28 agosto 2011

Ford Escort Cosworth - P. Bernardini - B. Occelli (Rali de Monte Carlo de 1996)

Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (fasc. nº 69).
O Ford Escort Cosworth do Grupo A foi um excelente carro de ralis que esteve muito perto de se sagrar campeão do mundo. A oportunidade de vencer o campeonato surgiu logo no ano da sua estreia em competição no ano de 1993. Com o decorrer das épocas que esteve em competição nunca mais esteve tão perto do título como nesse ano.
A miniatura que hoje vos apresento é o Ford Escort Cosworth de Patrick Bernardini (francês) no Rali de Monte Carlo de 1996. Nesse ano o Monte Carlo apenas contava para o campeonato de 2 litros e como tal os principais favoritos no Campeonato do Mundo de Ralis não estiveram presentes. A vitória sorriu a este piloto privado, Patrick Bernardini, ao volante do Ford Escort Cosworth do Grupo A. Em segundo lugar ficou o piloto francês François Delecour num Peugeot 306 Maxi. No ano seguinte a Ford apresentaria o novo modelo Escort de acordo com o regulamento do WRC.
O Ford Escort Coswort de Grupo A venceu por duas vezes o Monte Carlo (em 1994 por François Delecour e em 1996 por Bernardini) mas conseguiu outros resultados de destaque em mais duas edições do Monte Carlos: em 1993 foi segundo e terceiro classificado (François Delecour e Miki Biasion, respectivamente) e em 1995 Delecour foi novamente segundo classificado. Não deixa de ser um excelente currículo do Escort no mítico Monte Carlos, assim como para Delecour.
O Ford Escort Coswort foi construído com a base do Sierra, o motor era um 4 cilindros em linha, colocado na posição dianteira e longitudinal. A cilindrada era de 1993 cc com uma potência na ordem dos 300 cv às 5800 rpm. A caixa Ford, não sequencial, era de seis ou sete velocidades e a transmissão integral com dois diferenciais activos e o traseiro mecânico.
A qualidade desta miniatura é bastante apreciável, tanto a nível externo como interno, sendo de destacar no seu interior: os cintos, roda suplente, manómetros, extintores, alavanca da caixa e travão de mão razoavelmente detalhados. Muito bom!
Patrick Bernardini nasceu a 18 de Junho de 1963 em França. Bernardini venceu por duas vezes o Campeonato Francês de Ralis ao volante do Ford Escort RS Coswort (1994 e 1995). No seu palmares regista 19 participações em ralis do Campeonato do Mundo, onde utiliza carros da BMW, Lancia e Ford. A sua única vitória foi a que conseguiu em 1996 no Rali de Monte Carlo.

15 agosto 2011

Renault 5 GT Turbo - A.Oreille - G. Thimonier (Rali de Monte Carlo de 1989)

Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (fasc. Nº 68).
O Renault 5 GT Turbo, que sucedeu ao Renault 5 Alpine Turbo, foi o antecessor do Renault Clio. Lançado em 1981, este modelo teve uma segunda geração quando em 1985 foi desenvolvida a partir da arquitectura do Renault 5 (Supercinq).
A versão desportiva do Renault 5 GT Turbo estava equipada com um motor de 1397 cc, colocado na posição transversal na frente do carro, sendo a sua potencia muito próxima dos 190 cv às 6200 rpm. A alimentação era feita através de um carborador Solex e usava um turbocompressor Garrett T2 com um intercooler ar-ar. Não deixava de ser espantoso que, na versão de série, um carro com estas dimensões e com uma potência a rondar os 120 cv pudesse ultrapassar os 200 km/h. Era de facto impressionante para um pequeno carro de série… na versão desportiva deveria ser uma pequena “bomba”!
A estreia do Renault 5 GT Turbo aconteceu no Rali de Monte Carlo de 1989, cabendo ao francês Alain Oreille a honra de o pilotar nas classificativas monegascas e de lutar por um lugar de destaque no Grupo N (campeonato para automóveis muito próximos da produção de série). Alain Oreille conseguiu levar o pequeno Renault 5 GT Turbo até à 10ª posição final vencendo na categoria do Grupo N. Nada mau para um veiculo desta cilindrada que ficou à frente de veículos de maior cilindrada. A miniatura representa o Renault 5 GT Turbo de Alain Oreille no Rali de Monte Carlos de 1989, a prova da sua estreia em competição.
Miki Biasion (italiano) venceu o Monte Carlo ao volante de um Lancia Delta Integrale, seguido do seu colega de equipa Didier Auriol (francês). Biasion viria a sagrar-se campeão do mundo em 1989 com 5 vitórias e 106 pontos.
Ao longo do campeonato, Alain Oreille foi vencendo outras provas no Grupo N, tais como a Volta à Córsega e no San Remo. Na Costa do Marfim estava reservado ao pequeno Renault 5 GT Turbo a sua maior performance, visto que pela primeira vez na História dos ralis um automóvel do Grupo N conquistou a vitória absoluta! Foi de facto um feito extraordinário. Alain Oreille e o Renault 5 GT Turbo venceram o campeonato do Grupo N e em 1990 voltariam a repetir o feito, sendo de destacar o terceiro lugar da classificação geral alcançado por Oreille no Renault 5 GT Turbo novamente na Costa do Marfim.
Posteriormente o Renault Clio entraria em competição forçando a retirada dos ralis deste pequeno carro.

