22 janeiro 2011

Opel Astra GSI - B. Thiry - G. Favier (Rali de Monte Carlo de 1993)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo - Os Carros Míticos – Fasc. nº 52.
Apresentado em 1991, o Opel Astra foi um digno sucessor do Opel Kadett no mercado de vendas. Também nos ralis o Astra sucedeu o Kadett. A preparação do Astra para os ralis esteve a cargo de várias organizações: a Motor Sport Development, a BTR de Tim Ashton e a Kissling Motorsport. O programa desportivo da Opel, para além dos ralis, também incluía o DTM (Campeonato de Turismo Alemão) e assim havia que dividir o orçamento, sendo que o DTM provavelmente levava a maior fatia do orçamento.O Opel Astra GSI utilizava um motor multiválvulas de 1998 cc de 4 cilindros em linha, cuja cabeça foi produzida pela Cosworth, colocado em posição transversal na dianteira. A potência atingia os 225 cv às 7500 rpm. A tracção era dianteira e utilizava uma caixa Xtrac de seis velocidades.
A estreia do Opel Astra GSI aconteceu no Rali de Monte Carlo de 1993, para disputar a nova categoria (F2) cujo campeonato se designava Taça FIA e que estava reservado para automóveis de duas rodas motrizes e motores de 2 litros sem turbo.
A miniatura representa o Opel Astra GSI de Bruno Thiry (belga) no Rali de Monte Carlo de 1993. Nesta prova, e apenas por uma vez, Thiry teve como co-piloto o belga Gilles Favier. Durante a sua carreira no mundial, Bruno Thiry apenas por 3 vezes não teve a companhia do seu co-piloto de sempre, Stéphane Prévot.
O piloto belga terminou a prova no oitavo lugar da classificação geral e foi o primeiro na sua categoria. Bruno Thiry contribuiu com esta vitória e com outras quatro (Portugal, Finlândia, Itália e Espanha) que conseguiu ao longo do campeonato, para que a Opel vencesse a Taça FIA. Ao todo a Opel venceu 7 provas e sagrou-se campeã com 74 pontos seguida da Skoda (com 54 pontos), que só venceu uma prova.
Bruno Thiry nasceu a 8 de Outubro de 1962 na Bélgica. A sua estreia nos ralis aconteceu em 1981. Bruno Thiry guiou para várias marcas ao longo da sua carreira desportiva: Audi, Opel, Ford, Seat, Subaru, Skoda e Peugeot. Nunca conseguiu vencer um rali do mundial mas alcançou vários pódios, sendo que apenas conseguiu um segundo lugar. A sua melhor classificação no Campeonato do Mundo foi ao serviço da Ford em 1994 ao terminar em 5º com 44 pontos. Ao que parece nunca venceu o campeonato nacional da Bélgica mas Bruno Thiry sagrou-se Campeão Europeu de Ralis em 2003 ao serviço da Peugeot.

15 janeiro 2011

Citroen C2 S1600 - D. Sordo - M. Marti (Rali de Monte Carlo de 2005)



Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (fasc. nº 31).Anteriormente já falei e apresentei algumas miniaturas do Citroen C2 Super 1600; hoje volto a colocar aqui no 4Rodinhas uma miniatura do Citroen C2, de Daniel Sordo (espanhol) no Rali de Monte Carlo de 2005, precisamente o colega de equipa de Kris Meeke (britânico), cuja miniatura apresentei aqui.
O Citroen C2 Super 1600 JWRC dispunha de tracção dianteira, com um motor de 4 cilindros em linha, com 1587 cc de cilindrada, que debitava 230 cv de potência às 8500 rpm. O motor do C2 estava montado em posição transversal dianteira e utilizava uma caixa de seis velocidades.
O piloto espanhol Daniel Sordo apresentou-se no Rali de Monte Carlo de 2005, apadrinhado por Carlos Sainz (espanhol), enquanto o seu colega de equipa, Kris Meeke, era apadrinhado por Colin McRae (escocês). Ambos pilotavam para a equipa oficial da Citroen que iria disputar o Campeonato do Mundo de JWRC. O grande adversário que tinha pela frente era o campeão da categoria o sueco Per-Gunnar Andersson, ao volante de um Suzuki Ignis. No início do rali, Andersson impôs o ritmo e liderou a prova. Posteriormente, o italiano Mirco Baldacci num Fiat Punto S1600 surpreendeu e assumiu a liderança. Entretanto Daniel Sordo teve alguns problemas nos travões, atrasando-se e viu a sua tarefa ficar mais complicada, caindo para o 10º lugar no final da primeira etapa; enquanto Andersson (Suzuki) era nesta altura o líder dos JWRC, seguido do seu colega de equipa Kosti Katajamki. Na segunda etapa, uma saída de estrada de Andersson, permitiu a Katajamaki assumir a liderança, seguido de Meeke (Citroen). Na última etapa, Meeke conquista o primeiro lugar enquanto o seu colega, Daniel Sordo, continuava a subir na classifica após o atraso inicial. Kris Meeke acabou por vencer o rali monegasco na categoria (11º da classificação geral) e Daniel Sordo terminou a prova no 4º lugar da classificação dos JWRC (15º da classificação geral). Ao longo do campeonato JWRC, Daniel Sordo conseguiu resultados muito melhores do que o registou no Monte Carlo, vencendo por 4 vezes (Itália, Finlâdia, Alemanha e Catalunha) em 8 provas e acabou por se sagrar campeão na categoria JWRC com 53 pontos, sucedendo a Per-Gunnar Anderson.

05 janeiro 2011

Ford Escort RS Cosworth - F. Delecour - D. Grataloup (Rali de Monte Carlo de 1993)


Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (fasc. nº 54).
O piloto francês François Delecour venceu o Rali de Monte Carlo de 1994 mas um ano antes tinha estreado o Ford Escort RS Cosworth, precisamente no rali monegasco.
O Ford Escort RS Cosworth dispunha da plataforma do Sierra 4x4, estando o motor de 4 cilindros em linha, de 1998 cc, montado na dianteira. A potência atingia os 300 cv às 6250 rpm. Utilizava uma caixa de 7 velocidades; a transmissão era integral de 3 diferenciais viscosos.
Foi com o novo Escort, que substituí o Sierra nos ralis, que a Ford “atacou” de novo o Campeonato do Mundo de Ralis em 1993. O modelo Sierra foi importante porque nele se experimentaram soluções mecânicas que depois foram aplicadas no novo Escort.
François Delecour pertencia aos quadros de pilotos da Ford e vinha já desde 1991 a tentar vencer o Rali de Monte Carlo. Nesse ano esteve mesmo muito perto de vencer a prova com o Sierra mas na parte final da prova perdeu a liderança devido a problemas mecânicos. A estreia do novo Escort aconteceu no inicio do campeonato de 1993, em Monte Carlo, e a equipa Ford era composta por dois carros, um para François Delecour e outro para Miki Biasion (italiano). A Ford partia como uma das favoritas mas havia que contar com a Toyota, a Mitsubishi e a Lancia. François Delecour assumiu a liderança quase desde o início e viu o piloto da Toyota, um dos principais concorrentes à vitória, Didier Auriol (francês), atrasar-se. O único que nesta fase conseguiu acompanhar Delecour foi o piloto italiano Andrea Aghini em Lancia Delta; Miki Biasion, colega de Delecour, também se debatia com problemas de transmissão e não conseguia acompanhar o francês. Entretanto Aghini desiste mas Auriol começa a recuperar na classificação. De facto o Toyota de Auriol mostrava grande competitividade e o francês da Toyota batia recordes recuperando muitos segundos para Delecour, até que na penúltima prova assume a liderança do rali. A vitória ficou definida na última prova e a favor de Didier Auriol e da Toyota. Nas posições seguintes ficaram os homens da Ford: Delecour em segundo e Biasion em terceiro. A vitória escapou mais uma vez a Delecour nos últimos momentos do rali mas venceria durante o campeonato por 3 vezes, ficando em segundo lugar no mundial, atrás de Auriol que se sagrou campeão. A Ford também terminou o campeonato em segundo, sagrando-se a Toyota Campeã do Mundo.
Finalmente, em 1994, François Delecour acabou por vencer o Rali de Monte Carlo ao volante do Ford Escort RS Cosworth, vingando-se das derrotas de 1991 e 1993.
Aqui fica uma lista de seis Ford Escort RS Cosworth (cinco de ralis e um de pista) que fazem parte da minha colecção: