06 julho 2007

BMW M3 - B. Béguin - J.-J. Lenne (Volta à Corsega de 1987)

Esta miniatura pertence à colecção RallyCar Collection.
A BMW sempre se manteve afastada do mundial de ralis, o seu envolvimento neste desporto foi sendo bastante raro ao longo da história dos ralis. Por outro lado, a BMW sempre se interessou pelas provas nos circuitos, como por exemplo a Formula 1 e o mundial de Turismo. Onde alcançou grandes sucessos.
Mas mesmo participando esporadicamente no mundial de ralis, que acontecia a nível privado, a BMW conseguiu algumas (poucas) vitórias (o alemão Achim Warmbold venceu dois: o Rali de Portugal de 1972 e o Rali dos Alpes Austríacos de 1973). Em 1987, Bernard Béguin, ao conquistar a sua única vitória nos ralis, iria dar à BWM a terceira vitória no mundial de ralis. Foi na Volta à Córsega de 1987 com um BMW M3, preparado pela Prodrive (?). Béguin era um piloto com uma carreira versátil, tanto corria nos circuitos como nos ralis. Tem várias participações na Volta à Córsega e no Monte Carlo.
O BMW M3, ao substituir o 635 CSi nos campeonatos de turismo, mostrou-se bastante competitivo conquistando inúmeras vitórias. As características de um rali como a Volta à Córsega (sinuoso e de asfalto) adaptavam-se muito bem às potencialidades do BMW M3 (potente, manobrável e com boa aderência).
Esta miniatura representa o BMW M3 de Bernard Béguin na Volta à Córsega de 1987.
(continuação)
Ao chegar à quinta prova do ano, na Volta à Córsega, já havia um pressentimento que a Lancia iria dominar à vontade o campeonato de 1987. A dúvida residia em qual dos pilotos (Alén, Biasion ou Kankkunen) da Lancia iria vencer o campeonato de pilotos.
Contudo na Volta à Córsega, Bernard Béguin (francês) foi a surpresa ao dominar o rali corso. O BMW M3 mostrou que era bastante competitivo nas estradas estreitas e sinuosas da Córsega. Normalmente neste rali, todo em asfalto, as equipas costumam contratar pilotos especialistas em asfalto. A Lancia também optou por o fazer mas Yves Loubet (francês) não conseguiu evitar a vitória de Béguin, tendo terminado em segundo lugar à frente de Biasion (Lancia) que foi o terceiro. Pelo terceiro ano consecutivo, a Volta à Córsega ficava marcada por alguns acidentes que feriram alguns espectadores no início do rali e com a morte de um dos participantes.
Na Acróple, Markku Alén (finlandês) vencia o seu segundo rali do ano, sendo secundado por Kankkunen (finlandês), seu colega de equipa.
No Rali Olympus (EUA), a Lancia ocupa os três lugares do pódio. Kankkunen obtêm a primeira vitória com a Lancia. Seguido de Biasion e Alén.
Por esta altura, a Lancia estabelece um acordo com os seus pilotos no qual cada um iria fazer 7 ralis, proporcionando condições iguais para eles.
No Rali da Nova Zelândia, nenhum dos candidatos ao título de pilotos participou mas mesmo assim a vitória foi para o Lancia (privado) de Franz Wittmann (austríaco).
Como estava previsto, a Lancia, sem oposição, conquista o título de marcas no Rali da Argentina. Biasion vence o rali argentino e chega à liderança do campeonato de pilotos.
Markku Alén domina completamente o Rali dos 1000 Lagos e a Ford consegue dois pódios com Ari Vatanen (finlandês) em segundo lugar, a mais de 5 minutos de Alén, e Stig Blomqvist (sueco) em terceiro.
A Lancia não participa no Rali da Costa de Marfim que era apenas pontuável para o campeonato de pilotos. Kenneth Eriksson (sueco), num Volkswagen Golf GTi, vence pela primeira vez um rali do mundial.
Miki Biasion (Lancia) vence o Rali de San Remo e termina a sua participação no mundial. Biasion assumiu assim a liderança no campeonato (94 pontos) mas não a ia poder defender no RAC, o último rali do ano. Alén e Kankkunen eram os segundos com 80 pontos.
No RAC, Kankkunen vence de forma categórica e revalida o título de pilotos. Markku Alén não consegue melhor que a quinta posição. Stig Blomqvist (Ford) fica com o segundo lugar depois da desclassificação do Audi de Per Eklund (sueco).
A Lancia vence o título de marcas (140 pontos) com 9 vitórias em 13 possíveis. Kankkunen é o primeiro (100 pontos e 2 vitórias), Biasion o segundo (94 pontos e 3 vitórias) e Alén o terceiro (88 pontos e 3 vitórias).

1 comentário:

PGAV disse...

Caro José,

O sempre brutal BMW M3... Soberbo

Terei uma novidade em breve...

Abraço