07 agosto 2011

Seat Cordoba WRC - T. Gardemeister - P. Lukander (Rali da Nova Zelândia de 1999)

Esta miniatura pertence à colecção Rallye Monte-Carlo – Os Carros Míticos (oferta).
O Seat Cordoba WRC participou em 2 temporadas completas no Campeonato do Mundo de Ralis, mais precisamente em 1999 e 2000. A estreia da equipa Seat oficial no WRC aconteceu no campeonato de 1998, no Rali da Finlândia. Contudo ao fim de 2 anos de competição o Seat Cordoba WRC não conseguiu resultados que convencessem os responsáveis da marca a manter o programa de ralis. Assim, no final de 2000, a equipa oficial da Seat retirou-se dos ralis.
A Seat terminou os dois campeonatos no 5 lugar: em 1999 conseguiu 23 pontos sendo o terceiro lugar o melhor resultado obtido, em dois ralis; em 2000 a Seat apenas conseguiu 11 pontos e apenas um terceiro lugar. Em face destes resultados, o campeonato de 2000 foi o último da Seat oficial.
O Seat Cordoba WRC dispunha de um motor de 1995 cc de cilindrada que debitava cerca de 300 cv de potência. De salientar que o Cordoba WRC teve mais duas evoluções desde o momento em que se estreia em 1998 até à sua retirada em 2000: o Cordoba WRC E2 e o Cordoba WRC E3.
A miniatura apresentada é o Seat Cordoba WRC E2 de Toni Gardemeister no Rali da Nova Zelândia de 1999. O rali foi disputado entre os dias 15 e 18 de Julho, com apenas uma lista de 82 participantes dos quais apenas 46 terminariam. A prova percorria uma distância de 1681 km dos quais 401 km eram cronometrados em 26 especiais.
A vitória foi para o finlandês Tommi Makinen, que seria o campeão no final da temporada, ao volante de um Mitsubishi. O segundo lugar foi o ex-campeão Juha Kankkunen (finlandês) num Subaru Impreza WRC. Toni Gardmeister, também finlandês, acompanhou os seus compatriotas com o terceiro lugar e levou o Seat Cordoba ao seu primeiro pódio.
Toni Gardemeister nasceu a 31 de Março de 1975 na Finlândia. A sua estreia no WRC aconteceu em 1996 no Rali dos Mil Lagos em 1996 ao volante de um Opel Astra. Ainda nesse ano efectua mais uma prova do WRC num Nissan Sunny, com o qual participa em mais dois ralis em 1997. Inicia o ano de 1998 com o Nissan mas depois passa para a Seat ao volante de um Ibisa GTi 16V Evo2. Esta evolução na sua carreira acontece depois de ter vencido em 1997 o campeonato finlandês do Grupo A no Nissan Sunny.
Gardemeister manteve-se na Seat desde 1998 até à retirada da marca em 2000; foi um dos pilotos que em 1998 ajudou a Seat a vencer o campeonato destinado aos carros de duas rodas motrizes e de 2 litros. Gardemeister ajudou a desenvolver o Cordoba para o WRC e foi o piloto que deu o primeiro pódio ao Seat Cordoba WRC ao ficar em terceiro no Rali da Nova Zelândia de 1999. Depois da saída de cena da Seat, Gardemeister participa em 2001 como piloto privado com um Peugeot em 2 ralis e é contratado pela Mitsubishi para mais 2 ralis nesse ano. No período de 2002 a 2004 é piloto da Skoda onde utiliza os modelos Octavia WRC e Fabia WRC, contudo nunca mais voltou a obter qualquer pódio. Mais uma vez o abandono de uma marca, neste caso a Skoda, deixa-o novamente sem contrato mas Gardemeister resolve a sua situação ao entrar para a equipa Ford, onde permanece apenas um ano. E é neste ano de 2005 que Toni Gardemeister obtêm os melhores resultados da sua carreira desportiva: ao volante do Ford Focus WRC alcança dois segundos lugares e dois terceiros lugares, terminado o campeonato de pilotos em 4º lugar com 58 pontos. Depois segue-se um ano de 2006 bastante irregular em participações mas mesmo assim com alguns resultados muito interessantes: um terceiro lugar no Monte Carlo com o Peugeot 307 WRC e mais 3 ralis ao volante do Citroen Xsara WRC (dois quartos lugares e um quinto lugar). No ano de 2007 participa em 6 ralis mas os resultados são mais fracos: cinco ralis com o Mitsubishi Lancer WRC (dois sextos lugares, um sétimo e duas desistências), o outro rali é efectuado ao volante do Citroens Xsara WRC onde alcança mais um sétimo lugar.
Em 2008 entra num novo projecto: a Suzuki lança um novo modelo para participar no WRC e Toni Gardemeister é contratado para desenvolver o Suzuki SX4 WRC. Durante todo o campeonato foram desenvolvidos esforços para dar competitividade ao SX4 WRC mas sem nunca conseguiu melhor que o sexto lugar alcançado já no final do campeonato no Rali do Japão. Após uma temporada no WRC e sem resultados satisfatórios, a Suzuki abandona o WRC. Após a aventura Suzuki a carreira de Toni Gardemeister no WRC praticamente encerrou sem nunca ter vencido um rali do mundial. Nos dois anos seguintes, Gardemeister regista algumas participações no IRC.

Aqui ficam outras miniaturas do Seat Cordoba WRC que fazem parte da minha colecção:

Seat Cordoba WRC de Rui Madeira no Rali de Portugal de 2000

Seat Cordoba WRC de Didier Auriol no Safari de 2000