Após uma longuíssima ausência de novidades aqui no 4 Rodinhas, hoje é dia de marcar o dia de aniversário com uma miniatura. E assim se chega a 10 anos de 4 Rodinhas. Já vai longe o dia em que iniciei o blog. Infelizmente a actividade é muito reduzida (para não dizer nula) mas aqui estou a dar um sinal, ainda que pequeno, de vida.
Um grande abraço para todos.
Esta miniatura pertence à marca Quartzo.
O modelo à escala 1/43, da Quartzo, apresenta-se com o boneco do piloto ao volante, com capacete detalhado, valorizando assim a miniatura. Este pormenor diferencia esta miniatura das miniaturas das colecções da Altaya que não incluem o piloto, como podemos verificar com a anterior miniatura que já aqui postei sobre este mesmo Ferrari.
A Ferrari preparava a temporada de 1978 com relativa expectativa uma vez que o campeão de 1977, o austríaco Niki Lauda, tinha saído da equipa o que motivou a contratação de um novo piloto. E neste caso o escolhido foi o canadiano Gilles Villeneuve, que já tinha efectuado a sua estreia na F1 em 1977 (no GP da Inglaterra com um McLaren) tendo ainda realizado um GP pela Ferrari nesse mesmo ano. Assim para a temporada de 1978 Gilles Villeneuve iria fazer parte da equipa Ferrari tendo como colega de equipa o argentino Carlos Reutemann.
Facto curioso é que a Ferrari vinha alterando a dupla de pilotos desde 1976:
- 1976 - Niki Lauda e Clay Regazzoni (suíço), Carlos Reutemann efectuou um GP pela Ferrari;
- 1977 - Niki Lauda e Carlos Reutemann, Gilles Villeneuve efectuou dois GP’s pela Ferrari;
- 1978 - Carlos Reutemann e Gilles Villeneuve;
- 1979 - Gilles Villeneuve e Jody Scheckter (sul-africano).
Gilles Villeneuve era na época uma jovem promessa da F1 devido às suas performances nas poucas provas já realizas e que conquistaram imediatamente a
admiração de Enzo Ferrari. Contudo Villeneuve viu-se envolvido em alguns incidentes provavelmente relacionados com a sua juventude e fogosidade que levava para a pista.
O Ferrari 312T3 para o ano de 1978 continuava a ser da responsabilidade de Mauro Forghieri que procurava já adaptar o carro da Ferrari à nova tendência da F1 na época: o efeito de solo lançado pela Lotus.
Como já falei sobre o Ferrari 312T3 num post anterior aconselho a leitura do mesmo para obter mais alguns detalhes sobre este modelo.
A miniatura apresentada representa o Ferrari 312T3 de Gilles Villeneuve no GP de Itália de 1978. Nessa prova Villeneuve terminou no 7º lugar tendo sido penalizado com 1 minuto por ter antecipado a partida.
Gilles Villeneuve nasceu a 8 de Janeiro de 1950 no Canadá. A sua carreira começa
nas categorias inferiores onde realiza provas com boas prestações que chamam a atenção a James Hunt, piloto inglês da McLaren, e que eventualmente lhe dá a oportunidade de realizar a estreia na F1 num McLaren (GP da Inglaterra em 1977). Foi a única prova realizada na F1 por Gilles Villeneuve sem ser num Ferrari. Ainda no ano de 1977 Gilles Villeneuve é contratado por Enzo Ferrari e realiza os dois últimos GP’s da temporada pela equipa, substituindo Niki Lauda (que depois de se sagrar campeão a duas provas antes de terminar o campeonato saiu da Ferrari). Contudo o novo piloto da Ferrari vê-se envolvido num acidente e numa colisão nessas duas provas ganhando alguma reputação de piloto destemido e perigoso.
No início da época de 1978 Villeneuve continua a estar envolvido em polémica uma vez que nas cinco primeiras corridas do ano esteve novamente envolvido em dois acidentes e numa colisão. Finalmente à sexta prova alcança os primeiros pontos com um quarto lugar. O primeiro pódio é atingido à 12ª prova da época no GP da Áustria. A primeira vitória de Gilles Villeneuve na F1 chega no último GP do ano, precisamente no Canadá, o seu país natal. Termina a temporada no 9º lugar com 17 pontos, 1 vitória, 1 melhor volta e 2 pódios.
