13 fevereiro 2007

Opel Ascona 400 - W. Rohrl - C. Geistdorfer (Rali de Monte Carlo 1982)


Esta miniatura pertence à colecção RallyCar Collection.
Esta miniatura é do Opel Ascona 400 com o qual o alemão Walter Rohrl foi campeão mundial de ralis em 1982. Esta é a versão utilizada no Rali de Monte Carlo em 1982, rali que Walter Rohrl venceu.
O Opel Ascona 400 estava equipado com um motor Cosworth de 16 válvulas, 2420 cc e debitava 270 cv. No ano de 1982, a Opel conseguiu o patrocínio da Rothmans que tinha apoiado a Ford em 1981. Era um carro leve e equilibrado, ganhou apenas seis ralis no Mundial mas permitiu a Walter Rohrl (venceu dois ralis em 1982) a regularidade suficiente para bater os todos poderosos Audi Quattro no ano de 1982. O Opel Ascona 400 venceu ralis como o Monte Carlo, Grécia, Quénia e Safari.
O campeonato de 1982 marcou o aparecimento do Grupo B, carros construídos com grande liberdade de materiais, motores e caixas. Para homologar estes carros era necessário construir apenas 200 unidades de cada modelo. O campeonato ficou marcado pela disputa do título entre Walter Rohrl (Opel) e os pilotos da Audi, Michelle Mouton (francesa), Hannu Mikkola (finlandês) e Stig Blomqvist (sueco). Estas, a Opel e a Audi, foram as únicas marcas com programas completos de participação no mundial. A Talbot e a Fiat retiraram-se e as outras marcas apenas participaram esporadicamente. A Lancia estava já a preparar o primeiro carro do Grupo B, o Lancia 037.
No Rali de Monte Carlo, Walter Rohrl dominou inesperadamente os Audi Quattro e venceu a prova onde a neve foi a grande ausente das estradas monegascas. Hannu Mikkola (Audi) ficou em segundo lugar. No Rali da Suécia não fosse Stig Blomqvist ter sido contratado para correr pela Audi no rali nórdico e a Audi não teria vencido. Mikkola dominou o rali até desistir devido a um despiste, Michelle Mouton não conseguiu evitar o Audi de Mikkola e embateu no carro do colega o que a fez perder muito tempo. Ari Vatanen (finlandês) conseguiu levar o “velhinho” Ford Escort à segunda posição. E Rohrl (Opel) terminava no terceiro lugar.
No Rali de Portugal Michelle Mouton vence a prova embora o finlandês da Opel, Henri Toivonen, fosse o primeiro líder até abandonar. Mikkola (Audi) assumiu a liderança mas perdeu o controlo do carro e Mouton passou para a primeira posição vencendo desta forma a prova. A Audi decidiu não participar no Safari, que era o rali seguinte, e a Opel lucrou com isso visto que Rohrl termina em segundo lugar. A vitória foi para Shekhar Mehta (Datsun) que assim vencia o rali africano pela quarta vez consecutiva. Na Volta à Córsega o francês Jean Ragnotti vence com o Renault 5 Turbo. A Audi não conseguiu resultados de relevo. Rohrl (Opel) fica em quarto lugar. Neste rali estreou-se o Lancia Rally 037, com o italiano Attilio Bettega, que chegou a andar em terceiro lugar até à desistência devido a um acidente.

Para o Rali da Acrópole, a Audi enviou quatro carros mas apenas Mouton conseguiu terminar. A francesa venceu a prova mas Rorhl (Opel) termina na segunda posição. Depois de terminada a prova o alemão fez declarações polémicas, que iriam afectar a sua relação com a francesa da Audi que as assumiu como uma ofensa: “Um chimpanzé ter-me-ia ganho com um Audi”. Polémicas à parte, outra nota de destaque foi o Lancia Rally 037 de Markku Alen (finlandês) chegou a liderar o rali grego. No Rali da Nova Zelândia, a Toyota na estreia dos novos Celica 2000 GT conseguiu uma excelente e surpreendente dobradinha, Bjorn Waldegaard em primeiro e Per Eklund em segundo lugar. Walter Rohrl (Opel) somava mais alguns pontos com o terceiro lugar. No Rali do Brasil, Mouton (Audi) vencia o terceiro rali do ano mas Rohrl (Opel) fica em segundo lugar.
No Rali dos 1000 Lagos, a vitória foi para a Audi que colocou dois carros nas duas primeiras posições, Mikkola e Blomqvist. Walter Rohrl (Opel) optou por não participar na prova finlandesa e acabou por beneficiar da desistência de Mouton (Audi), que disputava o título com o alemão da Opel. No Rali de San Remo os dois primeiros voltaram a ser os mesmos do rali anterior mas com as posições trocadas, desta vez Blomqvist foi o primeiro e Mikkola foi o segundo. Enquanto que Rohrl (Opel) levava a melhor sobre Mouton (Audi), terceiros e quartos classificados respectivamente. Para manter algumas hipóteses de vencer o campeonato, Michelle Mouton teria de vencer o rali seguinte, na Costa do Marfim. Na véspera do rali, a francesa sofreu um revés pessoal com notícia do falecimento do pai mas mesmo assim resolveu participar. Chegou a dominar o rali mas um despiste e um furo retiraram-lhe todas as hipóteses de vencer o rali africano. Walter Rohrl (Opel) ficou com liderança e venceu o rali e pôs um ponto final no campeonato. A um rali do fim do campeonato, Walter Rohrl sagrava-se campeão mundial de ralis pela segunda vez. Hannu Mikkola (Audi) venceu o RAC e Michelle Mouton (Audi) foi a segunda classificada. Rohrl terminou o campeonato de Pilotos em primeiro lugar com 109 pontos (2 vitórias), Mouton foi segunda classificada com 97 pontos (3 vitórias) e Mikkola foi terceiro com 70 pontos (2 vitórias). No campeonato de Marcas, a Audi foi a primeira com 116 pontos (7 vitórias) e a Opel ficou em segundo lugar com 104 pontos (2 vitórias).

1 comentário:

PGAV disse...

Caro José,

De facto tenho andado com pouco tempo. Porém tenho 2 novidades para por no meu blog, embora ja tenha posto uma no clássicos.

Gostei imenso do seu Ferrari D246. Esses carros de corrida são espectaculares. Mesmo os da Brumm.

Para os proximos dias se puder vou actualizar o meu blog com novidades. Eu aviso-o para me fazer uma visita.

Grande Abraço.

Pedro