado um carro “clássico” sem grandes inovações técnicas mas era um modelo bastante harmonioso e equilibrado, previsível e controlável, que quando conduzido por um grande campeão, como Juan Manuel Fangio, tornou-se num carro dominador. Por essas características teve uma longa vida activa desde 1954 até 1957 como carro oficial de fábrica e mais três temporadas com os pilotos independentes. Foram construídos 26 Maserati 250F.
Em 1957, o argentino Juan Manuel Fangio deixa a Mercedes (que entretanto se retirou das competições) e volta a pilotar para a Maserati. Nesse ano houve maior competitividade porque passaram a existir três marcas com potencial para vencer e houve uma maior distribuição dos pilotos ganhadores. O campeonato viria a ser ganho por Juan Manuel Fangio, o seu quinto título e quarto consecutivo, seguido de Stirling Moss (Vanwall). Foi com o Maserati 250F, nesse ano, que Fangio alcançou a sua última vitória na Formula 1 no mítico circuito de Nurburgring (20,8 km). E que vitória!!
Juan Manuel Fangio alcançou a pole-position e liderou o início da prova até à 12ª volta, quando entra na box para abastecer e trocar de pneus. Fangio tinha iniciado a prova apenas com meio tanque de combustível, graças a essa táctica conseguiu 31 segundos de vantagem sobre os seus adversários. Mas perde muito tempo na box e quando regressa à pista está com um atraso de 50 segundos para os líderes. Após duas voltas começa a maior recuperação da sua carreira e um dos momentos mais fascinantes da história da Formula 1. Pilotando como nunca tinha feito, Fangio, foi batendo recorde de volta sobre recorde durante 10 voltas seguidas. Na penúltima volta estava a 6 segundos de Mike Hawthorn (Ferrari) e Peter Collins (Ferrari), ultrapassando-os na última volta vencendo o GP de Nurburgring. Foi a sua última vitória e a mais sensacional da sua carreira e uma das mais inesquecíveis da história da Formula 1. Moss, no final disse “Esta foi talvez a maior performance de todos os tempos”, Fangio confessava: ”Hoje fiz coisas que jamais fiz numa pista...Qualquer que for a forma como se olhe para esta corrida, ela foi simplesmente fantástica. Eu atingi os meus limites de concentração e de determinação para ganhar. Foi isso que me permitiu arriscar daquele modo.” Naquele tempo, com aqueles carros (que já atingiam os 250km/h ou mais), com aqueles pneus e travões, naqueles circuitos...

Nesse ano de 1957 os pilotos oficiais do Maserati 250F foram: Juan Manuel Fangio, Jean Behra. Houve uma dúzia ou mais de pilotos semi-oficiais ou privados que utlizaram o Maserati 250F (incluindo Stirling Moss na primeira prova do ano, GP da Argentina, conseguindo a pole-position e a melhor volta da corrida, nas restantes provas do campeonato conduziu o Vanwall VW5).
Vitórias: 4 (J. M. Fangio: 4)
Pole-position: 5 (J. M. Fangio: 4; S. Moss: 1)
Melhor volta : 3 (J. M. Fangio: 2; S. Moss: 1)

12 setembro 2006

Vanwall VW5 - Stirling Moss (1957)


Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
O Vanwall VW57 conseguiu a primeira vitória totalmente britânica (carro e piloto) na história da Formula 1. Esse feito aconteceu no GP da Grã-Bretanha de 1957. No entanto essa vitória foi a “meias”.Na época, a Formula 1 permitia que os pilotos, durante a prova, podiam ceder o carro ao seu colega de equipa, partilhando o resultado. E neste caso foi isso que aconteceu. No GP da Grã-Bretanha, Stirling Moss (Vanwall VW5) conseguiu obter a pole-position mas durante a prova, à 20ª volta, o motor começou a falhar. Quando Tony Brooks, seu colega de equipa, para na box cede o seu lugar a Moss que consegue recuperar desde 9º lugar até à vitória. Estava consumada a primeira vitória totalmente britânica da Formula 1.
Stirling Moss viria a ficar em segundo lugar no campeonato atrás de... Juan Manuel Fangio (5º titulo)... era o seu terceiro vice-campeonato consecutivo sempre atrás de Fangio. No ano seguinte voltaria a ser vice-campeão. Diz-se que “em Stirling Moss convergem duas circunstâncias decisivas: ser muito bom e encontrar alguém ainda melhor – Fangio -, correndo quase sempre em inferioridade técnica".
Nesse ano de 1957 os pilotos do Vanwall VW5 foram: Stirling Moss, Tony Brooks, Stuart Lewis-Evans e Roy Salvadori (apenas uma prova).
Vitórias: 3 (S. Moss: 6; T. Brooks e S. Moss: 1 a “meias”)
Pole-position: 3 (S. Moss: 2; S. Lewis-Evans: 1)
Melhor volta : 3 (S. Moss: 2; T. Brooks:1)

