Esta miniatura pertence à colecção 100 Anos de Desporto Automóvel.
Num post anterior falei no Citroen Xsara Kit Car e hoje vou falar um pouco no Citroen Xsara WRC.
Este modelo da Citroen, tal como o nome indica, nada mais é do que uma evolução do Xsara Kit Car. Essa evolução aconteceu porque em 1999 os regulamentos dos Kit Car foram alterados em virtude destes carros estarem a dar sinais de se tornarem ameaças aos WRC, principalmente o Citroen Xsara Kit Car que obteve duas vitórias nesse ano (Catalunha e Córsega). Assim, a Citroen optou por fazer evoluir o Xsara para o WRC. O Citroen Xsara foi adaptado aos regulamentos do WRC e os primeiros ensaios decorreram em Maio de 1999. A primeira vitória do Citroen Xsara WRC aconteceu em 2001 no Rali da Córsega, com o piloto espanhol Jesús Puras. Foi a primeira vitória do carro que viria a dominar o panorama internacional dos ralis durante vários anos. O sucesso do Citroen Xsara WRC foi enorme e está intimamente ligado a um nome: Sebastian Loeb, piloto francês, que em breve falarei.
Jesús Puras é um piloto espanhol, que nasceu a 16 de Março de 1963. É o segundo piloto espanhol, a seguir a Carlos Sainz, a vencer um rali do mundial. Começou a competir nos ralis em 1982 com um Renault 5, tendo passado por várias marcas ao longo dos anos. Jesús Puras venceu por 8 vezes o campeonato espanhol: 1990 (Lancia), 1992 (Lancia), 1995, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2002 (sempre na Citroen). Em 1991 estreou-se no Mundial de Ralis com um Mazda. Em 1994 sagrou-se Campeão do Mundo do Grupo N com um Ford Escort. E em 2001 venceu a sua única prova do WRC com o Citroen Xsara WRC.
Deste modo, a miniatura de hoje é o Citroen Xsara WRC que Jesús Puras utilizou no Rali da Córsega de 2001, onde obteve a sua primeira e única vitória no WRC.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2001
O Rali da Córsega, tal como o anterior, foi uma prova para os especialistas no asfalto em que os protagonistas voltaram a ser os mesmos: os pilotos da Citroen e os da Peugeot. No entanto desta vez foi a equipa da Citroen que saiu da ilha da Córsega com a vitória na bagagem. O piloto espanhol Jesús Puras, da Citroen, soube defender-se muito bem dos ataques de Didier Auriol e de Gilles Panizi, ambos da Peugeot. Puras ficou muito cedo sozinho a lutar contra os dois pilotos da Peugeot, já que Peter Bugalski (Citroen) abandonou muito cedo o rali, mas conseguiu obter a sua primeira vitória no mundial e a primeira do Citroen Xsara WRC. Os dois pilotos da Peugeot classificaram-se logo a seguir ao Citroen de Puras, sendo Panizzi segundo e Auriol terceiro. Richard Burns (inglês) ao conseguir classificar o seu Subaru em quarto lugar beneficiou das más prestações dos seus adversários na luta pelo título: Makinen (Mitsubishi) e Sainz (Ford) abandonaram e McRae (escocês) não pontuou.
A duas provas do fim do campeonato haveríamos de assistir ao regresso do campeão em título, Marcus Gronholm (finlandês), às vitórias, que em muito contribuíram para a renovação do título de marcas pela Peugeot. Mais uma vez, no Rali da Austrália, jogou-se na táctica porque o piloto que sai-se na frente iria “limpar” a estrada para os que se seguiam. Mcrae, que era um dos candidatos à conquista do título, iria ser o primeiro a sair mas a Ford ordenou que François Delecour (francês), no terceiro Ford Focus, penaliza-se para que o francês o primeiro a sair para a estrada em vez do escocês. No entanto o francês acabou por sair de estrada e a estratégia da Ford não resultou. McRae acabou por cair para a 5ª posição no final do rali. A vitória foi de Gronholm, como disse em cima, Burns ficou em segundo lugar e Auriol repetiu o terceiro lugar, que vinha obtendo à dois ralis atrás. Com o segundo lugar, Burns partia para o RAC, última etapa do campeonato, a dois pontos de Makinen que era o primeiro da classificação, e a um ponto de McRae. No RAC esperava-se uma luta intensa entre estes três pilotos que ambicionavam a conquista do título, sendo que no caso de Burns seria o primeiro. O primeiro a ficar de fora foi Makinen, que ainda no inicio da prova, no segundo troço, viu a suspensão do seu carro ceder. Logo de seguida foi a vez de McRae, que se encarregou de se auto-eliminar, quando destruiu o seu Focu com um capotamento. Deste modo e com a concorrência directa fora de prova, Burns soube gerir da melhor forma a conquista dos pontos necessários para chegar ao título. Gronholm foi o vencedor, Rovampera ficou em segundo, ambos da Peugeot e Burns com o terceiro lugar conquista o seu primeiro, e único, título de Campeão do Mundo de Ralis. A Peugeot com os excelentes resultados obtidos, principalmente nos últimos quatro ralis, renovava o título de marcas. Contudo para tal também beneficiou das más prestações da Ford que não obteve nenhum pódio nas 4 últimas provas.
