Esta miniatura pertence à colecção Ferrari Collection.
Nota: Para tentar ser um pouco diferente do que venho fazendo e aproveitando o facto do Ferrari D246 pertencer a uma época que me faz lembrar que as fotografias eram a preto e branco (apesar de nessa altura já existir a fotografia com cor), as fotografias que vou postar hoje são a preto e branco... se o resultado não agradar efectuarei algumas alterações.A miniatura do Ferrari D246 foi adquirida numa papelaria durante um passeio, aliás como já expliquei no post sobre o Ferrari 512 S.
Em Fevereiro já tinha efectuado um post sobre o Ferrari D246 mas como esta miniatura deste modelo da Ferrari apresenta algumas alterações em relação à anteriormente postada resolvi voltar a falar sobre o D246 (também conhecido como Ferrari Dino).
Assim, as diferenças visíveis são ao nível do pára-brisas e das jantes. As duas versões do pára-brisas foram utilizadas pelo D246 em 1958, isto é, quer na versão em que o pára-brisas é apenas um rectângulo colocado à frente da cabeça do piloto como na versão integral que completa o perímetro do cocpit. Já em relação às jantes, a anterior miniatura da Brumm que mostra as jantes do D246 totalmente pretas julgo estar errada, esta miniatura, com as jantes prateadas, que hoje apresento deverá ser a que está correcta.
Outro facto que me chamou à atenção e para o qual não consigo determinar correctamente é quem era o piloto deste Ferrari D246. Como a miniatura não tinha fascículo para me informar, apenas posso especular sobre quem seria o piloto e a corrida onde participou. Como sabemos, nesta época os carros trocavam de numeração de corrida para corrida. Assim e tendo como base de partida o ano em que o D246 estreou na Formula 1 (1958) foi possível apurar que o Ferrari D246 com o número 4 correu em sete provas, durante os 3 anos que esteve em competição, com os seguintes pilotos:
Em 1958:
- GP da Holanda, com Peter Collins (abandonou);
- GP da França, com Mike Hawthorn (vitória, pole-position e melhor volta);
- GP da Alemanha, com Wolfgang von Trips (quarto lugar);
- GP de Marrocos, com Phil Hill (terceiro lugar).
Em 1959:
- GP da Alemanha, com Tony Brooks (vitória, pole-position e melhor volta);
- GP dos EUA, com Wolfgang von Trips (sexto lugar);
Em 1960:
- GP da França, com Wolfgang von Trips (décimo primeiro lugar).
Quero acreditar que esta miniatura possa ser a que representa a vitória de Mike Hawthorn no GP da França em 1958, ano em que se sagrou Campeão do Mundo.
Nota: Para tentar ser um pouco diferente do que venho fazendo e aproveitando o facto do Ferrari D246 pertencer a uma época que me faz lembrar que as fotografias eram a preto e branco (apesar de nessa altura já existir a fotografia com cor), as fotografias que vou postar hoje são a preto e branco... se o resultado não agradar efectuarei algumas alterações.A miniatura do Ferrari D246 foi adquirida numa papelaria durante um passeio, aliás como já expliquei no post sobre o Ferrari 512 S.
Em Fevereiro já tinha efectuado um post sobre o Ferrari D246 mas como esta miniatura deste modelo da Ferrari apresenta algumas alterações em relação à anteriormente postada resolvi voltar a falar sobre o D246 (também conhecido como Ferrari Dino).
Assim, as diferenças visíveis são ao nível do pára-brisas e das jantes. As duas versões do pára-brisas foram utilizadas pelo D246 em 1958, isto é, quer na versão em que o pára-brisas é apenas um rectângulo colocado à frente da cabeça do piloto como na versão integral que completa o perímetro do cocpit. Já em relação às jantes, a anterior miniatura da Brumm que mostra as jantes do D246 totalmente pretas julgo estar errada, esta miniatura, com as jantes prateadas, que hoje apresento deverá ser a que está correcta.
Outro facto que me chamou à atenção e para o qual não consigo determinar correctamente é quem era o piloto deste Ferrari D246. Como a miniatura não tinha fascículo para me informar, apenas posso especular sobre quem seria o piloto e a corrida onde participou. Como sabemos, nesta época os carros trocavam de numeração de corrida para corrida. Assim e tendo como base de partida o ano em que o D246 estreou na Formula 1 (1958) foi possível apurar que o Ferrari D246 com o número 4 correu em sete provas, durante os 3 anos que esteve em competição, com os seguintes pilotos:
Em 1958:
- GP da Holanda, com Peter Collins (abandonou);
- GP da França, com Mike Hawthorn (vitória, pole-position e melhor volta);
- GP da Alemanha, com Wolfgang von Trips (quarto lugar);
- GP de Marrocos, com Phil Hill (terceiro lugar).
