09 maio 2007

Renault 5 Maxi Turbo - J. Ragnotti - P. Thimonier (Volta à Córsega de 1985)

Esta miniatura pertence à colecção Rallycar Collection.
Em 1985 a Renault apresentou uma evolução do Renault 5 Turbo: o resultado foi este belo carro de ralis, o Renault 5 Maxi Turbo. Este fantástico carro de ralis, de tracção traseira, tinha uma potência de 350 cavalos para apenas 930 kg. A participação, do Maxi Turbo, nos ralis do mundial resume-se apenas a duas edições da Volta à Córsega. Venceu em 1985 e ficou em segundo em 1986. Em 1985 foi o piloto francês Jean Ragnotti que levou o pequeno Renault 5 Maxi Turbo à vitória e em 1986 conseguiu o segundo lugar com François Chatriot ao voltante do Maxi Turbo.
Tal como o Renault 5 Turbo, o Maxi Turbo também parecia estar à vontade nos ralis de asfalto. As características do Maxi Turbo, pequeno, leve e potente faziam dele um adversário difícil de ser batido nas sinuosas e estreitas estradas da Córsega.
Este fantástico carro de ralis foi conduzido, em provas do mundial, pelos seguintes pilotos: Jean Ragnotti, Francois Chatriot e Didier Auriol, todos de nacionalidade francesa.
Apesar de no mundial de ralis não ter sido frequente ver o Renault 5 Maxi Turbo foi no campeonato francês de ralis que a sua utilização foi mais intensa e onde obteve mais sucesso.
Jean Ragnotti, nasceu em Agosto de 1945, correu em ralis, circuitos (foi quarto nas 24 Horas de Le Mans de 1978), provas de gelo e em rallycross. Por ventura será mais conhecido como piloto de ralis embora o seu palmarés não esteja recheado de vitórias nos ralis. Só venceu 3 ralis, talvez devido ao facto de ter sido um piloto sempre fiel à Renault. As vitórias que tem nos ralis conseguiu-as ao volante do Renault 5 Turbo (Rali de Monte Carlo de 1981 e Volta à Córsega de 1982) e do Maxi Turbo (Volta à Córsega de 1985).
A miniatura que apresento é referente à Volta à Córsega de 1985 que Jean Ragnotti venceu com o Renault 5 Maxi Turbo.


(continuação)
Na Volta à Córsega, Jean Ragnotti (Renault) domina a prova desde o início até ao fim, vencendo surpreendentemente o Peugeot 205 Turbo 16 que tinha estreado uma versão mais potente do motor e uma nova aerodinâmica. No entanto o rali fica marcado pela tragédia. O piloto italiano da Lancia, Attilio Bettega, morre em consequência de um acidente. Bettega tornou-se numa das primeiras vítimas dos potentes carros do Grupo B. Ari Vatanen (finlandês) também se despista mas sem consequências físicas. Enquanto que a Lancia retirava todos os carros em sinal de respeito pela morte do seu piloto, a Peugeot ficava só com o carro de Bruno Saby (francês) para lutar pela vitória, que não viria a conseguir. Saby foi segundo e Béguin (francês) terceiro com o Porsche 911 SC.
Após dois ralis, no Rali da Acrópole, a Peugeot volta a vencer através de Timo Salonen (finlandês) que assim se confirmava como principal candidato à vitória no campeonato de pilotos. Salonen ficou com a vitória facilitada com os abandonos, no início do rali, de Vatanen (Peugeot) e do alemão Walter Rohrl (Audi). O sueco Stig Blomquvist (Audi), que ficou em segundo lugar, foi incapaz de dar luta a Salonen.
No Rali da Nova Zelândia, Salonen consegue vencer todos os seus adversários sem beneficiar dos abandonos. Desta vez, Vatanen termina o rali (após uma sucessão de vários ralis sem terminar), mas não conseguiu derrotar o seu colega de equipa. Rohrl (Audi) também termina o rali mas também não conseguiu ser oposição aos Peugeot 205 Turbo 16. Salonen foi o primeiro e quase que assegurou o titulo de campeão, Vatanen ficou em segundo e Rohrl ficou em terceiro lugar.
(continua)

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