Richard Burns sagrou-se campeão com 44 pontos e uma única vitória, McRae foi o segundo com 42 pontos (3 vitórias). A Peugeot conquistou o título de marcas com 101 pontos (6 vitórias) e a Ford ficou em segundo lugar com 86 pontos (3 vitórias).
Num post anterior falei no Citroen Xsara Kit Car e hoje vou falar um pouco no Citroen Xsara WRC.
Este modelo da Citroen, tal como o nome indica, nada mais é do que uma evolução do Xsara Kit Car. Essa evolução aconteceu porque em 1999 os regulamentos dos Kit Car foram alterados em virtude destes carros estarem a dar sinais de se tornarem ameaças aos WRC, principalmente o Citroen Xsara Kit Car que obteve duas vitórias nesse ano (Catalunha e Córsega). Assim, a Citroen optou por fazer evoluir o Xsara para o WRC. O Citroen Xsara foi adaptado aos regulamentos do WRC e os primeiros ensaios decorreram em Maio de 1999. A primeira vitória do Citroen Xsara WRC aconteceu em 2001 no Rali da Córsega, com o piloto espanhol Jesús Puras. Foi a primeira vitória do carro que viria a dominar o panorama internacional dos ralis durante vários anos. O sucesso do Citroen Xsara WRC foi enorme e está intimamente ligado a um nome: Sebastian Loeb, piloto francês, que em breve falarei.
Jesús Puras é um piloto espanhol, que nasceu a 16 de Março de 1963. É o segundo piloto espanhol, a seguir a Carlos Sainz, a vencer um rali do mundial. Começou a competir nos ralis em 1982 com um Renault 5, tendo passado por várias marcas ao longo dos anos. Jesús Puras venceu por 8 vezes o campeonato espanhol: 1990 (Lancia), 1992 (Lancia), 1995, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2002 (sempre na Citroen). Em 1991 estreou-se no Mundial de Ralis com um Mazda. Em 1994 sagrou-se Campeão do Mundo do Grupo N com um Ford Escort. E em 2001 venceu a sua única prova do WRC com o Citroen Xsara WRC.
Deste modo, a miniatura de hoje é o Citroen Xsara WRC que Jesús Puras utilizou no Rali da Córsega de 2001, onde obteve a sua primeira e única vitória no WRC.
Continuação do Campeonato do Mundo de Ralis de 2001
O Rali da Córsega, tal como o anterior, foi uma prova para os especialistas no asfalto em que os protagonistas voltaram a ser os mesmos: os pilotos da Citroen e os da Peugeot. No entanto desta vez foi a equipa da Citroen que saiu da ilha da Córsega com a vitória na bagagem. O piloto espanhol Jesús Puras, da Citroen, soube defender-se muito bem dos ataques de Didier Auriol e de Gilles Panizi, ambos da Peugeot. Puras ficou muito cedo sozinho a lutar contra os dois pilotos da Peugeot, já que Peter Bugalski (Citroen) abandonou muito cedo o rali, mas conseguiu obter a sua primeira vitória no mundial e a primeira do Citroen Xsara WRC. Os dois pilotos da Peugeot classificaram-se logo a seguir ao Citroen de Puras, sendo Panizzi segundo e Auriol terceiro. Richard Burns (inglês) ao conseguir classificar o seu Subaru em quarto lugar beneficiou das más prestações dos seus adversários na luta pelo título: Makinen (Mitsubishi) e Sainz (Ford) abandonaram e McRae (escocês) não pontuou.