Em 1959:
- GP da Alemanha, com Tony Brooks (vitória, pole-position e melhor volta);
- GP dos EUA, com Wolfgang von Trips (sexto lugar);
Em 1960:
- GP da França, com Wolfgang von Trips (décimo primeiro lugar).
Quero acreditar que esta miniatura possa ser a que representa a vitória de Mike Hawthorn no GP da França em 1958, ano em que se sagrou Campeão do Mundo.
O palmarés do Ferrari D246 e seus pilotos durante os 3 anos que esteve em competição:
Participou em 25 GP’s.
Vitórias: 5 (1958: 2 / 1959: 2 / 1960: 1)
Pole-Positions: 7 (1958: 4 / 1959: 2 / 1960: 1)
Melhores voltas: 10 (1958: 6 / 1959: 2 / 1960: 2)
Pilotos: Mike Hanthorn (Campeão em 1958 com o D246); Tony Brooks; Jean Behra; Cliff Allison; Peter Collins; Olivier Gendebien; Richie Ginther; José-Froilen Gonzalez; Dan Gurney; Phil Hill; Willy Mairesse; Luigi Musso; Wolfgang von Trips.
Falando agora um pouco sobre o ano de 1958. Esse ano foi o início visível da revolução na Formula 1. Várias alterações foram-se sucedendo no seio da Formula 1 dando origem a mudanças significativas nas forças dominantes, quer ao nível dos construtores quer nos pilotos.
A gasolina permitida agora era apenas a utilizada na aviação (de 100 a 130 octanas) porque era a única que estava disciplinada por regras e padrões internacionais. As provas também foram reduzidas. Anteriormente a extensão das corridas era de 500 km ou 3 horas e agora passava a ser de 300 km ou 2 horas. Foi também o ano em que uma equipa privada com um carro de motor central traseiro venceu pela primeira vez na Formula 1 e ousou pôr em causa as equipas de fábrica dominantes (Ferrari, Vanwall e Maserati, que já tinha abandonado a competição no ano anterior mas os seus modelos continuavam a ser utilizados por equipas privadas). O ano de 1958 foi também o último ano de competição para o penta Campeão do Mundo Juan Manuel Fangio. Foi o ano em que foi introduzido o Campeonato Mundial de Construtores.
Tudo isso ficou provado logo na primeira prova do ano, no GP da Argentina. A gasolina agora permitida era benéfica para a redução de consumo, que aliada à menor extensão das provas causou repercussões imediatas nos carros de Formula 1. Aonde? No peso, na dimensão dos carros e pneus: como não necessitavam de grandes depósitos para grandes quantidades de combustível foi possível construir carros mais pequenos, mais leves que limitavam o desgaste dos pneus.
E foi isso que se verificou na abertura do campeonato em Bueno Aires, Argentina.
A Vanwall, equipa pela qual corria Stirling Moss, cedeu o piloto à Cooper porque não tinha os seus carros preparados para o início do campeonato. Apesar de só terem participado 10 carros na prova, Moss apenas conseguiu o sétimo lugar na grelha de partida, com o Cooper. Moss tinha delineado uma estratégia para a corrida sem parar nas boxes. O pequeno Cooper tinha uma desvantagem em relação aos adversários, em caso de paragem nas boxes para mudança de pneus, que era o facto de perder mais tempo devido às suas rodas serem apertadas com quatro porcas enquanto que os adversários apenas utilizavam uma porca central nas rodas. Como o Cooper era mais pequeno, mais leve, logo causava menos desgaste nos pneus, a estratégia de Moss para bater os adversários era não parar nas boxes quando todos o iriam fazer. E assim foi, Moss chega à liderança do GP quando os seus adversários vão parando para mudar de pneus. E nunca mais perdeu o primeiro lugar na corrida embora as outras equipas estivessem à espera que Moss também efectuasse uma paragem nas boxes. A corrida seguinte, no Mónaco, também foi vencida por um Cooper (Maurice Trintignant). Estava confirmada a vitória anterior de Moss num Cooper e a superioridade dos pequenos carros de motor central traseiro... apesar de a Cooper só no ano seguinte ter conseguido vencer os títulos.
A Vanwall foi a primeira equipa Campeã do Mundo, com 48 pontos e 6 vitórias. A Ferrari ficou em segundo lugar com 40 pontos e 2 vitórias.
Mike Hawthorn, que fez um campeonato muito regular com o Ferrari D246, sagrou-se Campeão apenas com uma vitória (42 pontos) e Stirling Moss ficou em segundo lugar com 41 pontos e 4 vitórias.
Participou em 25 GP’s.
Vitórias: 5 (1958: 2 / 1959: 2 / 1960: 1)
Pole-Positions: 7 (1958: 4 / 1959: 2 / 1960: 1)
Melhores voltas: 10 (1958: 6 / 1959: 2 / 1960: 2)
Pilotos: Mike Hanthorn (Campeão em 1958 com o D246); Tony Brooks; Jean Behra; Cliff Allison; Peter Collins; Olivier Gendebien; Richie Ginther; José-Froilen Gonzalez; Dan Gurney; Phil Hill; Willy Mairesse; Luigi Musso; Wolfgang von Trips.