Em 1979 Gilles Villeneuve tem como colega de equipa Jody Scheckter, que viria a sagrar-se campeão nessa temporada, ficando Villeneuve em segundo lugar com 3 vitórias, 1 pole-position (a primeira da carreira) e 6 melhores voltas. O ano de 1980 é
muito mau para a Ferrari, Villeneuve (14º no campeonato) apenas consegue 6 pontos e Scheckter, campeão de 1979, faz pior, apenas 2 pontos. Para 1981 a Ferrari contratou o piloto francês Didier Pironi e iniciou a sua aposta nos motores turbo. A temporada, que apesar de não ter sido um sucesso, foi bastante melhor que a anterior: Villeneuve conquista mais duas vitórias, 1 pole-position e 1 melhor volta, terminado o campeonato em 7º lugar.
O ano de 1982 que seria provavelmente o ano da consagração de Gilles Villeneuve transformou-se num pesadelo para a Ferrari e também para a F1. Foi um ano marcado por vários acidentes onde num dos quais viria a morrer Gilles Villeneuve. As três primeiras provas do ano foram nefastas para Villeneuve: uma desistência por falha do turbo, um acidente e uma desclassificação. Na quarta prova
Villeneuve termina em segundo lugar, no entanto houve um desentendimento com o seu colega (Pironi) que venceu a prova. Villeneuve sentiu-se enganado por Pironi e jurou que nunca mais lhe dirigia a palavra. Na prova seguinte, no GP da Bélgica, Gilles Villeneuve sofreu um grave e fatal acidente durante os treinos de qualificação. Tinha 32 anos. A carreira de Gilles Villeneuve resume-se a 67 participações em GP’s (1 pela McLaren e 66 pela Ferrari), 6 vitórias, 2 pole-positions e 8 melhores voltas. Terminou o campeonato de 1979 como vice-campeão. Apesar de um curriculum relativamente curto Gilles Villeneuve foi e ainda é dos pilotos mais apreciados da F1, tal era a sua entrega e persistência nas provas nunca dando uma corrida por perdida. São famosos os exemplos desta tenacidade de Gilles... muitos ainda se lembram de uma famosa disputa pelo segundo lugar com René Arnoux (francês) no GP da França de 1979.
Os pilotos do Ferrari 312T3 em 1978 foram: #11 Carlos Reutemann (argentino) e #12 Gilles Villeneuve (canadiano).
Vitórias: 4 (C. Reutemann: 3; G. Villeneuve: 1) Reutemann venceu mais um GP mas com 312T2.
Pole-Position: 2 (C. Reutemann: 2)
Melhor volta: 1 (C. Reutemann: 1) A Ferrari obteve mais 2 melhores voltas mas com o 312T2, uma para cada um dos pilotos.
- 1976 - Niki Lauda e Clay Regazzoni (suíço), Carlos Reutemann efectuou um GP pela Ferrari;
- 1977 - Niki Lauda e Carlos Reutemann, Gilles Villeneuve efectuou dois GP’s pela Ferrari;
- 1978 - Carlos Reutemann e Gilles Villeneuve;
- 1979 - Gilles Villeneuve e Jody Scheckter (sul-africano).
Gilles Villeneuve era na época uma jovem promessa da F1 devido às suas performances nas poucas provas já realizas e que conquistaram imediatamente a
admiração de Enzo Ferrari. Contudo Villeneuve viu-se envolvido em alguns incidentes provavelmente relacionados com a sua juventude e fogosidade que levava para a pista.
O Ferrari 312T3 para o ano de 1978 continuava a ser da responsabilidade de Mauro Forghieri que procurava já adaptar o carro da Ferrari à nova tendência da F1 na época: o efeito de solo lançado pela Lotus.
Como já falei sobre o Ferrari 312T3 num post anterior aconselho a leitura do mesmo para obter mais alguns detalhes sobre este modelo.
A miniatura apresentada representa o Ferrari 312T3 de Gilles Villeneuve no GP de Itália de 1978. Nessa prova Villeneuve terminou no 7º lugar tendo sido penalizado com 1 minuto por ter antecipado a partida.
Gilles Villeneuve nasceu a 8 de Janeiro de 1950 no Canadá. A sua carreira começa
nas categorias inferiores onde realiza provas com boas prestações que chamam a atenção a James Hunt, piloto inglês da McLaren, e que eventualmente lhe dá a oportunidade de realizar a estreia na F1 num McLaren (GP da Inglaterra em 1977). Foi a única prova realizada na F1 por Gilles Villeneuve sem ser num Ferrari. Ainda no ano de 1977 Gilles Villeneuve é contratado por Enzo Ferrari e realiza os dois últimos GP’s da temporada pela equipa, substituindo Niki Lauda (que depois de se sagrar campeão a duas provas antes de terminar o campeonato saiu da Ferrari). Contudo o novo piloto da Ferrari vê-se envolvido num acidente e numa colisão nessas duas provas ganhando alguma reputação de piloto destemido e perigoso.