A duas provas do fim do campeonato haveríamos de assistir ao regresso do campeão em título, Marcus Gronholm (finlandês), às vitórias, que em muito contribuíram para a renovação do título de marcas pela Peugeot. Mais uma vez, no Rali da Austrália, jogou-se na táctica porque o piloto que sai-se na frente iria “limpar” a estrada para os que se seguiam. Mcrae, que era um dos candidatos à conquista do título, iria ser o primeiro a sair mas a Ford ordenou que François Delecour (francês), no terceiro Ford Focus, penaliza-se para que o francês o primeiro a sair para a estrada em vez do escocês. No entanto o francês acabou por sair de estrada e a estratégia da Ford não resultou. McRae acabou por cair para a 5ª posição no final do rali. A vitória foi de Gronholm, como disse em cima, Burns ficou em segundo lugar e Auriol repetiu o terceiro lugar, que vinha obtendo à dois ralis atrás. Com o segundo lugar, Burns partia para o RAC, última etapa do campeonato, a dois pontos de Makinen que era o primeiro da classificação, e a um ponto de McRae. No RAC esperava-se uma luta intensa entre estes três pilotos que ambicionavam a conquista do título, sendo que no caso de Burns seria o primeiro. O primeiro a ficar de fora foi Makinen, que ainda no inicio da prova, no segundo troço, viu a suspensão do seu carro ceder. Logo de seguida foi a vez de McRae, que se encarregou de se auto-eliminar, quando destruiu o seu Focu com um capotamento. Deste modo e com a concorrência directa fora de prova, Burns soube gerir da melhor forma a conquista dos pontos necessários para chegar ao título. Gronholm foi o vencedor, Rovampera ficou em segundo, ambos da Peugeot e Burns com o terceiro lugar conquista o seu primeiro, e único, título de Campeão do Mundo de Ralis. A Peugeot com os excelentes resultados obtidos, principalmente nos últimos quatro ralis, renovava o título de marcas. Contudo para tal também beneficiou das más prestações da Ford que não obteve nenhum pódio nas 4 últimas provas.
Richard Burns sagrou-se campeão com 44 pontos e uma única vitória, McRae foi o segundo com 42 pontos (3 vitórias). A Peugeot conquistou o título de marcas com 101 pontos (6 vitórias) e a Ford ficou em segundo lugar com 86 pontos (3 vitórias).
10 comentários:
Mais um belo modelo da coleção 100 desporto automovel
Mesmo não sendo Ixo a qualidade é muito boa
Gosto muito deste Xsara embora prefira o de 2006 ou o de 2003
JB
Sim tem toda a razão...
A Brumm apesar menos bons acabamentos tem peças raras e que outras marcas não fazem!
Também já vi por aqui um Brumm, se não me engano um Ferrari 512 BB e confesso que gostei!
Como tenho pena de não ter adquirido nenhum modelo dessa colecção...
Tenho uma novidade no blog que fez história tanto no mundo automóvel como no mundo das personalidades!
Abraço
Caro José estás bom?
Tenho andado desaparecido, mas em principio este fim de semana já vou publicar pelo menos 2 novidades no meu blog! Finalmente!
Belo Xsara! A Autoart tem um desses mas versão estrada de perder a cabeça! LOL!
Abraço!
Bela miniatura embora pessoalmente goste mais da versão Loeb WRC.
Brevemente vou mostrar no meu blog as várias versões do Fiat 131 Abarth da extinta Luso Toys para o José António nã achar que só falo de Le Mans...com uma certa razão (eh,eh!)
Olá José como é que estás!
Olha já publiquei finalmente as minhas 5 novidades. Eram 6 mas uma ainda não chegou!
Há uma que decerto vais gostar! è mais clássica! 1962! As outras são modernas mas até eu estou espantado a olhar para elas LOLOL!
Passa por pelo blog!
Abraço!
Jósé pensei que soubesses! Não é caro e tem excelentes pormenores! É da Ixo! Vale a pena! Não vou fazer os 20, mas quero uns 4 pelo menos!
Abraço!
Show de carro
Andre ( Fleetmaster)
Alias..Como te acho no Orkut ?
Andre, olá novamente!
Orkut? não sei como isso funciona. Vou ter que investigar.
Abraço
Formidável a sua página. Já adicionei aos meu favoritos. Um grande abraço. Maninho. www.maninhodesenhos.blogspot.com
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