Ferrari 500 F2 - Rudi Fischer (GP da Suíça 1952)


Esta miniatura é da marca Quartzo. Um leitor do blog, que eu agradeço, alertou-me para um pormenor da miniatura que poderá não estar correcto com a realidade: os escapes do lado esquerdo da miniatura. Em 1952 o Ferrari 500 não terá utilizado estes escapes, que só foram utilizados no Ferrari 500 mas do ano de 1953. Assim deduzo que poderá haver um erro na concepção da minitura ao nível dos escapes e que o modelo apresentado é realmente de Rudi Fischer no GP da Suíça de 1952 ou então o carro não é de R. Fisher e sim de Jacques Swaters no GP da Bélgica em 1953, que também tinha o número 43, embora não tenha participado na corrida.
Apesar do modelo aqui apresentado não pertencer a nenhum dos grandes pilotos da época, este Ferrari 500 F2 foi dominante nos campeonatos de 1952 e 1953. O Ferrari 500 F2 ganhou todos os grandes prémios com excepção do GP de Itália de 1953 (e as duas edições das 500 milhas de Indianápolis) permitindo a Ascari estabelecer o record, ainda vigente, de 9 vitórias consecutivas. Essa foi a única prova que Juan Manuel Fangio vence, em Maserati, nesses dois anos. Em 1952 não participa em nenhum grande prémio devido a um grave acidente sofrido em Monza. Foi também em 1952 que se tornou obrigatório o uso do capacete na Formula 1.
Esses dois campeonatos foram bastante monótonos por várias razões. Entre essas razões estão: o abandono da Alfa Romeo (final de 1951), o adiamento do regresso da Mercedes para 1954 e a fraca competitividade das outras marcas em face da bem preparada Ferrari. A organização antes de o início do campeonato decidiu que seria a F2 a ocupar o lugar da F1 durante os anos de 1952 e 1953 até começar a nova Formula 1 de dois litros e meio prevista para 1954 (o que levou o adiamento da entrada da Mercedes para o ano de 1954, assim como motivou o abandono da Alfa Romeo). A principal alteração era ao nível dos motores: 2.000cc (atmosféricos) e 500cc (sobrealimentados) para os anos de 1952 e 1953 em vez dos 4.500cc (atmosféricos) e 1.500cc (sobrealimentados).
Estas alterações nos regulamentos fizeram com que mais garagistas aparecessem no campeonato porque os carros eram mais acessíveis.

Nesse ano de 1952 os pilotos do Ferrari 500 F2 foram: Alberto Ascari, Piero Taruffi, Giuseppe Farina, Luigi Villoresi, André Simon (apenas 1 prova), Luís Rosier, Charles de Tornaco, Roy Salvatori e Rudi Fischer (cliente da Ferrari).
Rudi Fischer, suíço, na sua carreira participou apenas em 7 grandes prémios, 5 dos quais em 1952 com o Ferrari 500 F2, comprado à Ferrari. A melhor classificação que conseguiu foi um 2º lugar no GP da Suíça de 1952 (versão da miniatura que é apresentada??), terminando em 4º lugar no campeonato. O campeão desse ano foi Alberto Ascari com o Ferrari 500 F2. De salientar que a Ferrari nesse ano consegue colocar quatro pilotos nos primeiros quatro lugares do campeonato.
Vitórias: 7 (A. Ascari: 6; G. Farina:1)
Pole-position: 7 (A. Ascari: 5; G. Farina:2)
Melhor volta : 7 (A. Ascari: 5; G. Farina:1; P. Taruffi: 1)

11 setembro 2006

Lancia D50 - Alberto Ascari (1955)


Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1. Este modelo contém o seguinte erro: o Lancia D50 com o número 4 nunca foi utilizado.
Este modelo tinha um elemento característico que eram os dois pontões laterais, entre as rodas dianteiras e traseiras, onde levava o combustível.
O lento desenvolvimento do Lancia D50 levou a que a sua estreia só acontecesse no GP da Espanha de 1954, o último da temporada. Alberto Ascari, o italiano bi-campeão, conseguiria a pole-position mas viria a desistir quando liderava a prova.
O Lancia D50 deveria ter sido, em 1954-55, o grande rival do Mercedes W196, no entanto devido a várias avarias mecânicas e dificuldades económicas não conseguiu materializar em vitórias toda a sua potencialidade. No entanto, o Lancia D50 não deixou de ser considerado como estando ao nível do Mercedes W196.
Em 1955, Alberto Ascari, quando liderava o GP do Mónaco, perde o controlo do Lancia D50 caindo ao mar, escapando apenas com algumas escoriações. Este seria o último GP de Ascari. Quatro dias depois faleceu num acidente quando testava um Ferrari sport. Em SPA, Castellotti conseguiu a pole-position. Era o último GP da Lancia.
Com a morte de Ascari e os problemas financeiros que a Lancia atravessava, levam Gianni Lancia a decidir-se pelo abandono da Formula 1.
Num esforço entre a Federação Italiana e a FIAT ficou acordado que a Ferrari ficaria com todos os activos da Lancia. Desta maneira a Ferrari que vivia dias difíceis a nível desportivo recebe os Lancia D50 muito superiores aos Ferrari 555 e os utiliza em 1956 (Ferrari D50) com resultados completamente diferentes aos da Lancia em 1955.
Nesse ano os pilotos da Lancia foram: Alberto Ascari, Eugénio Castellotti, Giuseppe Farina (não se qualificou para o GP de Itália), Luigi Villoresi e Luís Chiron (apenas 1 prova).
Vitórias: 0 (Castellotti ficou em 2º lugar no Mónaco)
Pole-position: 1 (E. Castelotti)
Melhor volta : 0

07 setembro 2006

Mercedes W196 - Juan Manuel Fangio (1955)


Esta miniatura pertence à colecção 100 Anos de Desporto Automóvel.
Este modelo representa a outra versão do Mercedes W196, de rodas “abertas”.
Neste ano de 1955 a Mercedes volta a dominar por completo o campeonato do mundo. No entanto após um grave acidente nas 24 Horas de Le Mans, com um Mercedes 300SLR pilotado pelo francês Pierre Levesh, no qual morreram mais de 80 espectadores, a Mercedes tomou a decisão de se retirar da Formula 1 no final desse ano. Como consequência desse acidente, as competições automobilísticas foram proibidas na Suíça até hoje. E os Grandes Prémios da França, Alemanha e Suíça desse ano foram cancelados.
Juan Manuel Fangio conseguiu vencer o seu terceiro título, tendo o seu colega de equipa, Stirling Moss, terminado em segundo lugar no campeonato.

Alberto Ascari, bi-campeão (1952 e 1953), morreu quando ensaiava um Ferrari sport em Monza.
Nesse ano os pilotos foram: Juan Manuel Fangio, Stirling Moss, Piero Taruffi, Karl King, Hans Herrmann, Herrmann Lang (apenas 1 prova) e André Simon (apenas 1 prova).
Vitórias: 5 (J. M. Fangio: 4; S. Moss:1)
Pole-position: 4 (J. M. Fangio: 3; S. Moss :1)
Melhor volta : 5 (J. M. Fangio: 3; S. Moss:2)

Assim terminou a participação da Mercedes na Formula 1, ao fim de 12 grandes prémios (1954 e 1955). Conseguiu vencer 9 provas, obteve 8 pole-positions e 9 melhores voltas. O regresso à Formula 1 ficou para o ano de 1994 como fornecendor de motores à equipa Sauber. Actualmente fornece os motores à McLaren, desde 1995.

Mercedes W196 - Juan Manuel Fangio (1954)



Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1.
1954 foi o ano escolhido pela Mercedes para regressar em força às competições. No entanto só à quarta prova é que se dá a estreia do Mercedes W196, vencendo o Grande Prémio da França. Este modelo tinha uma particularidade visível que o destacava dos outros, era carenado. No entanto viria a ser utilizada uma versão de rodas “abertas”.
O argentino Juan Manuel Fangio viria a sagrar-se campeão do mundo em 1954, no entanto tinha começado a temporada emprestado (que se deveu ao facto da Mercedes não ter o W196 pronto para o início da época) à Maserati, vencendo 2 provas. À quarta prova dá-se a estreia da Mercedes, já com Juan Manuel Fangio que vence 4 das 6 provas restantes do campeonato, conquistando assim o seu segundo título.
Foi também nesse ano que se registou o primeiro acidente mortal deste o início do campeonato do mundo em 1950: Onofre Marimon, argentino, nos treinos para o GP de Nurburgring, com um Maserati.
Nesse ano foram 4 os pilotos oficiais que utilizaram este modelo: Juan Manuel Fangio, Karl King, Hans Hermann e Hermann Lang (apenas 1 prova).
Vitórias: 4 (J. M. Fangio: 4)
Pole-position: 4 (J. M. Fangio: 4)
Melhor volta : 4 (J. M. Fangio: 2; K. King:1; H. Hermann:1)

06 setembro 2006

Alfa Romeo 158 - Giuseppe Farina (1950)


Esta miniatura pertence à colecção Grand Prix Mitos da Formula 1. Este modelo contém o seguinte erro: Guiseppe Farina nunca utilizou o número 4 em 1950.
O italiano Giuseppe Farina, conduzindo um Alfa Romeo 158, foi o primeiro campeão da história da Formula 1 em 1950. Nesse ano ainda não existia campeonato de construtores, que só viria a ser constituído em 1958, mas se já existisse a Alfa Romeo teria vencido. Tal foi o domínio da Alfa Romeo nesse ano que venceu 6 das 7 provas que faziam parte do campeonato do mundo de Formula 1. Só não venceu a famosa Indianapolis (que era uma prova realizada por pilotos americanos) mas que só entrava no campeonato da Formula 1 para que este se tornasse verdadeiramente mundial visto que esta era a única prova que se realizava fora da Europa. Esta prova viria a realizar-se até 1960. O primeiro Grande Prémio de Formula 1 que se realizaria fora da Europa foi o GP da Argentina em 1953.
Nesse ano de 1950 foram 6 os pilotos que utilizaram este modelo: Giuseppe Farina, Juan Manuel Fangio, Luigi Fagioli, Reg Parnell, Consalvo Sanesi e Piero Taruffi (estes últimos três pilotos apenas em uma prova cada um).
Vitórias: 6 (G. Farina: 3 - J. M. Fangio: 3)
Polé-position: 6 ( G. Farina: 2 - J. M. Fangio: 4)
Melhor volta : 6 (G. Farina: 3 - J. M. Fangio: 3)

05 setembro 2006

McLaren MP4/2B - Niki Lauda (1985)


Esta é uma das minhas primeiras aquisições.
McLaren TAG Porsche MP4/2B conduzido por Niki Lauda em 1985, na sua última época na Formula 1.
John Barnard foi responsável por este modelo da McLaren. Barnard dizia que um bom projecto podia durar anos. Graças a este modelo a McLaren conquistou muitos exitos.
Modelo usado em 1985 pelos pilotos Niki Lauda e Alain Prost (que conquistaria o seu primeiro titulo nesse mesmo ano):
Vitórias: 6 (Prost: 5 - Lauda: 1)
Pole-positions: 2 (Prost: 2)
Voltas mais rápidas: 6 (Prost: 5 - Lauda:1)

O Princípio.

O início da minha colecção foi em 1996. Inicialmente a minha intenção era apenas coleccionar as miniaturas do meu piloto preferido da Formula 1. Mas depressa perdi essa pretensão que passou a ser apenas os modelos da Formula 1.
No entanto começou a aparecer no mercado várias colecções de miniaturas que fizeram a minha colecção evoluir também para os ralies.
Por isso actualmente a minha colecção de miniaturas é composta maioritariamente por modelos da Formula 1 e de Ralies.

Assim desde que tenha algum tempo vou colocando os modelos da minha colecção aqui no Quatro Rodinhas acompanhados de textos que falarão do modelo em análise.

O Motivo

Bem vindos ao meu blog.
Ao fim de vários meses a frequentar outros blogs resolvi iniciar-me na blogomania. Assim como outros, o tema do meu blog é sobre uma paixão, que no meu caso é o coleccionismo de miniaturas desportivas à escala de 1/43.


O meu hobbie nasce do facto de gostar de desporto automóvel, sendo a Formula 1 a minha modalidade preferida.

Como o blog é sobre miniaturas à escala 1/43 vai designar-se de "Quatro Rodinhas".

Mais uma vez, bem vindos e espero que gostem.