No início da época de 1978 Villeneuve continua a estar envolvido em polémica uma vez que nas cinco primeiras corridas do ano esteve novamente envolvido em dois acidentes e numa colisão. Finalmente à sexta prova alcança os primeiros pontos com um quarto lugar. O primeiro pódio é atingido à 12ª prova da época no GP da Áustria. A primeira vitória de Gilles Villeneuve na F1 chega no último GP do ano, precisamente no Canadá, o seu país natal. Termina a temporada no 9º lugar com 17 pontos, 1 vitória, 1 melhor volta e 2 pódios.
Em 1979 Gilles Villeneuve tem como colega de equipa Jody Scheckter, que viria a sagrar-se campeão nessa temporada, ficando Villeneuve em segundo lugar com 3 vitórias, 1 pole-position (a primeira da carreira) e 6 melhores voltas. O ano de 1980 é
muito mau para a Ferrari, Villeneuve (14º no campeonato) apenas consegue 6 pontos e Scheckter, campeão de 1979, faz pior, apenas 2 pontos. Para 1981 a Ferrari contratou o piloto francês Didier Pironi e iniciou a sua aposta nos motores turbo. A temporada, que apesar de não ter sido um sucesso, foi bastante melhor que a anterior: Villeneuve conquista mais duas vitórias, 1 pole-position e 1 melhor volta, terminado o campeonato em 7º lugar.
O ano de 1982 que seria provavelmente o ano da consagração de Gilles Villeneuve transformou-se num pesadelo para a Ferrari e também para a F1. Foi um ano marcado por vários acidentes onde num dos quais viria a morrer Gilles Villeneuve. As três primeiras provas do ano foram nefastas para Villeneuve: uma desistência por falha do turbo, um acidente e uma desclassificação. Na quarta prova
Villeneuve termina em segundo lugar, no entanto houve um desentendimento com o seu colega (Pironi) que venceu a prova. Villeneuve sentiu-se enganado por Pironi e jurou que nunca mais lhe dirigia a palavra. Na prova seguinte, no GP da Bélgica, Gilles Villeneuve sofreu um grave e fatal acidente durante os treinos de qualificação. Tinha 32 anos. A carreira de Gilles Villeneuve resume-se a 67 participações em GP’s (1 pela McLaren e 66 pela Ferrari), 6 vitórias, 2 pole-positions e 8 melhores voltas. Terminou o campeonato de 1979 como vice-campeão. Apesar de um curriculum relativamente curto Gilles Villeneuve foi e ainda é dos pilotos mais apreciados da F1, tal era a sua entrega e persistência nas provas nunca dando uma corrida por perdida. São famosos os exemplos desta tenacidade de Gilles... muitos ainda se lembram de uma famosa disputa pelo segundo lugar com René Arnoux (francês) no GP da França de 1979.
Os pilotos do Ferrari 312T3 em 1978 foram: #11 Carlos Reutemann (argentino) e #12 Gilles Villeneuve (canadiano).
Vitórias: 4 (C. Reutemann: 3; G. Villeneuve: 1) Reutemann venceu mais um GP mas com 312T2.
Pole-Position: 2 (C. Reutemann: 2)
Melhor volta: 1 (C. Reutemann: 1) A Ferrari obteve mais 2 melhores voltas mas com o 312T2, uma para cada um dos pilotos.
4 comentários:
Tanto tiempo sin ver un modelo de Quartzo, que belleza y esmero tiene esta Ferrari, una de las mas lindas a mi gusto.
Olá CaboReyes.
Obrigado pela visita. Estive quase um ano sem colocar nenhuma miniatura. Agora foi uma da Quartzo... vamos esperar que não demore tanto tempo para a próxima.
Abraço.
Hermoso T3 de Quartzo, un coche de los muy bellos, de los Ferrari que más me gustan.
¡Ya 10 años José Antonio!
Felicitaciones por el aniversario, y ojalá puedas frecuentar más seguido este hermoso blog.
Abrazo!
Obrigado, Juanh.
São 10 anos mas os últimos 5 anos tem poucos post... infelizmente.
Abraço.
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