Falando agora um pouco sobre o ano de 1958. Esse ano foi o início visível da revolução na Formula 1. Várias alterações foram-se sucedendo no seio da Formula 1 dando origem a mudanças significativas nas forças dominantes, quer ao nível dos construtores quer nos pilotos.
A gasolina permitida agora era apenas a utilizada na aviação (de 100 a 130 octanas) porque era a única que estava disciplinada por regras e padrões internacionais. As provas também foram reduzidas. Anteriormente a extensão das corridas era de 500 km ou 3 horas e agora passava a ser de 300 km ou 2 horas. Foi também o ano em que uma equipa privada com um carro de motor central traseiro venceu pela primeira vez na Formula 1 e ousou pôr em causa as equipas de fábrica dominantes (Ferrari, Vanwall e Maserati, que já tinha abandonado a competição no ano anterior mas os seus modelos continuavam a ser utilizados por equipas privadas). O ano de 1958 foi também o último ano de competição para o penta Campeão do Mundo Juan Manuel Fangio. Foi o ano em que foi introduzido o Campeonato Mundial de Construtores.
Tudo isso ficou provado logo na primeira prova do ano, no GP da Argentina. A gasolina agora permitida era benéfica para a redução de consumo, que aliada à menor extensão das provas causou repercussões imediatas nos carros de Formula 1. Aonde? No peso, na dimensão dos carros e pneus: como não necessitavam de grandes depósitos para grandes quantidades de combustível foi possível construir carros mais pequenos, mais leves que limitavam o desgaste dos pneus.
E foi isso que se verificou na abertura do campeonato em Bueno Aires, Argentina.
A Vanwall, equipa pela qual corria Stirling Moss, cedeu o piloto à Cooper porque não tinha os seus carros preparados para o início do campeonato. Apesar de só terem participado 10 carros na prova, Moss apenas conseguiu o sétimo lugar na grelha de partida, com o Cooper. Moss tinha delineado uma estratégia para a corrida sem parar nas boxes. O pequeno Cooper tinha uma desvantagem em relação aos adversários, em caso de paragem nas boxes para mudança de pneus, que era o facto de perder mais tempo devido às suas rodas serem apertadas com quatro porcas enquanto que os adversários apenas utilizavam uma porca central nas rodas. Como o Cooper era mais pequeno, mais leve, logo causava menos desgaste nos pneus, a estratégia de Moss para bater os adversários era não parar nas boxes quando todos o iriam fazer. E assim foi, Moss chega à liderança do GP quando os seus adversários vão parando para mudar de pneus. E nunca mais perdeu o primeiro lugar na corrida embora as outras equipas estivessem à espera que Moss também efectuasse uma paragem nas boxes. A corrida seguinte, no Mónaco, também foi vencida por um Cooper (Maurice Trintignant). Estava confirmada a vitória anterior de Moss num Cooper e a superioridade dos pequenos carros de motor central traseiro... apesar de a Cooper só no ano seguinte ter conseguido vencer os títulos.
A Vanwall foi a primeira equipa Campeã do Mundo, com 48 pontos e 6 vitórias. A Ferrari ficou em segundo lugar com 40 pontos e 2 vitórias.
Mike Hawthorn, que fez um campeonato muito regular com o Ferrari D246, sagrou-se Campeão apenas com uma vitória (42 pontos) e Stirling Moss ficou em segundo lugar com 41 pontos e 4 vitórias.
6 comentários:
Sensacional, José, excelente idéia tirar as cores.
E mais uma grande história, parabéns!
[]'s!
Obrigado, Romário.
Resolvi tirar as cores porque já tinha pensado nisso mas já não tinha nenhuma miniatura dos anos 50 para fazer um post sem cor.
Depois surgiu novamente a oportunidade de fazer um post sem cor quando recentemente comprei esta miniatura do D246. E como já tinha postado um Ferrari D246 com cor...
Ainda bem que gostou.
Cumprimentos
Ola José, boa noite! Antes de mais nada obrigado pelo aviso. o erro passou por mim . Sò notei a hora que você avisou. COm relaçao a foto preto e branco ficou muito bom. PArabens pela ideia.
Ola José, sem problemas. Segundo o próprio site da Ferrari em 1968 foi utilizado o 312 F1-68, mesmo. Agora está tudo ok !!!!
O legal dos blogs isso: Troca de informação com qualidade!!
Abraços
Sem levantar polêmicas, o argentino Juan Manuel Fangio , foi penta campeão mundial ( 5 vezes) O Michael Schumacher é que foi hepta campeão ( 7 vezes.)
Valeu.
Abraços
Grande erro meu!!!
Obrigado Fleetmaster. Vou já corrigir o texto...
Ainda bem que tenho leitores atentos.
Cumprimentos
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